Vigiar e Orar
Tempo de vigiar e orar, tempo de a fé viver,
para solidificar a esperança na vivência de uma
autêntica caridade para com o próximo.
Na quinta-feira da 34ª Semana do Tempo Comum, a Liturgia nos apresenta a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 21,20-28).
Trata-se de um convite que o Senhor nos faz para que preparemos Sua vinda gloriosa, tornando, assim, nossa vida mais luminosa e alegre; portanto, uma mensagem de alegria, confiança, esperança e compromisso na acolhida do Filho do Homem, Jesus, que faz acontecer o Projeto de um mundo novo.
Retrata os últimos dias da vida terrena de Jesus e a iminente destruição de Jerusalém (anos 70 D.C.), como de fato aconteceu.
Jesus anuncia uma Palavra de ânimo, “é preciso levantar a cabeça porque a libertação está próxima” (Lc 21,28).
A comunidade não pode se amedrontar, mas deve abrir o coração à esperança, em atitude de vigilância e confiança.
A salvação não pode ser esperada de braços cruzados. Ela nos é oferecida como dom: Jesus vem, mas é preciso reconhecê-Lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e buscam a libertação.
É preciso deixar que Ele transforme nossa mente e o coração para que Ele apareça em nossos gestos e palavras, em toda a nossa vida.
Celebramos a esperança de um mundo novo que há de vir e que depende de nosso testemunho: o Reino vem e acontece como realidade escatológica, ou seja, não será uma realidade plena neste tempo em que vivemos. Será plenitude somente depois que Cristo destruir definitivamente o mal que nos rouba a liberdade e ainda nos faz escravos.
Trabalhamos e nos empenhamos pelo Reino, que é já e ainda não, pois ainda que muitas coisas tenhamos feito e o mundo tornado melhor, ainda não será o “tudo melhor” que Deus tem reservado para nós.
O Reino de Deus é uma realidade inesgotável, imensurável e indescritível, e o vemos em sinais.
Por ora, é preciso vigiar e orar, numa esperança que nos leve a viver uma caridade ativa tornando fecunda a nossa fé, ajudando o próximo a se reerguer de novo.