Mãe, antes que o sol se ponha,
levanto as mãos como se fosse alcançá-lo,
com os seus raios que iluminam o dia,
e nos envolvem com seu calor imprescindível.
Lembrei-me de ti, que és como o sol,
Tens sempre uma palavra divina para nos iluminar,
Quando a escuridão parece interminável,
E o frio dos pesadelos nos consome, tu nos aqueces.
Mãe, antes que o sol se ponha,
Ainda posso ver e tocar as pétalas de uma rosa,
E sentir a suavidade e beleza de suas pétalas,
Que aos poucos vão perdendo sua vitalidade.
Pensei em ti e na suavidade de teus gestos,
Bem como em tuas inesquecíveis palavras,
Que mesmo nas correções necessárias,
Conciliavas a firmeza e a suavidade.
Mãe, antes que o sol se ponha,
Uma última cena, antes da Ave Maria vespertina,
Que me ensinaste desde o ventre materno,
E, com certeza, rezavas com as mãos sobre mim.
Contemplo um canário amarelo, na cerca pousado,
Como que recuperando as forças para novos voos,
que me fazem sentir o gosto da liberdade,
A liberdade com responsabilidade que me ensinaste.
Oremos: Ó Deus, pela minha mãe e tantas que partiram,
Na eternidade contemplem a luz eterna, divino brilho.
Pelas mães que estão vivas entre nós, sinais do Vosso amor,
que jamais na fé vacilem e na esperança esmoreçam. Amém!
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