quinta-feira, 6 de março de 2025

Deus é a Verdade e o Amor


Deus é a Verdade e o Amor

Amamos e adoramos a Deus, “Aquele que É”, que Se revelou a Israel como Aquele que é cheio de misericórdia e fidelidade.

Amamos e adoramos a Deus, “Aquele que É” Amor e Verdade, suprema benevolência e bondade, pleno de graça, luz.

Amamos e adoramos a Deus, a quem podemos nos entregar, com toda a confiança e em todas as coisas, à verdade e à fidelidade da Sua Palavra.

Amamos e adoramos a Deus, e cremos na verdade de Deus que é a Sua Sabedoria, que comanda toda a ordem da criação e governo do mundo.

Amamos e adoramos a Deus, que é igualmente verdadeiro quando Se revela: todo o ensinamento que vem de Deus é “doutrina de verdade” (Ml 2, 6).

Amamos e adoramos a Deus, que quando enviar o Seu Filho glorioso ao mundo, será para “para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37).

Amamos e adoramos a Deus, que é Amor, que no decorrer da história permitiu a Israel descobrir Sua presença e ação constante.

Amamos e adoramos a Deus, que tinha somente uma razão para ter Se revelado ao Seu Povo e o ter escolhido, de entre todos os povos:  Seu amor gratuito.

Amamos e adoramos a Deus, por ter feito Israel compreender, graças aos seus profetas, que foi também por amor que Deus não deixou de salvá-lo e de lhe perdoar a sua infidelidade e os seus pecados.

Amamos e adoramos a Deus, que amou Israel com um amor comparado ao amor de um pai para com seu filho.

Amamos e adoramos a Deus, cujo Amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos.

Amamos e adoramos a Deus, que ama o Seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada.

Amamos e adoramos a Deus, que nos ama, e com um amor que vence mesmo as piores infidelidades.

Amamos e adoramos a Deus, que chega ao mais precioso de todos os dons: “Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o seu Filho Único” (Jo 3, 16).

Amamos e adoramos a Deus, que nos ama como amor eterno: “Ainda que as montanhas se desloquem e vacilem as colinas, o meu amor não te abandonará” (Is 54, 10).

 Amamos e adoramos a Deus, que não somente nos ama com amor eterno, mas nos guarda com predileção e carinho: “Amei-te com amor eterno: por isso, guardei o meu favor para contigo” (Jr 31, 3).

Amamos e adoramos a Deus, que é Amor, como nos falou o Apóstolo São João: “Deus é Amor” (1 Jo 4, 8, 16).

Amamos e adoramos a Deus, que tem por própria essência o Amor, e que nos enviará, na plenitude dos tempos, o Seu Filho único e o Espírito de Amor.

Amamos e adoramos a Deus que nos revela o Seu segredo mais íntimo: Ele próprio é eternamente permuta de amor com o Filho e Espírito Santo; e nos destinou a tomar parte nessa comunhão. Amém.


PS: livre adaptação nn.  214-221 do Catecismo da Igreja Católica

Evangelizar é missão de todos nós!

Evangelizar é missão de todos nós!

Estamos dando os primeiros passos na caminhada Quaresmal, revigorando nossas forças no carregar da cruz, renovando e fortalecendo compromissos com os desfigurados, na escuta do Filho Amado do Pai, transfigurando a realidade pessoal, familiar, eclesial e social, na qual estamos inseridos.

Precisamos reavivar sempre a chama, que em cada coração foi acesa no dia do Batismo (2Tm 1,6), de quem O encontrou, O ouviu e por Ele foi amado para viver a tríplice missão da Igreja e do Pastor: santificar, ensinar e governar a Igreja.

É tempo de percebermos o que está bom ou não, e  não medir esforços para melhorar, corrigir, aperfeiçoar, avançar. Naquilo que está bom, recuar jamais e, no que nos desafia, avançar, buscar saídas.

Como afirmou o Papa Bento XVI em uma de suas mensagens para a Quaresma, “na vida de fé, quem não avança, recua”.

Agora, está em nossas mãos, com a força do Espírito, trilhando o Itinerário Quaresmal, transformar os sinais de morte em sinais de vida, para que o esplendor da Páscoa nos alegre e ilumine, nos revitalize no ardor da evangelização.

Mais do que nunca, a cidade e seus inúmeros desafios estão em nossa mente e coração: a desafiadora realidade da saúde, como a Campanha da Fraternidade nos lembra; a missionariedade, que clama por sair das paredes da Igreja e ir ao encontro dos que estão indiferentes ou até mesmo afastados; o longo caminho a ser percorrido, enquanto acolhida sincera e fraterna, em todos os espaços da comunidade, nas pastorais e serviços, na secretaria; também a preocupação do anúncio da Boa-Nova nas escolas, condomínios e o necessário fortalecimento dos pequenos grupos de reflexão.

Continuemos em direção da cruz, e não somente, mas carregando-a com coragem, com imprescindíveis renúncias, despojamentos, amadurecimentos, somente assim alcançaremos a glória da eternidade.

Há um mundo desfigurado, triste, enfermo, mergulhado no pecado, que precisa ser transfigurado. Que a experiência do Monte Tabor, a contemplação do Cristo Glorioso, Transfigurado, d’Aquele que deu pleno cumprimento à Lei e à Profecia (Moisés e Elias), seja um momento de esplendor da luz divina.

Que toda a Igreja, na atenta escuta da Palavra do Filho Amado do Pai, na montanha do recolhimento, silêncio e Oração, na planície do cotidiano a coloquemos em prática, pois “nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Ceús...” (Mt 7,21).

Quaresma: fortaleçamos a prática da Caridade Operosa


Quaresma: fortaleçamos a prática da Caridade Operosa

Quaresma como Tempo do recolhimento e reflexão sobre o próprio tempo do existir; graça para reorientar os passos para maior fidelidade a Jesus no carregar da cruz.

Vivemos o tempo intermediário entre a Páscoa de Jesus e a Sua segunda vinda, o Seu regresso como Esposo.

Por ora, o necessário jejum, com matizes novos, como um meio de nos privarmos de algo para manifestar inteira liberdade e fidelidade ao Senhor.

Jejum bem vivido implica na prática de uma verdadeira caridade operosa, em que não podemos minimizar esforços para a libertação do fermento do pecado. Precisamos ser fermento na massa, levedando um tempo novo.

O Jejum, acompanhado da Oração, há de culminar na caridade operosa, nas boas obras multiplicadas. A vivência do amor implica em renúncias, empenho, trabalho, podas necessárias, maturidade no carregar da cruz, enxertados em Cristo, para que os frutos saborosos por Deus queridos e esperados sejam mais que uma realidade.

O Jejum frutuoso nos favorece na compreensão e consciência de que não somos escravos de nada e de ninguém e que somente a Deus pertencemos. Só por Ele queremos nos consumir, como bem expressa um canto muito conhecido:
“Só por Ti Jesus, Quero me consumir...
Como vela que queima no altar
Me consumir de amor...”
Empenhemo-nos na prática da caridade operosa, incansavelmente. Somente assim estaremos rumando para a celebração da Páscoa com sinais desejáveis de Eternidade. Amém!  

Quaresma: Urge ir à Fonte das fontes...


Quaresma: Urge ir à Fonte das fontes...

Quaresma, 
tempo em que urge a recuperação de nossas energias 
para o bom combate da fé. 

Quaresma é Tempo favorável da graça.

Urge irmos às “fontes”.
À Fonte das fontes: Jesus!

Assim O encontraremos:

Na fonte da Palavra:
Para saciar nossa sede com água cristalina, que jorra para a vida eterna;

Na fonte da Eucaristia:
Que é Pão Vivo descido do céu que nos alimenta e fortalece, Bebida que nos redime, inebria;

No alto da montanha:
Meio caminho entre o céu e a terra para o Encontro com o Deus que nos revela Sua presença e nos convida à escuta de Seu Filho amado.

Na vida da Comunidade:
Em momentos de oração, espiritualidade, vias sacras, confissões, compromissos solidários e fraternos.

Quaresma é tempo de renovarmos e revigorarmos nossa aliança e confiança em Deus como Abraão, modelo de crente, o fez. É tempo de nos tornamos amigos da cruz, que exige mudança, que passa pelo coração, e não pela exterioridade, redimensionando a nossa vida.

A provisoriedade e precariedade de nosso corpo são revitalizadas, para que um dia alcancemos, pela glória da Ressurreição, o corpo glorioso, o corpo celestial e incorruptível. Antes é preciso passar pelo caminho da cruz, inevitavelmente, com sinais pascais já contemplados.

O escândalo da cruz não pode nos amedrontar e intimidar. O peso da cruz, se suportado cotidianamente com fé, é certeza de que alcançaremos o esplendor da luz, junto do Cristo Ressuscitado: Na escuta e fidelidade à Sua Palavra, na perfeita configuração a Ele, com mesmos sentimentos (Fl 2,5).

Quaresma, tempo de sentir antecipadamente a alegria da Vitória Pascal, que passa pela obediência ao Pai e fidelidade irremovível no carregar da Cruz.

Quaresma é o tempo do silêncio, do recolhimento, da Oração, da intimidade, da contemplação, da escuta...

Quaresma é tempo de subir, contemplar, escutar o Filho Amado, e  ao mesmo tempo, o imperativo de descer a montanha para irrenunciáveis e inadiáveis compromissos com a justiça e a fraternidade, testemunhando a bondade, fidelidade e amor de Deus.

Contemplá-Lo transfigurado no monte santo, para compromisso com Ele mesmo, em tantos rostos desfigurados que nos interpelam, nos questionam e por vida digna clamam.

Tantos rostos, crudelissimamente desfigurados, nos desafiam... O que podemos fazer?

Sem dúvida, se cada um fizer um pouco por amor, com Deus a transfiguração há de acontecer, bem como há de se permanecer firme e inabalável na fé.

Quaresma:
Tempo de vivermos mais intensamente a doçura, a mansidão e a serenidade do Cristo Bom Pastor que deu Sua vida por amor de nós:

“Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou o
Seu Filho único, para que todo o que
Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

A onipotente misericórdia divina


A onipotente misericórdia divina

“Lembra-te de que tu és meu servo; Eu te criei, és meu servo, Israel,
não me decepciones. Desmanchei como uma nuvem teus pecados, como a névoa desfiz tuas culpas; volta para mim, porque te resgatei!”.
(Is 44,21-22)

Seja minha alma ferida de amor por Ti, Senhor Jesus, de modo que reconheça e confesse meus pecados, culpas e miséria diante de Vossa infinita misericórdia, que se manifesta na ternura, na acolhida e no perdão para novo recomeço.

Com a alma ferida de amor, reconheço e confesso meus pecados cometidos contra Deus, Teu Pai, que tanto nos ama, ferindo e fragilizando relações de comunhão, fraternidade, solidariedade com nosso próximo.

Desmancha como nuvem os pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e a preguiça), que nos aprisionam e roubam a beleza do viver; sejam eles como névoas, por Teu poder e onipotência, desfeitos, alcançando-nos a liberdade.

Assim, minha alma ferida de amor, por Vós enamorado e confiante, pondo-me a caminho do encontro desejado, quando por meio de Ti, o único Caminho, Verdade e Vida, poderá contemplar a face de Deus, na Comunhão de Amor com o Santo Espírito. Amém.

Oração ao Criador (Papa Francisco)

 


           Oração ao Criador (Papa Francisco)

“Senhor e Pai da humanidade,
que criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade,
infundi nos nossos corações um espírito fraterno.
 
Inspirai-nos o sonho de um novo encontro,
de diálogo, de justiça e de paz.
Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno,
sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras.
 
Que o nosso coração se abra
a todos os povos e nações da terra,
para reconhecer o bem e a beleza
que semeastes em cada um deles,
para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns,
de esperanças compartilhadas. Amém.” 
 
(1) Papa Francisco – Encíclica “Fratelli tutti” – 2020 - n.287 

“O amor é o cumprimento perfeito da Lei.”


“O amor é o cumprimento perfeito da Lei.” 

“O amor não faz nenhum mal contra o próximo.
Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.” (Rm 13,10)

Tempo da Quaresma é tempo favorável de nossa conversão e reconciliação, com Deus e com os irmãos, vivendo o Mandamento do amor, cumprindo perfeitamente a Lei, como nos falou o Apóstolo Paulo.

Oportuno retomarmos a passagem em que ele escreve aos Romanos (Rm 13,8-10).

O Apóstolo Paulo nos exorta a colocar no centro da vida cristã o Mandamento do Amor, uma dívida que jamais será plenamente saldada.

É preciso orientar a vida pelo Mandamento do Amor, porque cristianismo sem amor se torna uma mentira, e como cristãos jamais podemos deixar de amar nossos irmãos. 

Em nossa experiência cristã somente o amor é essencial, e as demais coisas são secundárias:

O amor está no centro de toda a nossa experiência religiosa. No Mandamento do Amor, resume-se toda a Lei e todos os preceitos. Os diversos Mandamentos não passam, aliás, de especificações da exigência do amor. A ideia de que toda a Lei se resume no amor não é uma ‘invenção’ de Paulo, mas é uma constante na tradição bíblica...” (1)

A comunidade tem sempre à frente o desafio de multiplicar os sinais de amor, diminuindo, ou melhor ainda, eliminando todo sinal de insensibilidade, egoísmo, confronto, ciúme, inveja, opressão, indiferença, ódio.

Esta dívida do amor nos pede sempre algo novo para com o próximo:

“Podemos, todos os dias, realizar gestos de partilha, de serviço, de acolhimento, de reconciliação, de perdão... mas é preciso, neste campo, ir sempre mais além.

Há sempre mais um irmão que é preciso amar e acolher; há sempre mais um gesto de solidariedade que é preciso fazer; há sempre mais um sorriso que podemos partilhar; há sempre mais uma palavra de esperança que podemos oferecer a alguém. Sobretudo, é preciso que sintamos que a nossa caminhada de amor nunca está concluída.” (2)

Continuemos nosso itinerário Quaresmal, iluminados pela Palavra divina e revigorados pelo Pão da Eucaristia, aguardando ansiosamente a graça de celebrarmos as alegrias Pascais.



(1) (2) – cf. www.Dehonianos.org/portal

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