quarta-feira, 9 de abril de 2025

Rezando com os Salmos - Sl 9b (10)

 


Fortalecidos pela graça divina na prática das Bem-Aventuranças

 “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!” (cf. Lc 6,20).

“–1 Ó Senhor, por que ficais assim tão longe,
e, no tempo da aflição, vos escondeis,
2 enquanto o pecador se ensoberbece,
o pobre sofre e cai no laço do malvado?

3 O ímpio se gloria em seus excessos,
blasfema o avarento e vos despreza;
4 em seu orgulho ele diz: ‘Não há castigo!
Deus não existe!’  5É isto mesmo que ele pensa.

= Prospera a sua vida em todo tempo;
vossos juízos estão longe de sua mente;
ele vive desprezando os seus rivais.
6 No seu íntimo ele pensa: ‘Estou seguro!
Nunca jamais me atingirá desgraça alguma!’

7 Só há maldade e violência em sua boca,
em sua língua, só mentira e falsidade.
8 Arma emboscadas nas saídas das aldeias,
mata inocentes em lugares escondidos.

9 Com seus olhos ele espreita o indefeso,
como um leão que se esconde atrás da moita;
– assalta o homem infeliz para prendê-lo,
agarra o pobre e o arrasta em sua rede.

10 Ele se curva, põe-se rente sobre o chão,
e o indefeso tomba e cai em suas garras.
11 Pensa consigo: ‘O Senhor se esquece dele,
esconde o rosto e já não vê o que se passa!’

12 Levantai-vos, ó Senhor, erguei a mão!
Não esqueçais os vossos pobres para sempre!
13 Por que o ímpio vos despreza desse modo?
Por que diz no coração: ‘Deus não castiga?’

14 Vós, porém, vedes a dor e o sofrimento,
vós olhais e tomais tudo em vossas mãos!
– A vós o pobre se abandona confiante,
sois dos órfãos vigilante protetor.

15 Quebrai o braço do injusto e do malvado!
Castigai sua malícia e desfazei-a!
16 Deus é Rei durante os séculos eternos.
Desapareçam desta terra os malfeitores!

17 Escutastes os desejos dos pequenos,
seu coração fortalecestes e os ouvistes,
=18 para que os órfãos e oprimidos deste mundo
tenham em vós o defensor de seus direitos,
e o homem terreno nunca mais cause terror!”

Ao rezar o Salmo 9b (10), retomemos as Bem-Aventuranças que Nosso Senhor nos apresentou no Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.  Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa” (cf. Mt 5, 3-12).

As Bem-Aventuranças estão no coração da pregação de Jesus, e o seu anúncio retorna às promessas feitas ao povo eleito, desde Abraão, e  retratam o rosto de Jesus Cristo, descrevendo Sua caridade e exprimindo a vocação dos fiéis, associados à glória da Sua paixão e Ressurreição; definem os atos e atitudes características da vida cristã.

São as promessas paradoxais que sustentam a esperança no meio das tribulações; anunciam aos discípulos as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas; já estão inauguradas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.

Fortalecidos pela graça divina, continuemos firmes na fé, alegres na esperança e solícitos na caridade. Amém.

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