CAPÍTULO
I – O ANÚNCIO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO
“Jesus
percorria, então todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas,
proclamando o Evangelho do Reino” (Mc 9,35).
Mundo
urbano presente na cidade e no campo.
1.1
- Fidelidade a Jesus Cristo, o Missionário do Pai.
“Para mim, de fato, o viver é Cristo” (Fl
1,21).
“Ao início do ser
cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um
acontecimento, com uma Pessoa que dá á vida um novo horizonte e, desta forma, o
rumo decisivo”
(Deus Caritas Est – Papa Bento XVI – 2007).
Um
encontro que:
-
provoca conversão de vida;
-
leva ao discipulado;
-
gera comunidade;
-
leva a sair em missão.
Dois
perigos a serem evitados, conforme lembrou o Papa Francisco na Gaudete et
Exsultate: neo-gnosticismo e o neo-pelagianismo:
“Sua
racionalidade e suas capacidades intelectuais (gnosticismo) e sua força de
vontade e sua capacidade técnica, rejeitando a graça de Deus pela
autossuficiência (pelagianismo)”. (DGAE n.15)
Evangelho:
“Vinde” e o “Ide” – Jesus que chama é o mesmo que envia (Mc 3,13-15).
1.2
– Igreja: comunidade de discípulos missionários:
-
dar testemunho de amor fraterno;
-
superar o escândalo da divisão entre os seguidores de Jesus através do
respeito;
-
diálogo;
-
conversão a Cristo;
-
que todos sejam um.
1.3
– Missão: anúncio que se traduz em palavras e gestos
Missão
não é propaganda, negócio ou um projeto empresarial (EG 279)
Evangelizar
“por
atração” – anúncio em palavras e gestos
Atos dos
Apóstolos: At 2,44-47; 4,32;
O
amor fraternidade vivido nas comunidades cristãs despertava nos pagãos uma profunda
admiração: “Vede como se amam (...) estão prontos a morrer um pelos outros”
(Tertuliano);
Pequenas
comunidades: abertas, acolhedoras, misericordiosas e intensa vida evangélica.
A
prática da misericórdia na fidelidade a Jesus: “o rosto da misericórdia”.
Amor
misericordioso e compassivo: critério de credibilidade para a nossa fé.
1.4
– Cultura urbana: desafio à missão
Ambiguidade
do cenário: luzes e sombras:
-
emancipação do sujeito;
-
a pluralidade;
-
O avanço das novas tecnologias para melhor cuidado da vida;
-
a globalização pelo secularismo e relativismo;
-
a liquidez e indiferentismo.
A
Igreja enfrenta um desafio na missão: a transmissão integral da fé no interior
de uma cultura, em rápidas e profundas transformações, que experimenta forte crise
ética com a relativização do sentido do pecado (DGAE n. 27)
Como
evangelizar as cidades numa cultura urbana marcada pelo:
-
imediatismo;
-
diversificação;
-
fragmentação.
“As cidades,
embora algumas vezes consideradas assustadoras, devem ser vistas como um
ambiente a ser contemplado (EG n.72), na busca dialogal por perceber Deus já
presente no meio delas (EG n.71)”.
1.5
– Comunidades eclesiais missionárias no contexto urbano:
Casas
da Palavra, do Pão, da Caridade e abertas à Ação Missionária, como lugar da
proximidade e confiança, e favorece:
-
partilha de experiências;
-
ajuda mútua;
-
inserção concreta nas diferentes situações;
Partilha
da experiência de fé que não é cômoda e nem individualista.
Formar
pequenas comunidades missionárias: prioridade da ação evangelizadora.
Os
interlocutores da missão (Papa Francisco):
1º
- os que frequentam regularmente a comunidade e que conservam a fé católica,
mesmo sem participação assídua – desafio:
corresponder cada vez mais com toda sua vida ao amor de Deus;
2º
- os batizados, porém não vivem mais de acordo com a sua fé – desafio: são chamados à conversão e o
compromisso com o Evangelho;
3º
- os que não conhecem Jesus Cristo ou que o recusaram – desafio: direito de receber o Evangelho como partilha da alegre experiência
do encontro com Jesus Cristo.
A
missão exige a sinodalidade, que
significa o comprometimento e a participação de todo o Povo de Deus na vida e
na missão da Igreja (DGAE n39).
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