domingo, 17 de setembro de 2023

Que Mistério imenso de Amor contemplamos... (XXIVDTCB)

Que Mistério imenso de Amor contemplamos...

Assim nos diz o Missal Dominical (p. 1019) no comentário do 24º Domingo do Tempo Comum (Ano B):

“A Cruz de Cristo continua a ser para muitos, até hoje, ‘loucura’ e ‘escândalo’. Estamos dispostos a aceitar Jesus, como o Cristo, como o Filho de Deus, como o enviado do Pai, mas o Cristo do Calvário permanece para nós um Mistério. No entanto, em tudo isso há uma lógica; lógica do Espírito e não da carne.

O Pai não teve necessidade dos sofrimentos de Jesus como punição, tomando o nosso lugar. Deus tinha necessidade da Sua vida como Amor substitutivo em nosso nome. Mas quem quer amar neste mundo vê-se diante de uma impossibilidade de fato.

O grande Mistério é que o Reino de Deus prosseguiu seu caminho, mesmo quando os homens, inclusive todos nós, matamos O Filho de Deus. Nem Jesus nem o Pai nos voltaram às costas. Do maior pecado nasceu o Maior Amor. Assim, fomos libertados pela morte de Jesus, de modo que a morte e o fracasso não são a última palavra, não são um obscuro e fácil destino. Deus demonstrou poder fazer brotar da morte a vida.

Mas tudo isso traz também outra mensagem de esperança. Deus, que sofre conosco num ato supremo de Amor, ama o mundo! Não permite o mal tranquilamente, como que cruelmente! O mal não vem d’Ele; ao contrário, Ele o combate. Deus Se apresenta a nós como salvador, numa das penas de morte mais cruéis que a humanidade conhece: uma estaca vertical, uma trave horizontal, e aí, suspenso, há um homem, que é Deus.

Aquela Cruz se prolonga em todas as direções, como um homem de braços estendidos indica o insondável Mistério de Deus, o centro do Mistério. Na Cruz Deus abriu Seu coração, revelou Seu mais profundo segredo: um Deus solidário com todos os homens”.

Diante do Mistério do Amor de Deus por nós vivido pelo Filho, em comunhão com o Espírito, é preciso silenciar para contemplar.... 

Não se trata de colocar tamanho Mistério em nossa mente limitada, mas mergulhar, inserir a nossa existência neste vasto e imenso Mistério de Amor.

Contemplemos o amor de Deus e digamos: 
Como Deus nos ama! 
Como ainda temos que amá-Lo, 
sobretudo na pessoa de nosso próximo. 
Amém.

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