terça-feira, 2 de abril de 2024

Mistério de escuridão e luz

 


Mistério de escuridão e luz
 
“No primeiro dia da semana, Maria Madalena
 foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada,
 quando ainda estava escuro, e viu que a
pedra tinha sido retirada do túmulo” (Jo 20,1)
 
Maria Madalena viu a pedra removida e, aos poucos, a Boa Nova da Ressurreição vai aquecer e iluminar seu coração, assim como o coração dos discípulos, que vão testemunhar o glorioso acontecimento que mudou o rumo da história e a condição da humanidade para sempre.
 
A escuridão da noite cedeu à luminosidade de um novo dia,
O primeiro dia da semana, “Por que estais procurando e tre os mortos Aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que Ele vos falou quando ainda estava na Galileia” (Lc 24,5-6).
 
Ressurreição do Senhor, duelaram o ódio e o amor, a impotência da condição humana e a onipotência do amor divino, no Mistério da agonia, Paixão e Morte crudelíssima do Senhor na Cruz - “Deus amou tanto o mundo que nos deu o Seu Filho para que quem n’Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). 
 
A tenebrosa e tétrica escuridão da crueldade e morte do Justo, cedeu ao esplendor da luz da Ressurreição, d’Aquele que tendo nos amado, não poderia morto para sempre ficar, a fim de nos redimir pelo Sangue derramado, na fidelidade ao Pai, jamais abandonado, amado.
 
Não poderiam vencer os vorazes e atrozes inimigos do Redentor, da Luz que Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas, a todos que O receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que creem em Seu nome” (Jo 1,11-12).
 
Nem todas as luzes das velas, candeias e estrelas serão o bastante para resplandecer a luz que ilumina nossos caminhos, como Ele mesmo dissera – “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida’ (Jo 8,12).
 
Por vezes, caminhamos quando ainda está escuro a procura de uma luz para situações obscuras, procurando manter aceso o fogo sob as cinzas das verdades que passam, com ânsias da verdade que jamais passa, a Verdade que é Ele próprio, que uma vez conhecida nos faz livres (Jo 8,32).
 
Não há nada que nos amedronte a ponto de nos fazer submergir, devorando a coragem para enfrentar os ventos das contrariedades presentes na história em todos os seus âmbitos: – “Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: Eu venci o mundo!” (Jo 16,33).
 
Não há escuridão que seja para sempre, também os santos tiveram suas “Noites Escuras”, na inquieta procura sedenta e inquieta de Deus, a fim de que a luz dos olhos jamais se apague e as palavras nos lábios, de louvor, encantamento, apaixonamento pelo Senhor aos céus elevadas.
 
Trevas e luz...
Depois da escuridão da noite, a madrugada da Ressurreição.
“A Vida venceu a morte. Aleluia.
Ressuscitou como disse. Aleluia!”

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG