Afastemo-nos do mal, amemos a paz!
Com São Francisco de Paula, um eremita do século XV, reflitamos sobre o que nos ajuda ao afastamento do mal, para amarmos a paz, fortalecendo nosso desejo e compromisso sincero de conversão.
“Afastai de vós toda espécie de ódio e inimizade, evitai cuidadosamente as palavras ásperas e inconvenientes, e se alguma vez tiverem saído de vossa boca, não vos envergonhai de levar o remédio com os mesmos lábios que provocaram a ferida.
Perdoai-vos uns aos outros e esquecei totalmente qualquer ofensa recebida. Guardar o sentimento do mal é uma injúria, é complemento da ira, retenção do pecado, ódio da justiça, veneno da alma, destruição das virtudes, verme da consciência, obstáculo da oração, impedimento das graças que pedimos a Deus, afastamento da caridade, espinho cravado na alma, maldade sempre desperta, pecado que nunca se apaga, morte cotidiana.
Amai a paz, que é o mais precioso de todos os tesouros. Sabeis certamente que os nossos pecados provocam a ira de Deus, portanto, corrigi-vos e arrependei-vos para que Deus vos poupe na Sua misericórdia.
O que ocultamos aos homens é manifesto a Deus. Convertei-vos, então, de coração sincero. Vivei de tal modo que mereçais receber a bênção do Senhor e a paz de Deus nosso Pai esteja sempre convosco.” Amém!
O Tempo da Quaresma faz reacender em nós o desejo do afastamento de toda a maldade, e de tudo aquilo que destrói a nossa amizade com Deus e a concórdia com o nosso próximo, ainda que o caminho seja árduo, espinhoso e aparentemente impossível.
Ressoem as palavras do Profeta Joel, rasgando nossos corações e não apenas as nossas vestes. Transformação interior e total e não apenas exterior e parcial. Não são poucas às vezes que conversamos com pessoas que nos pedem uma orientação para se afastarem do mal, do ressentimento, da intriga, da discórdia…
Afastemo-nos do mal, eliminando quaisquer ressentimentos, evitar e dissolver as intrigas, comprometidos com a concórdia e a fraternidade.
É preciso que resplandeçamos raios de luz, como instrumentos de paz que haveremos de sempre ser, porque somos Pascais, cremos na vitória do Ressuscitado, que reacendeu em nós os raios da caridade, que nutrem a concórdia, edificam e eternizam amizades.
PS: Memória celebrada no dia 02 de abril
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