segunda-feira, 5 de maio de 2025

Fé, provação e vitória

                                                          


Fé, provação e vitória 

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam,

a convicção de fatos que se não veem.” (Hb 11,1) 

Atentos ao chamado de Deus, que olha bem dentro de cada um de nós, como olhou para Pedro (Jo 1,42), prontamente e corajosamente, demos nossa resposta a Ele: viver a fé devidamente nutrida, para que não vacilemos nos momentos da provação própria da condição humana, porque a fé já é a nossa vitória (Hb 11, 1). 

Assim foi a História do Povo de Deus no deserto, marcada por um momento do não reconhecimento dos dons do Senhor, fechando-se nos estreitos confins da murmuração e contestação contra Deus. 

Ser cristão é possuir um dom maior ainda e indizível, ou seja, a participação no Mistério de Cristo (a salvação), sobretudo a partir do dia do nosso Batismo, quando nos tornamos santuário do Espírito Santo (1 Cor 6, 19)

Como templos do Espírito Santo, somos exortados pelo Apóstolo Paulo a viver a vida nova que nasce no dia do Batismo, em contínua conversão para que o pecado não nos domine, e nem manche nossa veste batismal, abandonando toda imoralidade que nos macule, e glorificando a Deus com nosso corpo, com a nossa vida, conscientes de que fomos resgatados por um preço muito alto, o próprio Sangue do Senhor na Cruz derramado por Amor de Deus, Amor que nos amou até o fim (cf. 1 Cor 6, 20; Jo 13, 1).

A Salvação não prescinde de nossa liberdade e devemos guardar na vigilância, dia após dia, na fé, de tal modo que esta fé deve ser alimentada permanentemente pela Palavra e pela Eucaristia, em momentos multiplicados de Oração, para que prospere no tempo da provação por que possamos passar.

Mais uma vez voltamos ao que disse o Bispo Santo Agostinho: “Deus que nos criou sem nossa participação, não quer nos salvar sem ela”.

Fé revigorada é a certeza de que nossa esperança nos impulsionará a cada dia, para que jamais se apague a chama da caridade que em nós um dia foi acesa (Hb 3,7-14).

A fé deve ser alimentada e prosperar no tempo da provação. O grande risco que corremos, como o Povo de Israel no deserto, é não reconhecer os dons do Senhor, fechando-se nos estreitos confins da murmuração.

Oportuno que rezemos o Salmo 94 – “Não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do vosso Deus”. Trata-se de um convite ao Povo de Deus ser fiel à Aliança, citando o episódio que é símbolo da infidelidade e revolta contra Moisés em Massa e Meriba (cf. Ex. 17,1-7).

Oremos:

“Ó Deus, com o nascimento do Vosso Filho, alegramo-nos com a aurora do Vosso dia eterno que despontou sobre todas as nações, para que não caminhemos nas trevas do pecado e da morte.

Concedei-nos conhecer a fulgurante glória de Nosso Redentor, O Senhor Jesus, para que por meio d’Ele chegar à luz que jamais se extingue.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.” Amém.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG