quinta-feira, 13 de junho de 2024

Em poucas palavras...

                                                 


“Um coração venenoso...”

“Um coração venenoso envenena todo o resto, causando tensões, rivalidades, discórdias, mesmo entre irmãos.

A procura de reconciliação com o próximo está na base da obtenção do perdão para nós: não há outro caminho.

Sai-se de uma lógica perversa como esta, de desforras, de rancores, conformando-se apenas com a lógica de Cristo.” (1)

 

 

(1) Comentário sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5,20-26) -  Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa – p. 498

Somente a misericórdia divina cria laços fraternos

 


Somente a misericórdia divina cria laços fraternos
 
"Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o Amor Divino cria o bem na criatura amada" (Santo Tomás de Aquino)
 
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5, 20-26), que se trata de uma parte do desdobramento do Sermão da Montanha (Mt 5,1-12).
 
No versículo vigésimo, Jesus nos diz: “Se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”.
 
Contemplamos o Projeto de Salvação para a humanidade, mas somente na fidelidade ao Senhor e aos Seus Mandamentos é que alcançaremos vida plena e feliz.
 
Por isto, Jesus dá exemplos em que o amor verdadeiro e puro tem que falar mais alto, se sobrepondo a qualquer sentimento de ódio, indiferença, ira, posse, condenação, falsidade.
Importa fortalecer as relações fraternas acompanhadas da contínua necessidade da reconciliação; fortalecer os relacionamentos na sinceridade e na confiança, tornando os relacionamentos sadios e edificantes.
Em todo o tempo, firmemos nossos passos em nosso itinerário marcado pela penitência e conversão ao Senhor.
Somente deste modo, não seremos sal insípido, sem gosto, que para nada serve, como já nos alertara o Senhor.
 
Deste modo, para quem quiser viver na dinâmica da Boa-Nova do Reino de Deus, não basta o cumprimento rigoroso e escrupuloso da Lei, seguindo a casuística das regras da Lei.
 
É preciso que se tenha uma atitude interior nova, que revele um compromisso verdadeiro com Deus, envolvendo a pessoa toda, transformando seu coração, suas escolhas, seus relacionamentos, sua postura diante do Criador e Suas criaturas.
 
Não será o cumprimento das regras externas que nos levará ao alcance da felicidade e de uma religião a Deus agradável, mas antes a atitude de adesão interior a Deus e à Sua Proposta, e como podemos afirmar “o amor é querer o bem do amado”. 
 
O amor fraterno, preocupado com a reconciliação, torna frutuoso e agradável o sacrifício que oferecemos a Deus.
 
E ainda, o Senhor nos alerta que quem comparecer diante do divino Juiz sem haver perdoado será condenado a pagar até o último centavo (v.24).
 
São iluminadoras as palavras do Missal Cotidiano:
 
A oferenda da própria vida em oblação a Deus (1 Cor. 13,3) e o próprio sacrifício eucarístico não são aceitos por Deus, se não procedem do amor e da paz recíproca” (1).
 
Deve-se procurar a justiça através do perdão e do amor, um amor novo, gratuito que vai além dos méritos; uma justiça que leva em conta não somente as ações em si, mas suas retas intenções.
 
Em relação a Deus, sejamos filhos e filhas, em relação ao próximo, sejamos fraternos e solidários.
Somos remetidos a dois grandes Santos da Igreja, São Tomás de Aquino e São João da Cruz que, respectivamente, assim disseram:
 
“Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada" .
 
"O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do Amor, tornar aquele que Ama semelhante ao amado."
 
Reflitamos:
 
- Cumprimos os Mandamentos da Lei Divina por medo ou amor?
 
- O que podemos evitar para que sejamos fiéis ao Senhor, considerando que para Jesus, “não matar” é evitar tudo aquilo que cause dano ao próximo (egoísmo, prepotência, autoritarismo, injustiça, indiferença...)?
 
- Em que as afirmações dos Santos da Igreja, citadas acima, nos ajudam para que vivamos as Bem-Aventuranças e sejamos sal da terra e luz do mundo?
 
- Fazemos dos Mandamentos Divinos sinais indicadores no caminho que conduz à vida plena?
 
Eis o grande desafio para nós, discípulos missionários do Senhor: O Sermão da Montanha foi e continua sendo ouvido na montanha, mas é preciso que desçamos à planície do cotidiano. 
 
Na missão de ser sal da terra e luz do mundo, torna-se necessária a invocação da Sabedoria Divina, a Sabedoria do Santo Espírito, para que sejamos uma Igreja no coração do mundo, e ao mesmo tempo homens e mulheres do mundo no coração da Igreja.
 
 
 
(1) Missal Cotidiano - Editora Paulus - pp. 198-199 -
 

Amor puro e verdadeiro

                                                               

Amor puro e verdadeiro

"Se a vossa justiça não for maior que a
justiça dos mestres da Lei e dos fariseus,
vós não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5, 20).

Na quinta-feira da décima Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 5, 20-26), desdobramento do Sermão da Montanha (Mt 5,-12a).

Contemplamos o Projeto de Salvação para a humanidade, cientes de que somente na fidelidade ao Senhor e aos Seus Mandamentos,  alcançaremos vida plena e feliz.

Não será o cumprimento das regras externas que nos levará ao alcance da felicidade e de uma religião a Deus agradável, mas antes a atitude de adesão interior a Deus e à Sua Proposta.

Viver as Bem-Aventuranças, e ser sal da terra e luz do mundo, é viver um amor que quer e cria o bem do amado. 

Deste modo, somos remetidos a dois grandes Santos da Igreja, São Tomás de Aquino e São João da Cruz que, respectivamente, assim disseram:

“Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada" .

"O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do Amor, tornar aquele que Ama semelhante ao amado."

Por isto, Jesus dá o exemplo de que o amor verdadeiro e puro tem que falar mais alto, se sobrepondo a qualquer sentimento de ódio, indiferença, ira, posse, condenação, falsidade. 

Urge fortalecer as relações fraternas, promovendo a contínua necessidade da reconciliação, pois o amor fraterno, preocupado com a reconciliação, torna frutuoso e agradável o sacrifício que oferecemos a Deus.

E ainda, o Senhor nos alerta que quem comparecer diante do divino Juiz sem haver perdoado será condenado a pagar até o último centavo (v.24).

A questão essencial é: para quem quiser viver na dinâmica da Boa Nova do Reino de Deus, não basta o cumprimento rigoroso e escrupuloso da Lei, seguindo a casuística das regras da Lei.

Deve-se procurar a justiça através do perdão e do amor, um amor novo, gratuito que vai além dos méritos; uma justiça que leva em conta não somente as ações em si, mas suas retas intenções:

A oferenda da própria vida em oblação a Deus ( 1 Cor. 13,3) e o próprio sacrifício eucarístico não são aceitos por Deus, se não procedem do amor e da paz recíproca” (1).

É preciso que se tenha uma atitude interior nova, que revele um compromisso verdadeiro com Deus, envolvendo a pessoa toda, transformando seu coração, suas escolhas, seus relacionamentos, sua postura diante do Criador e Suas criaturas.

Em relação a Deus sejamos filhos e filhas, em relação ao próximo sejamos fraternos e solidários.

O Sermão de Nosso Senhor foi e continua sendo ouvido na montanha, mas é preciso que desçamos à planície do cotidiano. Eis o grande desafio para todos nós.

Temos a missão de ser sal da terra e luz do mundo. Por isto, se faz necessária a invocação da Sabedoria Divina, a Sabedoria do Santo Espírito, para que sejamos uma Igreja no coração do mundo, e ao mesmo tempo homens e mulheres do mundo no coração da Igreja.

Somente assim não seremos sal insípido, sem gosto, que para nada serve, como já nos alertara o Senhor.

Reflitamos:

- Cumprimos os Mandamentos da Lei Divina por medo ou amor?

- Para Jesus, “não matar” é evitar tudo aquilo que cause dano ao próximo (egoísmo, prepotência, autoritarismo, injustiça, indiferença...). O que podemos evitar para que sejamos fiéis ao Senhor?

- Em que as afirmações dos Santos da Igreja, citadas acima, nos ajudam para que vivamos as Bem-Aventuranças e sejamos sal da terra e luz do mundo?

- Fazemos dos Mandamentos Divinos sinais indicadores no caminho que conduz à vida plena?

Oremos: 

"Ó Pai, que nos amais a todos como filhos, ajudai-nos a tirar o véu dos nossos corações, para que possamos remover os obstáculos que se opõem à comunhão convosco e amar-nos verdadeiramente como irmãos." (1)

(1) Missal Cotidiano - Editora Paulus - pp. 198-199 
(2) Lecionário Comentado - Volume Tempo Comum - Editora Paulus - p. 498

“A Palavra é viva quando são as obras que falam”

                                                           

“A Palavra é viva quando são as obras que falam”

Com toda a Igreja, celebraremos dia 13 a Festa em louvor a Santo Antônio de Pádua (Lisboa), Presbítero e Doutor da Igreja. Nascido em Lisboa (Portugal) no final do século XII e falecido em Pádua no ano de 1231. Além de professor, foi grande pregador da Ordem dos Frades Menores, levando à conversão muitos hereges. Foi autor de vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual.

Um de seus sermões é fonte de espiritualidade para todo tempo. Cito parte do mesmo: “Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando são as obras que falam. 

Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas. Diz São Gregório: 'Há uma Lei para o pregador: que faça o que prega'. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras.”

Os Santos foram pessoas que seguiram o Caminho – Jesus Cristo – e consequentemente deixaram rastros luminosos, que transcendem seu próprio tempo. São pessoas humanas que procuraram viver como fiéis seguidores de Jesus, pregando e testemunhando o Seu Evangelho; referências e modelos de vida para ser seguido por todos nós.

A devoção aos Santos exige da comunidade semelhança com o mesmo. Toda devoção fica purificada de esterilidade quando passa pela imitação das virtudes que o Santo inspira. Vivendo no seu tempo o transcende, pois sua pregação carrega tamanha atualidade e conteúdo, que pode ser acolhida em todo tempo, atravessando os séculos…

Sigamos as pegadas de Santo Antônio no amor a Deus e ao próximo – síntese de toda a Lei Divina –, tenhamos dele a mesma sede da Palavra Sagrada; o amor sem medida pela Eucaristia, fonte e alimento de toda a nossa vida; amor pela Igreja que somos; solidariedade incansável fundada e nutrida na fonte inesgotável do amor que é a Santíssima Trindade.

Com Santo Antônio queremos viver uma vida cristã mais autêntica, mergulhando a cada dia no Amor da Santíssima Trindade, Encontro de três Pessoas: um Deus Pai que ama, um Deus Filho que é amado, Deus Espírito Santo que nos comunica o Amor. Mergulhar no Amor Trinitário é o caminho de santidade trilhado por Santo Antônio e convite para todos nós.

Num mundo marcado por discursos vazios, há que se multiplicar as obras. Aprendamos com Santo Antônio a traduzir nossa fé em gestos de caridade, misericórdia, partilha e solidariedade. Ele soube no seu tempo dar conteúdo e visibilidade à sua fé junto de Deus.

A linguagem do Espírito suplica eterna aprendizagem, na comunhão dos Santos, Santo Antônio tem muito a nos ensinar, por isto digamos sempre: Santo Antônio, rogai por nós!

Eternos aprendizes da linguagem do Espírito

                                                        


Eternos aprendizes da linguagem do Espírito

Oportunos são os ensinamentos de Santo Antônio de Pádua (Lisboa), Presbítero e Doutor da Igreja, que Nasceu em Lisboa (Portugal), no final do século XII e faleceu em Pádua, no ano de 1231.

Ele foi um grande pregador da Ordem dos Frades Menores, levando à conversão muitos hereges. Autor de vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual. Em um deles nos disse:

Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando são as obras que falam.

Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas.

Diz São Gregório: ‘Há uma Lei para o pregador: que faça o que prega”. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras.”

Portanto, glorifiquemos a Deus pela missão da Igreja, conduzida pelo Espírito Santo, o protagonista principal e primeiro da Evangelização, que nos conduz, ilumina, assiste, fortalece, enriquecendo-nos com os dons da sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, temor e piedade.

Glorifiquemos a Deus por tantas pessoas repletas do Espírito Santo que se encontram na glória eterna, tendo combatido o bom combate da fé, foram aprendizes do Espírito, e muito nos ensinaram com a palavra e a ação: bispos, padres, cristãos leigos e leigas, que assumiram o seu Batismo como sal da terra e luz do mundo.

Glorifiquemos também por aqueles que estão entre nós ou em outros lugares, mas continuam neste eterno e necessário aprendizado da linguagem do Espírito, testemunhando a fé em Jesus Cristo, vivendo na humildade, pobreza, paciência e obediência, carregando a cruz de cada dia com as renúncias quotidianas necessárias. 

Graças sejam dadas a Deus pelas obras incontáveis, sob a ação do Espírito Santo, comprometidos com a promoção de uma vida plena e feliz para todos.

De fato, as obras realizadas falam e falarão sempre mais que muitas palavras. Ações dentro e fora da comunidade, em gestos contínuos e renovados de partilha, comunhão, solidariedade, empenho incansável para a promoção da vida, desde a concepção até seu declínio natural, através das pastorais, serviços e movimentos.

Renovemos nossa fidelidade ao Senhor, para que, como figueira, se produza muitos frutos, não para nós, mas para que outros possam desfrutar. 

Colhemos o que muitos plantaram, colherão o que de melhor plantarmos e cuidarmos, sem cansaço, com amor, dedicação e alegria.

Supliquemos a força e a luz do Espírito, para que melhor correspondamos aos desígnios divinos, escrevendo com a tinta do Espírito, a tinta do amor, novas linhas, novas páginas da nossa história, pois somos, eternos aprendizes da linguagem do Espírito.

Aprendamos com Santo Antônio... Ele bebeu na Divina Fonte da Sabedoria!

                                                            

Aprendamos com Santo Antônio... Ele bebeu na Divina Fonte da Sabedoria!

A Igreja, assistida pelo dom do Espírito Santo, em cada tempo tem seus luminares que escrevem belas histórias, deixando ensinamentos a serem seguidos, na mais perfeita fidelidade ao Caminho que é Cristo Jesus.

Um grande luminar foi Santo Antônio, nascido em Lisboa, Presbítero e Doutor da Igreja, no final do século XII e falecido em Pádua (Itália) no ano de 1231.

Professor e grande pregador da Ordem dos Frades Menores, levando à conversão muitos hereges. Autor de vários sermões, cheios de doutrina e de unção espiritual.

Sejamos enriquecidos por alguns pensamentos de Santo Antônio, um “Evangelho vivo”, homem de fé viva, corajosa...

“Jesus: nome doce, nome deleitável, nome que reconforta o pecador, nome de ditosa esperança!”

 “Assim como o ouro está acima dos outros metais, a caridade está acima das outras virtudes.”

“Quanto vale o homem diante de Deus, tanto vale em si e não mais.“

“Não basta pregar a Deus frutuosamente, se ao som da língua não precede o testemunho das obras.”

“Cessem as palavras e falem as obras! Estamos cheios de palavras e vazios de obras.”

“Miserável é quem confia mais na língua alheia do que na própria consciência.”

“O Reino de Deus é o Sumo Bem e por isso, deve ser procurado pela fé, pela esperança e pela caridade. A justiça do Reino consiste em observar tudo o que Cristo ensinou.”

“As mãos de alguns que dão esmolas estão manchadas com o sangue dos pobres.”

 “O hipócrita jejua para adquirir louvores; o avarento para encher o bolso; o justo, porém para agradar a Deus.”

“Feliz o pregador que fala segundo o dom do Espírito, não segundo seu ânimo.”

“O nascimento dos Santos traz alegria a muitos, porque é um bem comum. Quer dizer, os Santos nascem para a utilidade de todos.”

”Lança a rede sobre a Palavra de Jesus Cristo quem não atribui nada a si, mas tudo a Ele.”

“Na oração não dividas o espírito a ponto de ter uma coisa na boca e outra no coração. O Espírito dividido nada consegue. Língua e coração estejam em consonância.”

 “Vamos cultivar a humildade de coração, porque a oração da pessoa humilde penetra as nuvens e alcança o que pede.”

“Onde há desordem e escuridão, é preciso que haja luz.”

“Afasta-te do mal, mas isto não basta; é preciso praticar o bem.”

“Não pode haver tranquilidade do coração sem o amor do próximo.”

“Tudo o que fizeres por vanglória é totalmente perdido.”

“O orgulho dispersa. A humildade ajunta.”

“Quem não conhece os seus bens interiores volta-se para os bens exteriores alheios. Alheio é tudo quanto não condiz com a vida cristã.”

“Bem–aventurado o ventre da gloriosa Virgem, que mereceu trazer por nove meses o Sumo Bem, a Felicidade dos anjos, a reconciliação dos pecadores.” 

Cessem, por favor, as palavras; falem as obras. Estamos cheios de palavras, mas vazios de obras, por isso somos amaldiçoados pelo Senhor como a Figueira cheia de folhas e sem frutos.”

“Não convém, portanto, ficar nenhum momento ocioso, mas sim insistir sem trégua na pregação da Palavra Divina para plantar nas almas as árvores das virtudes cristãs.”

“A Mansidão e a Humildade são as virtudes mais queridas aos olhos de Deus e dos homens.”

“É cego quem não vê a própria consciência; é coxo quem se desvia do caminho reto da justiça.”

“Portanto, se souberes guardar a paz no íntimo da tua consciência, podes estar certo de que alcançarás também a paz final com Deus no céu.”

“Procura, portanto, localizar o verdadeiro ponto central em que deves situar-te para realizar com eficácia a paz com teu próximo. Este ponto central é precisamente a caridade, o amor.”

Santo Antônio: fidelidade apaixonada e incondicional a Cristo.
Homem humilde, vida doada sem medida!

Puro grão de trigo que aceita a inevitabilidade da morte, ainda que precocemente, a fim de que o outro tenha vida.

Seus ensinamentos apontam para a eternidade de Deus: céu, desde a terra, na solidariedade e compaixão para com os pobres, visibilidade de Deus! 

Santo Antônio e as virtudes teologais

                                                                 


Santo Antônio e as virtudes teologais

Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio) nasceu em Lisboa em 1195 e faleceu em Pádua (Itália) no ano de 1231. Professor e grande pregador da Ordem dos Frades Menores, levando à conversão muitos hereges. Santo Antônio, Presbítero e Doutor da Igreja, é o Santo mais popular do Brasil.

Em 2013, quando ainda Pároco da Paróquia Santo Antônio-Gopoúva, em Guarulhos, tive a graça de celebrar o Tríduo em honra a Santo Antônio, que teve como tema geral: “Celebremos nosso padroeiro! Aprendamos com ele as Virtudes divinas!”

Na primeira noite, com o subtema: Santo Antônio, “Homem de Deus, teve Fé na Palavra.” Com a reflexão, contemplamos a vida de Santo Antônio à luz da virtude divina da Fé: Homem de Fé viva, corajosa, contemplativa e ativa.

Na noite seguinte: “Santo Antônio, Homem de Deus, viveu a Esperança que brota da Palavra”, refletimos sobre a vida de Santo Antônio à luz da Virtude Teologal da Esperança: Santo Antônio Homem de Esperança, porque nascido para contemplar as coisas dos céus, com pés firmes na terra; Homem de Esperança com fundamentos sólidos na oração, ação, sofrimento corajosamente assumido por amor a Jesus, num compromisso incansável com os empobrecidos, tendo no coração a confiança irrevogável na justiça divina.

Na terceira: “Santo Antônio, Homem de Deus, nutriu a Caridade pela Palavra”, refletimos a vida de nosso Padroeiro à luz da Virtude Teologal da Caridade, fazendo uma perfeita sincronia entre a Fé e a Esperança. Contemplamos a vida de Santo Antônio, um homem de Caridade Ativa; fazendo desta a alma de sua Fé. Tudo em sua vida, como também em nossa vida deve girar em torno da Caridade que é a expressão do verdadeiro Amor.

Santo Antônio, como a Igreja nos ensina à luz do Evangelho, via Deus necessariamente presente no outro, e isto moveu toda a sua vida, por isto é tão grande a devoção para com ele, que é também conhecido como Padroeiro dos pobres. Aqui podemos citar o Papa Bento em sua Encíclica “Deus caritas est” “... o amor ao próximo é uma estrada para encontrar também a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo nos torna cegos também diante de Deus”.

Celebramos a Festa de nosso Padroeiro e, com ele, aprofundamos nosso aprendizado das Virtudes Divinas, pois ele, fiel a Palavra de Deus, é modelo para nós.

Santo Antônio foi um homem de Fé viva, Esperança renovada e Caridade incontestável.

Alegria e Fogo do Espírito, como em Pentecostes, também se fizeram presentes: religiosidade purificada, compromisso com o Reino Renovado!

Como Santo Antônio, movidos pela Fé, sejamos “jardineiros da Esperança” de um Paraíso, não como saudade, mas como compromisso inadiável, na vivência irrenunciável da Caridade.

Aprendizes das Virtudes Divinas - Fé, Esperança e Caridade -, trilhemos o caminho da santidade, correspondendo ao envio que o Senhor nos faz, e não desperdicemos a graça que Ele nos concede a cada instante.

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