quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Que os sonhos não morram jamais

                                                               

Que os sonhos não morram jamais

“Nunca deixe seus sonhos morrerem,
porque a vida sem sonhos
é como um pássaro com a asa quebrada
que não pode voar”. (Martin Luther King)

Sonhos adormecidos, outros esquecidos, alguns motivadores.
Sonhos que com paciência, empenho renovado, realizados serão.

Sonhos que nos movem ao encontro do Absoluto: Deus,
Na mais bela dedicação, a serviço do Reino de Deus, sem omissão.

Sonhos que nos permitem voos mais altos,
Ao encontro das coisas sagradas onde Deus habita.

Sonhos que nos permitem voos que possibilitam
Ultrapassar as montanhas das dificuldades, terríveis empecilhos.

Sonhos que nos levam ao reencontro conosco mesmo,
E que nos orientam para que a vida siga suavemente seu curso.

Sonhos que, silenciosamente vividos, nos humanizam:
Um mundo sem violência, guerras, dominação, mais irmão.

Sonhos que se somam a sonhos de outros,
Passo indispensável para que realidade se tornem.

Sonhar sozinho é preciso, mas não para sempre.
Sonhar com o outro no milagre da multiplicação.

Sonhos que a outros se somam, maravilhosamente multiplicam.
Sonhos que outros subtraem, indesejável fragilização.

Sonhemos, busquemos, avancemos,
Curemos as asas se for preciso.

Quando alimentados pela Santa Palavra e pela Eucaristia,
Nada faz morrer nossos sonhos, nada impedirá nossos voos.

Sonhemos! Avancemos! Jamais recuemos...
Com a presença do Santo Espírito que nos conduz em todos os momentos.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Piedade, dor e amor

 


Piedade, dor e amor

 

Absalão, filho de Davi, morto de forma inusitada,

Ainda que tramasse contra o pai a usurpação do poder,

Arrancou do pai lágrimas de piedade, dor e amor.

 

Por vezes, podemos também viver situações,

Ainda que em contextos diferenciados,

Realidades que nos interpelam mesmos sentimentos:

 

Piedade, dor e amor nos consomem vorazmente,

Pedindo novas atitudes, olhares para a frente,

Sem remoer páginas do passado: um novo tempo.

 

Piedade, dor e amor se contraponham sempre

A sentimentos de vingança, endurecimento e ódio,

A fim de que o novo e belo de Deus floresça em nós.

 

Piedade, dor e amor ,pilares imprescindíveis

Para amizade social em todos os âmbitos,

Há de nos conduzir e iluminar nosso viver. Amém.

 

(1)  2 Sm 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3

Em poucas palavras...

 


A graça de Deus

“A tentação de medir o progresso do Reino de Deus sempre ronda nossas comunidades: ainda com demasiada frequência, avaliamos as coisas sob o aspecto quantitativo e visível.

Quando fazemos estatísticas e levantamentos necessários, não podemos esquecer uma variável misteriosa, mas real, que pode mudar todos os valores dos nossos dados: a graça de Deus.” (1)

 

(1) Comentário do Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 719 - passagem bíblica- 2 Sm 24,2.9-17

A cura expressa a misericórdia divina

 


A cura expressa a misericórdia divina

Sejamos iluminados pelo Comentário do Salmo 102, escrito por Santo Agostinho (séc. V):

“Temos descrito a enfermidade, chamemos agora o médico. Acaso não te curará Aquele que te criou de tal forma que, se houvesse observado a lei de saúde que te apresentou, não terias caído em enfermidades?

Por acaso não te ordenou e preceituou o que havias de tocar e não tocar para conservar-te são? Não quiseste ouvi-Lo para conservar tua saúde, ouve-O agora para recobrá-la.

Tua enfermidade fez-te experimentar a certeza dos seus preceitos: pois então, o que o homem aconselhado não cumpriu, pratique-o agora o experimentado. Que dureza é esta que não aprende nem da experiência?

Acaso não te curará Aquele que te criou em tal condição que nunca terias adoecido se quisesse cumprir suas ordens? Acaso não te curará Aquele que criou os anjos e que, depois de refazer-te, te iguala a eles? Aquele que criou os céus e a terra não curará aquele que fez à Sua imagem e semelhança? Ele te curará: só falta que te deixes curar.

Cura, sim, aos enfermos, mas não cura aos que não querem se curar. Existe, por acaso, situação melhor do que ter garantida a saúde? Esforçamo-nos por ter muitos bens terrenos que não estão ao nosso alcance.

Administramo-nos mil tipos de remédios, que afinal não nos curam. Quando há um enfermo, lhe dizemos que abandone toda preocupação, e lhe aconselhamos que não pense mais do que em sua saúde. Pois é o que foi dito a ti. Se não adoeces, pensa o que queiras; mas se estás enfermo, pensa sobretudo em tua saúde antes de qualquer outra coisa.

Tua saúde é somente Cristo; portanto, pensa n’Ele. Recebe o cálice de tua saúde d’Aquele que cura todas as tuas enfermidades. Se tu desejas esta saúde, a terás; quando buscas honras e riquezas, nem sempre o consegues; porém, isto vale mais e está ao alcance de tua vontade.

Aquele que curou tuas enfermidades, o que redimiu tua vida da corrupção... Todas as tuas enfermidades se curarão quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade. Tua vida foi redimida dela mesma. Já podes estar tranquilo; foi firmado um contrato de segura fidelidade.

Ninguém engana ao teu Redentor, ninguém o trapaceia, ninguém o força; Ele terminou o negócio, pagou o preço, derramou o sangue. O Filho de Deus, o direi, derramou o seu sangue por nós.

Ó alma, levanta-te, olha o que vales! Redimiu tua vida da corrupção. Com seu exemplo mostra-te o prêmio que prometeu. Ele morreu por nossos crimes e ressuscitou para nossa justificação; esperem os membros o que viram na Cabeça. Não cuidará de seu corpo Aquele que elevou sua Cabeça até o céu?” (1)

A enfermidade é uma realidade inerente à condição humana, da qual ninguém se encontra livre, mas Deus, na Sua infinita misericórdia, que nos criou por amor, jamais nos abandona, e vem sempre ao nosso encontro.

Na enfermidade, podemos experimentar a onipotência do amor divino que nos cura e nos liberta.

Sejamos curados pelo Senhor de nossas enfermidades, sejam físicas ou espirituais, e para tanto, é preciso que n’Ele confiemos, e no Seu tempo, a graça poderemos receber.

 

(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp.387-388


Olhando para a janela de minha alma...

Olhando para a janela de minha alma...

Indago-me silenciosamente, debruçado sobre minha janela.
Mas de que adianta aqui ficar de braços cruzados?

Olho para a janela de minha alma e procuro respostas, saídas...

Reflito sobre minha fé em Cristo...
Cristo, que age por meio de nós como força de renovação;
Que difunde dons e talentos a pessoas livres, para que com sabedoria e coragem, vigilantes, saibam fazê-los frutificar.

Não creio no Deus que transforma as leis da natureza prolongando nossa passividade ou omissão.
Não creio no Deus que age em nosso lugar.
Não creio no Deus que organiza um sistema de segurança, nem mesmo para os que n'Ele creem ou não.

A Cruz é inevitável, Ele nunca nos enganou, ao contrário, nos antecipou sobre as eventuais perseguições, incompreensões, calúnias e até o extremo do martírio, acompanhado da mais bela confiança: a promessa de Sua Presença e a Imortalidade.

Creio no Espírito de Deus que nos impele a tornarmo-nos pessoas novas, que apesar dos contragolpes e oposições, continuam a edificar com amor um futuro mais sorridente.

Olho para a janela de minha alma.
Vislumbro um futuro mais sorridente!

Eucarísticos que somos, temos o Pão da Eternidade na Palavra e na Eucaristia.
Só Deus tem Palavra de Vida eterna e é o Pão da Eternidade.
Só Ele tem o antídoto da imortalidade, o remédio para não morrer.

Olho para a janela de minha alma.
Renovo minha esperança.
Não posso deixar que ela se fragilize, pulverize em morbidez indesejável.

Olho para a janela de minha alma:
Vejo que há saída.
Vejo que um novo cenário pode ser construído.

Está em nossas mãos, a mudança do cenário de nossas janelas. 
Os talentos divinos nos foram confiados.

Servos bons e fiéis sejamos, 
para que já gozemos a alegria do convívio do Senhor, 
para o gozo pleno na eternidade.

Não adianta lamentar o cenário de dor, morte e luto pela janela. 
Ele faz novas todas as coisas, disse-nos o autor do Apocalipse.

Creiamos n'Aquele que faz novas todas as coisas
a partir de nós e conosco.
Somente assim Ele reina e há de reinar.
Amém!

São João Bosco: um exemplo de educador

                                                                   

São João Bosco: um exemplo de educador

No dia 31 de janeiro, celebramos a Memória do Presbítero São João Bosco (séc. XIX), e a Liturgia das Horas nos apresenta um trecho de uma de suas Cartas.

Uma Carta sugestiva para ser refletida e discutida, sobretudo por aqueles que têm a difícil arte e graça de educar, sobretudo hoje, com tantos desafios.

“Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem de nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais desta querida juventude. Ela foi sempre o terno objeto dos meus trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da cara congregação salesiana.

Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nossa impaciência e nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando-os com firmeza e suavidade.

Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou descarregar o próprio mau humor.

Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.

Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros, escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos d’Ele a ser mansos e humildes de coração.

Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada.

Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais e conseguireis uma verdadeira correção.

Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não têm proveito algum para quem as merece”.

Vejamos algumas indicações oportunas e necessárias na educação daqueles que nos são confiados, apresentadas e vivenciadas por Dom Bosco:

- Ele vivia uma paternidade em relação aos alunos com vistas ao bem destes (não como sinônimo de paternalismo);

- A correção e o castigo não sejam o “descarregar o próprio mau humor”;

- O exercício do poder e de domínio sobre aqueles que se educam seja de serviço, como assim o fez Jesus;

- A afeição e a familiaridade com aqueles que se educa, assim como Jesus tratava os pecadores, comunicando-lhes o perdão;

- As faltas devem ser corrigidas sem cólera, ou com moderação: verdadeiros pais e a verdadeira correção;

- A recomendação a Deus, em determinados momentos muitos graves, e não “uma tempestade de palavras que só fazem mal” – silêncio e oração confiante a Deus.

Tenhamos São João Bosco como modelo de educador, em nosso trabalho evangelizador, para que cuidemos, com ternura e proximidade, daqueles que de nós muito esperam.

Oremos:

Ó Deus, que suscitastes São João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos, colocando-nos inteiramente ao Vosso serviço. Por N.S.J.C. Amém! 

Em poucas palavras...

 


“A apresentação de Jesus no templo...”

“A apresentação de Jesus no templo (Lc 2,22-39) mostra-O como Primogênito que pertence ao Senhor (Ex 13,2.12-13).

Com Simeão e Ana, é toda a expectativa de Israel que vem ao encontro do seu Salvador (a tradição bizantina designa por encontro este acontecimento).

Jesus é reconhecido como o Messias tão longamente esperado, «luz das nações» e «glória de Israel», mas também como «sinal de contradição».

A espada de dor, predita a Maria, anuncia essa outra oblação, perfeita e única, da cruz, que trará a salvação que Deus «preparou diante de todos os povos».”    (1)

 

 

(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 529

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