segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Dobrem-se os sinos

                                                                  


Dobrem-se os sinos
Um minuto para o meio dia.
O sino vai tocar mais forte do que ontem,
Porque hoje preciso que assim seja,
Para me lembrar de que estamos adormecidos,
Em pleno sol sem a sombra que aparecerá,
A cada minuto até o seu poente.

Estamos adormecidos do que não se podia.
Estamos em letargia que a vida macula.
O que fazer, para que todos acordemos
De uma realidade marcada por terríveis pesadelos?
Arrebentar as correntes da alma,
Que nos aprisionam roubando perspectivas.

Agora são 12 horas.
Sinos invadem ouvidos e iluminam a mente.
Transformo pesadelos em salutares sonhos,
Calço as sandálias da coragem e prontidão,
Coloco o cinto para o combate da fé,
para não nos entregarmos ao aparentemente invencível.

Os sinos continuam a badalar, incessantemente,
Dobrem-se os sinos em toda a parte,
Até que todos acordemos, enquanto é tempo,
Não permitindo que a desolação de pandemias
Roubem nossas forças e a fina flor da esperança,
Para que inflamados da caridade, sejamos.

Não cessem os sinos, enquanto for necessário.
Escutemo-los, pois algo nos dizem:
Novo tempo há de surgir.
O medo não pode nos submergir.
Sinos por todo o mundo dobrados,
Até que todos acordemos.

"Portanto, não durmamos, a exemplo dos outros; 
mas vigiemos e sejamos sóbrios. 
Quem dorme, dorme de noite;
Nós, pelo contrário, que somos do dia,
sejamos sóbrios, revestidos da couraça da fé e da caridade,
e do capacete da esperança da Salvação" (1 Ts 5,6-8).

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