terça-feira, 3 de setembro de 2024

Zelosas sentinelas do Senhor o sejamos!

                                                            

Zelosas sentinelas do Senhor o sejamos!

Nos “ombros do coração” carregamos aqueles que amamos!

Sejamos enriquecidos por este texto escrito pelo Papa São Gregório Magno (Séc. VI) em que nos exorta a sobre o modelo de pastor que devemos ser:

“A sentinela, de fato, deve estar sempre ao alto para enxergar de longe quem vem. E quem quer que seja sentinela do povo deve manter-se no alto por sua vida para ser útil por sua providência”. 

“O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento, irrepreensível nas suas obras, sábio no silêncio, útil sempre na palavra. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade.

Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus. Associa-se com humildade e simplicidade com todos os que trabalham pelo bem das almas, mas levanta-se com anseios de justiça contra os vícios dos pecadores”.

Gregório Magno, sedento de encontro pessoal e íntimo com Deus, muitas vezes sentiu-se, como nós hoje, devorado pelas inúmeras interpelações, clamores, solicitações múltiplas:

“Depois que pus aos ombros do coração o cargo pastoral, meu espírito não consegue recolher-se sempre porque está dividido entre muitas coisas”

Vindo de família nobre e rica, despojou-se de tudo, numa bela encarnação viva e atualizada do Evangelho de Lucas 18,18-23: “Vá e venda tudo o que tens, e depois me siga”.

Grande pregador, evangelizador, pastor de almas, conduziu a Igreja em tempos muito difíceis, como também no tempo presente.

Exorta-nos, como sentinelas do povo, a ficarmos sempre vigilantes na defesa daquele que amamos e que nos são confiados, pois sem vigilância e amor pelo rebanho traímos a confiança de Deus.Na Igreja ou na sociedade, como em todo lugar, é preciso que sejamos verdadeiros pastores, que amam o rebanho e com ele se comprometem, tendo pureza de pensamento, acompanhado de gestos concretos como expressão de amor; o silêncio útil e oportuno quando necessário, calando quando se deve calar, mas não calando quando se deve falar.

Como zelosas sentinelas vivemos a proximidade e solidariedade com quem mais precisa com humildade e simplicidade.

Vigilantes, acolhendo a graça divina,  haveremos de ser na rejeição do pecado, mas amor pelos pecadores.

Reflitamos:

- Quais são os questionamentos que podemos nos fazer à luz do que nos disse o Papa Gregório Magno?

- Como conduzimos o rebanho que o Senhor nos confia, na Igreja e além de suas paredes?

- Com que ardor carregamos nos “ombros do coração” aqueles que o Senhor nos confiou?

Supliquemos a graça divina para sermos zelosas sentinelas de vidas preciosas que Ele nos confia, mesmo sem merecermos, mas porque é infinitamente bom e amável.

Creiamos na ação e presença do Espírito, que nos assiste na missão evangelizadora, ao proclamar e testemunhar a divina Palavra, pois sem ela, não haverá nenhum êxito em tudo que falarmos ou fizermos.

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