segunda-feira, 31 de março de 2025
Cuidemos melhor do planeta que Deus nos confiou
Em poucas palavras...
“Amigo é quem ajuda o outro sem falar de prêmio...”
“Amigo é quem ajuda o outro sem falar de prêmio nem de recompensa. Não necessita de leis ou mandamentos; sabe o que agrada ao seu amigo e realiza-o porque crê que vale a pena realizá-lo.
Semelhante deve ser a nossa atividade a respeito de Deus. Descobrirmos a Sua vontade e cumprimo-la.
Em princípio não importa o prêmio ou castigo. Mais ainda, pensamos que Deus não pode jamais ser nosso devedor, por mais que tenhamos procurado cumprir até o fim os Seus Mandamentos.” (1)
(1) Comentários à Bíblia Litúrgica – Gráfica de Coimbra 2 – pág. 1171 – Comentário da passagem do Evangelho Lc 17,5-10
Redescobrir o rosto de Deus
Jesus Cristo, sumo-sacerdote de nossa propiciação
Jesus
Cristo, sumo-sacerdote de nossa propiciação
“Meus filhinhos,
escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do
Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos
pecados” (1Jo
2,1-2).
Sejamos
enriquecidos por uma das homilias escritas pelo presbítero Orígenes (Séc. III),
sobre o Livro do Levítico:
“Uma
vez por ano o sumo sacerdote, afastando-se do povo, entra no lugar onde estão o
propiciatório, os querubins, a arca da aliança e o altar do incenso; ninguém
pode entrar aí, exceto o sumo sacerdote. Mas consideremos o nosso verdadeiro
sumo sacerdote, o Senhor Jesus Cristo.
Tendo
assumido a natureza humana, ele estava o ano todo com o povo – aquele ano do
qual Ele mesmo disse: O Senhor enviou-me
para anunciar a boa-nova aos pobres; proclamar um ano da graça do Senhor e o
dia do perdão (cf. Lc 4,18.19) – e uma só vez durante esse ano, no dia da
expiação, Ele entrou no santuário, isto é, penetrou nos céus, depois de cumprir
Sua missão redentora, e permanece diante do Pai, para torná-Lo propício ao
gênero humano e interceder por todos os que n’Ele creem.
Conhecendo
esta propiciação que reconcilia os homens com o Pai, diz o apóstolo João: Meus filhinhos, escrevo isto para que não
pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus
Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados (1Jo
2,1-2).
Paulo
lembra igualmente esta propiciação, ao falar de Cristo: Deus O destinou a ser, por Seu próprio sangue, instrumento de expiação
mediante a realidade da fé (Rm 3,25). Por isso, o dia da expiação continua
para nós até o fim do mundo.
Diz
a palavra divina: Na presença do Senhor
porá o incenso sobre o fogo, de modo que a nuvem de incenso cubra o
propiciatório que está sobre a arca da aliança; assim não morrerá. Em seguida,
pegará um pouco do sangue do bezerro, e com o dedo, aspergirá o lado oriental
do propiciatório (cf. Lv 16,13-14).
Ensinou
assim aos antigos como havia de ser celebrado o rito de propiciação, oferecido
a Deus em favor dos homens. Tu, porém, que te aproximaste de Cristo, o
verdadeiro sumo sacerdote que, com o Seu sangue, tornou Deus propício para
contigo e te reconciliou com o Pai, não fixes tua atenção no sangue das vítimas
antigas.
Procura
antes conhecer o sangue do Verbo e ouve o que Ele mesmo te diz: Isto é o meu sangue, que será derramado por
vós, para remissão dos pecados (cf. Mt 26,28).
Também
a aspersão para o lado do oriente tem o seu significado. Do oriente nos vem a
propiciação. É de lá que vem aquele homem cujo nome é Oriente e que foi
constituído mediador entre Deus e os homens.
Por
esse motivo és convidado a olhar sempre para o oriente, de onde nasce para ti o
Sol da justiça, de onde a luz se levanta sobre ti, para que nunca andes nas
trevas, nem te surpreenda nas trevas o último dia; a fim de que a noite e a
escuridão da ignorância não caiam sorrateiramente sobre ti, mas vivas sempre na
luz da sabedoria, no pleno dia da fé e no fulgor da caridade e da paz.” (1)
Cremos
que a propiciação é o sacrifício de
Jesus Cristo que, através de Sua morte na cruz, nos alcançou o perdão e a reconciliação entre a humanidade e
Deus.
De
fato, por meio de Jesus, fomos reconciliados, restaurados, para uma vida nova,
que começa no dia de nosso batismo.
Seja
o Tempo da Quaresma, tempo favorável para nos configuramos cada vez mais a
Jesus Cristo, no mistério de Sua Paixão e Morte, para com júbilo, celebrarmos a
Páscoa do Senhor.
Concluo
com as palavras do Apóstolo Paulo:
-
“Alegro-me nos sofrimentos que tenho suportado por vós e completo o que na
minha carne falta ás tribulações de Cristo, em favor do Seu Corpo que é a
Igreja” (Cl 1,24).
-
“Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus” (Fl 2,5).
(1)
Liturgia das Horas – Volume Quaresma/Páscoa – Editora Paulus - pág.
255-256
Em poucas palavras...
Preparemos a Celebração da Páscoa do Senhor
“...E nós, que nos preparamos para a grande Solenidade, que caminho havemos de seguir? Ao aproximarem-se as Festas Pascais, a quem tomaremos por guia? Certamente nenhum outro, amados irmãos, senão Aquele a quem chamamos nosso Senhor Jesus Cristo (...)
(...) Nós deixamos tudo e Te seguimos (Mt 19,17). Sigamos também nós o Senhor; preparemo-nos para celebrar a Festa do Senhor não apenas com palavras, mas também com nossos atos.” (1)
(1) Das Cartas Pascais, do Bispo Santo Atanásio (séc. IV)
"Jardineiros do Criador"
Tem plena razão o Pe. José Carlos Pereira quando, aludindo à advertência feita aos nossos primeiros pais: "Não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que fizeres isso, sem dúvida morrerás", afirma:
processo de descaso com a obra da criação.
Um fato que tem nos inquietado nos últimos dias, mas que remete a um longo processo de décadas, é a questão da crise hídrica, assim como a necessidade de colocar na pauta do dia a questão da sustentabilidade, pois nosso planeta encontra-se em agonia, num processo avassalador de destruição.
Dominação seja sinônimo de cuidado de nossa casa comum, a Terra. Dominação seja entendido como a necessária conversão na utilização dos bens da criação e dos espaços e de tudo que esteja ao nosso alcance.
Dominação sobre a obra da criação requer que voltemos aos 4 Rs: repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar.
Somos jardineiros do criador, e assim não podemos pensar no Paraíso como algo do passado, mas no presente e futuro. O mundo, de modo especial o planeta Terra, a casa comum em que habitamos está em nossas mãos. Cabe a nós cuidar dele, assegurando que possamos viver bem agora, mas também garantir àqueles que virão que tenham a mesma possibilidade.
É sempre necessário pensar no Paraíso não como saudade, mas como compromisso e esperança. E isto nos compete, e é isto que Deus espera de todos nós, desde o princípio da criação, até a redenção desta, que "geme em dores de parto”, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (Rm 8,22).
Deus nos surpreende com Suas maravilhas
Dai-nos, Senhor, o dom das lágrimas
“A sétima hora”
A onipotência do amor de Deus
A
onipotência do amor de Deus
Fortalecei, ó Deus Pai todo-poderoso, nossa fé posta
à prova pela experiência do mal, da dor e do sofrimento e da morte, sobretudo
neste tempo de pandemia pelo mundo todo.
Fazei-nos perceber a Vossa presença, que por vezes
parece ausente e incapaz de impedir o mal, e curai nossa cegueira, dando-nos o
necessário colírio da fé.
Concedei-nos a graça de contemplar Vossa
onipotência no modo mais misterioso, na humilhação voluntária e na Ressurreição
de Vosso Filho, pelas quais venceu o mal.
Aumentai em nós o amor por Vosso Filho, o Cristo
crucificado, que é “força de Deus e
sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens,
e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1 Cor 1, 25).
Vos glorificamos, ó Deus Pai, pois na Ressurreição
e na exaltação de Cristo, exercestes Vossa força e mostrastes a extraordinária
grandeza do Vosso poder para nós que cremos (cf. Ef 1, 19-22). Amém.
PS: Fonte inspiradora – Catecismo da Igreja Católica parágrafos n. 272
Escrito em março de 2021
domingo, 30 de março de 2025
A inexplicável Misericórdia Divina nos faz novas criaturas (IVDTQC)
A Igreja é a comunidade dos pecadores que querem voltar ao Pai, dos que ajudam a retomar o caminho, não julgando e nem condenando, nem se tornando obstáculo para quem deseja a reconciliação, a graça de se tornar uma nova criatura.
Amemos a Deus com todo o nosso ser, e a cada criatura d’Ele, como expressão do autêntico amor que tem dupla face: amor a Deus e o amor ao próximo.
- Quais são os sinais de morte que precisam ser reconciliados, superados, para que um mundo novo e um tempo novo sejam inaugurados?
- Quais são os opróbrios que nos pesam e dos quais Deus, por Sua misericórdia, quer nos libertar?