terça-feira, 26 de agosto de 2025

Os “ais de Jesus” são também para nós

                                                           


Os “ais de Jesus” são também para nós

Uma reflexão à luz passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 11, 37-54).


Nela  encontramos os “ais” de Jesus dirigidos aos fariseus e aos mestres da Lei, que se constituem nas “maldições” de Cristo contra estes.

 

O primeiro “ai” de Jesus é contra o formalismo religioso dos fariseus, que discutem preceitos ínfimos, mas esquecem dos Mandamentos essenciais da fé – o amor a Deus e ao próximo (Lc 11,42).

 

O segundo “ai” é contra a procura da honra em vez do serviço (Lc 11,43).

 

O terceiro “ai” é contra a falsa concepção de pureza, que antes de tudo tem que ser a pureza de coração, pureza de alma expressa nos sentimentos, pensamentos e ações Lc 11,44).

 

O quarto “ai” é por tornarem intolerável a vida religiosa para os pequenos, os pobres, impondo fardos pesados sobre estes. Cristo por outro lado oferece um fardo leve e jugo suave, que comunica vida plena e feliz para todos (Lc 11,46).

 

O quinto “ai” é a maldição por causa da perseguição que os escribas moveram contra os Profetas (Lc 11,47-51).

 

A sexta “maldição” procede em decorrência do autoritarismo intelectual dos doutores da lei, que não entram eles próprios na verdadeira e frutuosa compreensão da Lei, agravado pelo fato de não comunicarem nenhuma luz por suas vidas Lc 11,52).

 

Oremos:

 

Livrai-nos, Senhor, da prática de uma religião formal, fria, 
ancorada em detalhes tão multiplicados, normas e regras tantas, 
que acabamos esquecendo e colocando de lado o essencial 
que nos dá a verdadeira identidade de discípulos Vossos:

 “Amor a Deus e ao próximo”.

 

Livrai-nos, Senhor, da tentação que vencestes no deserto, 
e que humildemente testemunhastes ao lavar os pés dos discípulos. 
Que vençamos a tentação do prestígio e honras que 
ofuscariam Vossa Luz e presença em nós. 

Aprendamos Convosco, que viestes para amar e servir, 
e assim haveremos de ser e também agir,

como  amados discípulos Vossos.

 

Dai-nos, Senhor, pureza de alma e coração, 
para que nossos pensamentos e sentimentos 
gerem ações que revelem a autenticidade de nossa fidelidade a Vós, 
numa caridade ativa e frutuosa 
em favor de todos com os quais convivemos.

 

Dai-nos, Senhor, coragem para vencer as tentações 
inerentes no caminhar da fé, 
resistência nas tribulações que teimam em ofuscar e 
fazer morrer nossa esperança, 
e com isto, o apagar da chama da caridade.

 

Que sintamos sempre Vossa presença nas perseguições, 
incompreensões e dificuldades que nos fazem crescer 
em intimidade Convosco, 
em permanente Oração, diálogo amoroso.

 

Finalmente, Senhor, 
que a Sabedoria do Santo Espírito que nos enviastes do Pai, 
quando para Ele voltastes, 
passando pela morte e Ressuscitando, 
esteja sempre conosco, 

para que comuniquemos ao mundo a Vossa Luz, 
a verdadeira Luz, que nos acompanha, 
porque seguidores Vossos, não caminhamos nas trevas,

mas temos a Luz da Vida. 
Amém.

PS: A reflexão é a luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 11,37-54). Oportuna para reflexão da passagem paralela de Mateus (Mt 23,13-32)


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