segunda-feira, 15 de abril de 2024

Mensagem do Papa Francisco - 2023

 


Síntese da Mensagem do Papa Francisco para o 60º Dia Mundial De Oração Pelas Vocações (30 de abril de 2023 - IV Domingo de Páscoa)

Vocação: graça e missão

Para o sexagésimo Dia Mundial de Oração pelas Vocações, instituído por São Paulo VI em 1964, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, o Papa Francisco nos apresenta uma mensagem com o Tema – “Vocação: graça e missão”.

Trata-se de preciosa ocasião para redescobrir, maravilhados, que a chamada do Senhor é graça, dom gratuito e, ao mesmo tempo, é empenho de partir, sair para levar o Evangelho.

No decurso da nossa vida, esta chamada, é inscrita nas fibras do nosso ser e portadora do segredo da felicidade, e nos alcança pela ação do Espírito Santo, de maneira sempre nova, ilumina a nossa inteligência, infunde vigor na vontade, enche-nos de admiração e faz arder o nosso coração, afirma o Papa.

Neste sentido, dá testemunho pessoal – “Assim aconteceu comigo em 21 de setembro de 1953, quando, a caminho da festa anual do estudante, senti o impulso de entrar na igreja e me confessar. Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje...”

Afirma que a vocação é uma “combinação entre a escolha divina e a liberdade humana”, uma relação dinâmica e estimulante que tem como interlocutores Deus e o coração humano.

Apresenta-nos a vocação de Santa Teresa do Menino Jesus - «Encontrei finalmente a minha vocação! A minha vocação é o amor! Sim, encontrei o meu lugar na Igreja (…): no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor».

Toda vocação implica em missão, afirma o Papa – “Eu sou uma missão nesta terra”, e esta chamada inclui o envio.

A chamada divina ao amor é uma experiência que não se pode calar. «Ai de mim, se eu não evangelizar!»: exclamava São Paulo (1 Cor 9, 16). E a 1ª Carta de João começa assim: «O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida [feito carne] (…), isso vos anunciamos (…) para que a nossa alegria seja completa» (1, 1.3.4).

Há uma missão comum para todos os cristãos: “...testemunhar com alegria, em cada situação, por atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua comunidade, que é a Igreja. E traduz-se em obras de misericórdia materiais e espirituais, num estilo de vida acolhedor e sereno, capaz de proximidade, compaixão e ternura, em contracorrente à cultura do descarte e da indiferença. Fazer-nos próximo como o bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) permite-nos compreender o «núcleo» da vocação cristã: imitar Jesus Cristo que veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45).”

Apresenta-nos um ícone evangélica para a missão que é a experiência dos dois discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 32).

Podemos ver neles o que significa ter «corações ardentes e pés ao caminho».

Deste modo, uma vocação somente se revela plenamente com a sua própria verdade e riqueza, se vivida na relação com todas as outras – “Neste sentido, a Igreja é uma sinfonia vocacional, com todas as vocações unidas e distintas em harmonia e juntas «em saída» para irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus.”

Finalizando, exorta que as iniciativas de oração e animação pastoral ligadas a este Dia reforcem a sensibilidade vocacional nas nossas famílias, nas paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas associações e nos movimentos eclesiais.

Suplica ao Espírito do Ressuscitado que nos faça sair da apatia e nos dê simpatia e empatia, para vivermos cada dia regenerados como filhos de Deus-Amor (cf. 1 Jo 4, 16) e sermos, por nossa vez, geradores no amor, com a capacidade de levar a vida a todos os lugares, especialmente onde há exclusão e exploração, indigência e morte; e deste modo serão alargados os espaços de amor e Deus reinará cada vez mais neste mundo. 

Conclui invocando a presença e proteção de Maria, e retoma a oração composta por São Paulo VI para o 1º Dia Mundial das Vocações (11 de abril de 1964):

“Ó Jesus, divino Pastor das almas, que chamastes os Apóstolos para fazer deles pescadores de homens, continuai a atrair para Vós almas ardentes e generosas de jovens, a fim de fazer deles vossos seguidores e vossos ministros; tornai-os participantes da vossa sede de redenção universal, (…) abri-lhes os horizontes do mundo inteiro, (…) para que, respondendo à vossa chamada, prolonguem aqui na terra a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo místico, que é a Igreja, e sejam “sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13)”.

 

PS: Se desejar, confira a mensagem na integra:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/vocations/documents/20230430-messaggio-60-gm-vocazioni.html

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