Para o Apóstolo Paulo, a morte não teve sua última palavra. O Amor que nos amou até o fim venceu. A vida venceu a morte, a fim de que a humanidade nunca mais fique mergulhada na escuridão.
O abismo da morte recebeu a visita do Redentor, para que fizesse triunfar a Sua missão.
Celebra-se o mais belo triunfo: a vitória do amor. A partir da Páscoa, a Lei se condensa no amor; no amor aprendido com o Amor: Jesus.
Ele que fez dom de Si mesmo, num amor incondicional até o extremo: Amor misericordioso, vivido intensamente na fidelidade ao Pai, sob a ação do Espírito na defesa e promoção da vida, portadora da sacralidade divina.
Paulo nos exorta a “Viver a Caridade, que é a plenitude da Lei”, a plenitude do Amor (Rm 13,8-10). Quem ama cumpre plenamente a Lei.
O próprio Jesus nos disse: “ninguém tem amor maior do que Aquele que dá a vida pelos Seus amigos” (Jo 15,13).
Quanto mais progredirmos no amor de Deus, mais humanos nos tornaremos. O caminho da humanização passa pela prática do amor, concretizada no Amor a Deus e no amor ao próximo.
Santo Irineu disse: “Deus Se fez humano para que nos tornássemos divinos…”
E, como disse Santo Agostinho: “Ame e faça o que quiseres”.
A Cruz teve aparência de derrota, na perspectiva da fé é vitória. Jesus morrendo, matou em Si a morte e, nós, por Sua morte somos libertados da morte.
Assumir a cruz de cada dia é contemplar e testemunhar o Amor da Trindade ali presente: Um Deus (Pai) que é eterno Amante, fiel ao eterno Amado (Jesus) em comunhão com o eterno Amor (Espírito Santo), como também nos falou Santo Agostinho.
Somente trilhando O Caminho, acolhendo A Verdade, teremos A Vida; vida plena e abundante, nutrida e movida pela caridade, que consiste na expressão madura da liberdade.
Verdade, caridade e liberdade devem nos acompanhar em todo tempo, para que a alegria da Ressurreição celebrada no Altar possa o mundo contagiar. Eis a Boa Nova a anunciar, testemunhar: “Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar e passou a noite inteira em Oração a Deus. Depois que amanheceu, chamou os discípulos e dentre eles escolheu doze, aos quais deu o nome de Apóstolos” (Lc 6,12-13).
O Verbo, na montanha, passou a noite inteira em Oração…
Ao amanhecer chama os Seus…
Contemplemos esta noite memorável.
Reflitamos:
- Quais teriam sido as Palavras do Filho dirigidas ao Pai?
- Quais teriam sido as Palavras do Pai dirigidas ao Filho?
Lá estava também O Espírito, como elo de Amor, comunicação do Pai e do Filho.
Montanha, lugar da manifestação do Deus, que é diálogo, discernimento, intimidade, recolhimento…
Montanha, lugar da comunicação, da abertura, da proximidade, Palavra de Luz para todo momento.
Planície, lugar aonde Jesus e os Seus escolhidos desceram, para levar a Palavra, cura, libertação, paz, vida nova e alegria; sinais do Reino que se anuncia, que a tudo se renuncia, no fiel seguimento, inaugurando novo dia…
Planície, lugar aonde Jesus e os Seus escolhidos desceram, para proclamar ao mundo o Projeto das Bem-Aventuranças, Caminho da plena felicidade, que se contrapõe aos planos de uma velha humanidade…
Na Escola do grande Mestre, temos muito a aprender com aqueles que fizeram da Oração o Alimento indispensável da existência, lâmpada para a escuridão da noite, Estrela que se vislumbra em cada amanhecer até o escurecer.
Aprendamos com aqueles que descobriram a vitalidade da Oração, não como evasão do tempo presente, mas como inserção no mesmo.
Que o amor aprendido com o Amor, que nos amou até o fim, Jesus, possamos viver.
Ao Amor que se renova na Fonte do Amor, renovemos o nosso testemunho mais intenso, ardoroso e com vigor!
Jesus, o Amor que cura, salva e liberta. Amor que se vivido, é verdadeiramente o cumprimento alegre e rejuvenescedor de toda Lei, porque se nutre da Fonte do Amor que Se nos revela em todo o Seu esplendor. Amém!
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