No dia 1º de maio, celebraremos a Festa em louvor a São José Operário, protetor e modelo de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
Sejamos enriquecidos por dois parágrafos (nºs 33 e 34) da Constituição pastoral “Gaudium et spes” sobre a Igreja no mundo contemporâneo, do Concílio Vaticano II (séc. XX), que nos fala sobre a atividade humana no mundo.
Sejamos enriquecidos por dois parágrafos (nºs 33 e 34) da Constituição pastoral “Gaudium et spes” sobre a Igreja no mundo contemporâneo, do Concílio Vaticano II (séc. XX), que nos fala sobre a atividade humana no mundo.
“Por seu trabalho e inteligência, o homem procurou sempre mais desenvolver a sua vida. Hoje em dia, porém, ajudado antes de tudo pela ciência e pela técnica, ele estendeu continuamente o seu domínio sobre quase toda a natureza; e, principalmente, graças aos meios de intercâmbio de toda espécie entre as nações, a família humana pouco a pouco se reconhece e se constitui como uma só comunidade no mundo inteiro. Por isso, muitos bens que o homem esperava antigamente obter, sobretudo, de forças superiores, hoje os consegue por seus próprios meios.
Diante deste esforço imenso, que já penetra a humanidade inteira, surgem muitas perguntas entre os homens. Qual é o sentido e o valor desta atividade? Como todas estas coisas devem ser usadas? Qual a finalidade desses esforços, sejam eles individuais ou coletivos?
A Igreja, guardiã do depósito da Palavra de Deus, que é a fonte dos seus princípios de ordem religiosa e moral, embora ainda não tenha uma resposta imediata para todos os problemas, deseja, no entanto, unir a luz da revelação à competência de todos, para iluminar o caminho no qual a humanidade entrou recentemente.
Para os fiéis é pacífico que a atividade humana individual e coletiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decorrer dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, considerado em si mesmo, corresponde ao plano de Deus.
Com efeito, o homem, criado à imagem de Deus, recebeu a missão de dominar a terra com tudo o que ela contém e de governar o mundo na justiça e na santidade, isto é, reconhecendo a Deus como Criador de todas as coisas, orientando para Ele o seu ser e todo o universo; assim, com todas as coisas submetidas ao homem, o nome de Deus seja glorificado na terra inteira.
Isto diz respeito também aos trabalhos cotidianos. Pois os homens e as mulheres que, ao procurar o sustento para si e suas famílias, exercem suas atividades de maneira a bem servir à sociedade, têm razão para ver no seu trabalho um prolongamento da obra do Criador, um serviço a seus irmãos e uma contribuição pessoal para a realização do plano de Deus na história.
Portanto, bem longe de pensar que as obras produzidas pelo talento e esforço dos homens se opõem ao poder de Deus, ou considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos, pelo contrário, estão convencidos de que as vitórias do gênero humano são um sinal da grandeza de Deus e fruto de seus inefáveis desígnios. Quanto mais, porém, cresce o poder dos homens, tanto mais aumenta a sua responsabilidade, seja pessoal seja comunitária.
Donde se vê que a mensagem cristã não afasta os homens da tarefa de construir o mundo nem os leva a negligenciar o bem de seus semelhantes; mas, antes, os impele a sentir esta obrigação como um verdadeiro dever.”
Como vemos, a atividade humana pode em muito contribuir na promoção da vida, melhorando as condições das pessoas.
Pelo trabalho, vemos que a atividade humana é um prolongamento da obra do Criador, e neste sentido é preciso criar sempre a possibilidade de trabalho digno para todos; e com ele, os direitos sociais próprios.
Deste modo, todos os esforços devem ser feitos, em todos os âmbitos, organizações, poderes constituídos, para que não sejam condenadas milhões de pessoas ao desemprego ou subemprego.
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