Sonhemos! Avancemos! Jamais recuemos...
Com a presença do Santo Espírito que nos conduz em todos os momentos.
Piedade,
dor e amor
Absalão,
filho de Davi, morto de forma inusitada,
Ainda
que tramasse contra o pai a usurpação do poder,
Arrancou
do pai lágrimas de piedade, dor e amor.
Por
vezes, podemos também viver situações,
Ainda
que em contextos diferenciados,
Realidades
que nos interpelam mesmos sentimentos:
Piedade,
dor e amor nos consomem vorazmente,
Pedindo
novas atitudes, olhares para a frente,
Sem
remoer páginas do passado: um novo tempo.
Piedade,
dor e amor se contraponham sempre
A sentimentos
de vingança, endurecimento e ódio,
A
fim de que o novo e belo de Deus floresça em nós.
Piedade,
dor e amor ,pilares imprescindíveis
Para
amizade social em todos os âmbitos,
Há
de nos conduzir e iluminar nosso viver. Amém.
(1)
2 Sm 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3
A graça de Deus
“A tentação de medir o progresso do Reino de Deus sempre ronda
nossas comunidades: ainda com demasiada frequência, avaliamos as coisas sob o
aspecto quantitativo e visível.
Quando fazemos estatísticas e levantamentos necessários, não
podemos esquecer uma variável misteriosa, mas real, que pode mudar todos os
valores dos nossos dados: a graça de Deus.” (1)
(1)
Comentário do Missal Cotidiano - Editora Paulus - pág. 719 -
passagem bíblica- 2 Sm 24,2.9-17
A cura expressa a misericórdia
divina
Sejamos
iluminados pelo Comentário do Salmo 102, escrito por Santo Agostinho (séc. V):
“Temos
descrito a enfermidade, chamemos agora o médico. Acaso não te curará Aquele que
te criou de tal forma que, se houvesse observado a lei de saúde que te
apresentou, não terias caído em enfermidades?
Por
acaso não te ordenou e preceituou o que havias de tocar e não tocar para
conservar-te são? Não quiseste ouvi-Lo para conservar tua saúde, ouve-O agora
para recobrá-la.
Tua
enfermidade fez-te experimentar a certeza dos seus preceitos: pois então, o que
o homem aconselhado não cumpriu, pratique-o agora o experimentado. Que dureza é
esta que não aprende nem da experiência?
Acaso
não te curará Aquele que te criou em tal condição que nunca terias adoecido se
quisesse cumprir suas ordens? Acaso não te curará Aquele que criou os anjos e
que, depois de refazer-te, te iguala a eles? Aquele que criou os céus e a terra
não curará aquele que fez à Sua imagem e semelhança? Ele te curará: só falta
que te deixes curar.
Cura,
sim, aos enfermos, mas não cura aos que não querem se curar. Existe, por acaso,
situação melhor do que ter garantida a saúde? Esforçamo-nos por ter muitos bens
terrenos que não estão ao nosso alcance.
Administramo-nos
mil tipos de remédios, que afinal não nos curam. Quando há um enfermo, lhe
dizemos que abandone toda preocupação, e lhe aconselhamos que não pense mais do
que em sua saúde. Pois é o que foi dito a ti. Se não adoeces, pensa o que
queiras; mas se estás enfermo, pensa sobretudo em tua saúde antes de qualquer
outra coisa.
Tua
saúde é somente Cristo; portanto, pensa n’Ele. Recebe o cálice de tua saúde
d’Aquele que cura todas as tuas enfermidades. Se tu desejas esta saúde, a
terás; quando buscas honras e riquezas, nem sempre o consegues; porém, isto
vale mais e está ao alcance de tua vontade.
Aquele que curou
tuas enfermidades, o que redimiu tua vida da corrupção... Todas as tuas enfermidades se
curarão quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade. Tua
vida foi redimida dela mesma. Já podes estar tranquilo; foi firmado um contrato
de segura fidelidade.
Ninguém
engana ao teu Redentor, ninguém o trapaceia, ninguém o força; Ele terminou o
negócio, pagou o preço, derramou o sangue. O Filho de Deus, o direi, derramou o
seu sangue por nós.
Ó
alma, levanta-te, olha o que vales! Redimiu tua vida da corrupção. Com seu exemplo mostra-te o prêmio
que prometeu. Ele morreu por nossos crimes e
ressuscitou para nossa justificação;
esperem os membros o que viram na Cabeça. Não cuidará de seu corpo Aquele que
elevou sua Cabeça até o céu?” (1)
A enfermidade é uma realidade inerente à condição humana, da
qual ninguém se encontra livre, mas Deus, na Sua infinita misericórdia, que nos
criou por amor, jamais nos abandona, e vem sempre ao nosso encontro.
Na enfermidade, podemos experimentar a onipotência do amor
divino que nos cura e nos liberta.
Sejamos curados pelo Senhor de nossas enfermidades, sejam
físicas ou espirituais, e para tanto, é preciso que n’Ele confiemos, e no Seu
tempo, a graça poderemos receber.
(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp.387-388
“A
apresentação de Jesus no templo (Lc 2,22-39) mostra-O como Primogênito que
pertence ao Senhor (Ex 13,2.12-13).
Com
Simeão e Ana, é toda a expectativa de Israel que vem ao encontro do seu
Salvador (a tradição bizantina designa por encontro este acontecimento).
Jesus
é reconhecido como o Messias tão longamente esperado, «luz das nações» e
«glória de Israel», mas também como «sinal de contradição».
A
espada de dor, predita a Maria, anuncia essa outra oblação, perfeita e única,
da cruz, que trará a salvação que Deus «preparou diante de todos os povos».” (1)
(1)
Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 529