Identidade,
vida e missão do Presbítero diocesano
Reflitamos sobre a vida e missão do presbítero
diocesano, à luz dos parágrafos 43-53, do Documento número 110 da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre as Diretrizes para a formação dos
Presbíteros da Igreja no Brasil.
O Presbítero diocesano é corresponsável pela ação pastoral da Igreja particular,
portanto, cabe a este a colaboração para que a Diocese com suas Paróquias
reformulem as suas estruturas, tornando-se casas e escolas de comunhão, como
redes de comunidades evangelizadoras, na expressão visível da opção
preferencial pelos pobres (cf. n.49).
Sua
identidade, vida e missão se expressam no vínculo especial de comunhão com o
seu bispo, e devem permear todo o itinerário formativo em vista de viver o
Ministério segundo o estilo de Jesus, ferido, morto e Ressuscitado, de modo que
seja:
- capaz de ter a mesma compaixão de Jesus;
- generosidade;
- amor para com todos e especialmente pelos mais pobres;
- pronta solicitude pela causa do Reino;
- testemunha da caridade pastoral. (cf. n.44)
Deste
modo, o Presbítero deverá:
- dar testemunho pessoal de fé e caridade;
- viver uma espiritualidade marca por renúncias e despojamento
de si mesmo;
- priorizar a tarefa da evangelização, conferindo o caráter
missionário do ministério;
- acolher a exemplo de Cristo Pastor, unindo a firmeza à
ternura, sem ceder à tentação de um serviço burocrático e rotineiro;
- viver solidariedade efetiva com a vida do povo, na opção
preferencial pelos pobres com especial sensibilidade com os oprimidos e
sofredores;
- cultivar a dimensão ecumênica, o diálogo inter-religioso no
respeito à pluralidade de expressão da fé em Deus e nos valores do Evangelho;
- apoiar a justas reinvindicações do povo, especialmente dos
pobres, de acordo com as orientações do Magistério da Igreja;
- ter a capacidade de respeitar, discernir e suscitar serviços e
ministérios para a ação comunitária e a partilha;
- promover a manutenção da paz e da concórdia fundamentada na
justiça;
- configurar-se como homem da esperança e do seguimento de Jesus
na Cruz;
- ter capacidade para a administração pastoral, patrimonial,
econômico-financeira e pessoal. (cf. n.43).
Concluindo,
o presbítero diocesano viverá no mundo, no meio do seu povo, conhecendo as “alegrias
e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos
pobres e de todos os que sofrem”, e assim, será um bom padre, como nos
falou o Papa Francisco:
“Um bom padre é antes de tudo, um homem com sua própria
humanidade, que conhece a própria história, com as suas riquezas e as suas
feridas, e que aprendeu a fazer paz com as mesmas. Alcançando a serenidade de
fundo própria de um discípulo do Senhor” (cf. n.46).
Nenhum comentário:
Postar um comentário