O
transbordamento da Alegria Pascal
Na
Quaresma, fomos convidados a percorrer o Itinerário dominicalmente em
recolhimento necessário, em atitudes sinceras de conversão, na Páscoa somos
convidados a acolher o transbordamento da Alegria Pascal.
Deste modo, Quaresma
implica em recolhimento e sinônimo de penitência e conversão, e a Páscoa em transbordamento de alegria da Ressurreição do Senhor.
Vejamos o itinerário percorrido no Tempo Pascal (Ano A):
No
primeiro domingo, a alegria transbordou quando Maria Madalena contemplou o
túmulo vazio e a voz do anjo anunciando que o corpo do amado não fora roubado,
fora Ressuscitado!
No segundo domingo, a presença do Ressuscitado no centro da comunidade, como manifestação da paz, comunicação do sopro do Espírito para a missão continuar; a profissão de fé de Tomé – “meu Senhor e meu Deus”. As chagas da dor tornaram-se marcas eternas do amor que venceu, Ressuscitou...
No terceiro domingo, caminhando com e como os Discípulos de Emaús, ouvindo a Palavra nosso coração ardeu e nossos olhos, ao partir o Pão da Eucaristia se abriram. A alegria transbordou quando acolhemos no mais profundo do coração a Palavra Divina e quando partilhamos no amor todo o existir. No amor e na partilha o Ressuscitado Se manifesta e a alegria transborda.
No quarto domingo, a alegria transbordou porque celebramos a certeza de que, como ovelhas que somos, temos um pastor, ou melhor, o Bom Pastor que dá a vida por nós. Conhece-nos e nos chama pelo nome. Ele como Fonte das fontes da Vida assegura-nos vida em abundância.
No quinto domingo, a alegria transborda, pois vimos o nosso último destino – a eternidade. E para nele chegarmos há apenas um Caminho, uma única Verdade, por isto Ele é certeza de Vida presente e de nossa Vida na eternidade. Não há porque desviar do Caminho. Não porque sucumbir diante de pretensas verdades, nem como pensar o existir sem A Fonte da Vida – Jesus.
No
sexto domingo, a alegria transborda porque Ele nos assegura, e já cremos e
testemunhamos: “Não vos deixarei órfãos” Indo para o Pai nos
enviaria o Paráclito, o Advogado, O Defensor que nos acompanharia e nos tem
acompanhado por todo o sempre até que Ele venha gloriosamente...
Transbordar
de alegria porque desconhecemos a orfandade divina.
Se há orfandade impensável e impossível é a orfandade divina: não estamos sós!
Tendo
vivido o Itinerário Quaresmal, e agora chegando ao ápice do Tempo Pascal
(tempos que se completam), aguardamos, ansiosos, as grandes Festas Litúrgicas
que se aproximam.
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