segunda-feira, 30 de setembro de 2024
Sejam nossas palavras temperadas com sal
O dinamismo da conversão e da penitência
O
dinamismo da conversão e da penitência
O
parágrafo n.1439 do Catecismo da Igreja Católica nos apresenta o dinamismo da
conversão e da penitência, maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do
«filho pródigo», cujo centro é «o pai misericordioso» (Lc 15,11-24):
1º.
o fascínio de uma
liberdade ilusória e o abandono da casa paterna;
2º.
a miséria extrema em
que o filho se encontra depois de esbanjar a fortuna;
3º.
a humilhação
profunda de se ver obrigado a guardar porcos e, pior ainda, de desejar
alimentar-se com a ração que os porcos comiam:
4º.
a reflexão sobre os
bens perdidos:
5º.
o arrependimento e a
decisão de se declarar culpado diante do pai:
6º.
o caminho do
regresso;
7º.
o acolhimento
generoso por parte do pai: a alegria do pai.
O
anel e o banquete festivo (sandálias e vestes novas) são símbolos desta vida
nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida de quem retorna para Deus e
para o seio da família que é a Igreja.
Afirma
ainda o Catecismo: somente o Coração de Cristo, que conhece a profundidade do
amor do Seu Pai, pôde revelar-nos o abismo da Sua misericórdia, de um modo tão
cheio de simplicidade e beleza.
Que experimentemos este abismo de misericórdia, vivendo este
dinamismo de conversão e de penitência, que contemplamos ao refletir sobre a
passagem da parábola do pai misericordioso, e tanto quanto possível, nos
aproximemos do Sacramento da Penitência para uma necessária e frutuosa
confissão e absolvição de nossos pecados.
A vigilância comprometida com o mundo novo
A vigilância comprometida com o mundo novo
Reflexão à luz da passagem
da Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses (1Ts 5,1-6).
O Apóstolo Paulo nos
exorta, como partícipes do plano de Deus, para que “não durmamos como os outros”, mas que nos empenhemos em
multiplicar os próprios talentos, sem acumular uma fortuna para si.
Tão pouco devemos usar
as próprias capacidades unicamente para si, menos ainda com desperdício; e é
através do trabalho que produzimos a criação divina, como prolongamento da obra
da criação.
Vejamos o que nos diz o
Missal Dominical:
“A
vida nos nossos dias é muito dura para a maior parte dos homens, a concorrência
é desumana, não existe segurança profissional para ninguém, o relaxamento dos
costumes cresce de maneira inquietadora, os homens confiam cada vez menos uns
no outros.
Aumenta
a delinquência, o sofrimento não poupa ninguém e a morte continua a ser o pavor
de todos. Pesa sobre a humanidade o perigo de guerras: reina ainda na terra o
estado da injustiça, que clama vingança, e no qual se encontra o Terceiro
Mundo.
Todos
experimentam, às próprias custas, quais as consequências, quando o pecado
domina. Quem pode sentir-se em segurança?
Entretanto,
Cristo age nesta humanidade como força de renovação, difundindo dons e talentos
a homens livres que saibam fazê-los frutificar corajosamente.
Deus
não tem o hábito de transformar as leis da natureza ou de agir em nosso lugar;
não organiza nenhum sistema de segurança nem mesmo para os que creem n’Ele; mas
o Espírito de Deus nos impele a tornarmo-nos homens novos, isto é, homens que,
apesar dos contragolpes e oposições, continuam a edificar com amor um futuro
mais sorridente”. (1)
Concluindo, nas
atividades quotidianas, experimentamos nossas capacidades transformadoras, a
necessária fantasia criativa, que não pode prescindir da verdadeira Sabedoria,
para não promover e se deixar seduzir pela desordem do pecado, em dimensão
pessoal, social e estrutural.
(1) Missal Dominical -
Paulus, 1995 - p.860.
Temos fome da Palavra de Deus
Iniciaremos amanhã o mês de outubro, dedicado de modo especial sobre o tema das Missões, renovemos a alegria de sermos discípulos missionários do Senhor. Tenhamos sempre a Sagrada Escritura nas mãos e no coração, para que a Palavra ilumine e conduza a nossa vida, e dela não apenas ouvintes sejamos, mas praticantes, como nos exortou o Apóstolo Tiago (Tg 1,22-25).
Temos fome
da Palavra de Deus No
dia 30 de setembro, celebramos a memória de São Jerônimo, presbítero e doutor,
e a Igreja, nas Laudes e Vésperas, nos oferece este hino: “Tradutor e exegeta da Bíblia,foste um sol que a Escritura ilumina;nossas vozes, Jerônimo, escuta:nós louvamos-te a vida e a doutrina. Relegando os autores profanos,o mistério divino abraçaste,qual leão, derrubando os hereges,as mensagens da fé preservaste. Estudaste a palavra divinanos lugares da própria Escritura,e, bebendo nas fontes o Cristo,deste a todos do mel a doçura. Aspirando ao silêncio e à pobreza,no presépio encontraste um abrigo;deste o véu a viúvas e virgens,Paula e Eustáquia levaste contigo. Pelo grande doutor instruídos,proclamamos, fiéis, o Deus trino;e ressoem por todos os temposas mensagens do livro divino”. A São Jerônimo, somos
devedores pela tradução da Bíblia para o Latim, que até então era em hebraico e
grego, por longos 35 anos. Uma de suas
memoráveis afirmações: “Se conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o
poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder
de Deus e Sua Sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”.
Concluo com uma das
estrofes do hino, a fim de renovar em nós o desejo e compromisso do estudo,
aprofundamento da Palavra Divina, na prática da Leitura Orante e sobretudo a
Palavra proclamada nas Missas e Celebrações: “Estudaste a palavra divina nos lugares da própria Escritura,e, bebendo nas fontes o Cristo,deste a todos do mel a doçura”.
Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)
Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)
domingo, 29 de setembro de 2024
Arcanjo São Miguel, rogai por nós
Arcanjo São Miguel, rogai por nós
“Quem é como Deus?”
Com a Igreja, celebramos no dia 29 de setembro a Festa dos Arcanjos, cada qual com uma missão peculiar: São Miguel - “quem é como Deus?”; São Gabriel – “a força de Deus”; São Rafael - “Deus curou”.
Tendo nossa Diocese de Guanhães São Miguel como padroeiro, reflitamos sobre este arcanjo e a sua missão, pedindo a sua intercessão em nossa ação evangelizadora, para o autêntico e fecundo testemunho de nossa fé, esperança e caridade, sobretudo quando vierem as dificuldades e provações próprias da condição humana, pois tão somente assim, seremos alegres discípulos missionários do Senhor.
São Miguel, segundo as Escrituras, insurgiu contra satanás e seus seguidores (Jd 9; Ap 12,7; Zc 13,1-2); é o defensor dos amigos de Deus (Dn 10,12.21), e protetor do Seu povo (Dn 12,1).
No Novo testamento, na Carta de São Judas (v.9), ele é nos apresentado numa luta contra Satanás pelo corpo de Moisés; e no Livro do Apocalipse (Ap 12,7), vemos a luta em que Miguel e os anjos combatem contra o dragão.
Muito cedo, São Miguel se tornou popular no culto cristão; inclusive, na Liturgia dos mortos, é pedido a ele que acompanhe as almas ao céu.
Oremos: Enviai-nos, Senhor os Vossos Arcanjos, e de modo especial o Vosso Arcanjo Miguel, cujo nome revela uma missão: “Quem é como Deus?”, para com Ele vencermos os combates do cotidiano, bem como a força do Maligno. Amém.
Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo (XXVDIDTCB)
Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo
“E, se alguém
escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no
mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.” (cf. Mc 9,42)
Senhor, somos Teus
discípulos missionários, peregrinos da esperança de tempos novos, como Igreja à
serviço do Reino de amor, vida e fraternidade e paz.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais que escandalizamos nosso próximo com a nossa vida,
colocando à prova a fé dos mais humildes.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais que nossa atitude e conduta possa ser um perigo para a
fé dos mais simples.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais que escandalizemos, vivendo de tal modo que levemos alguém
ao abandono do caminho da Igreja.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais escandalizar nossos irmãos e irmãs matando a alegria da
fé em Deus no coração dos simples.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais que escandalizemos, manipulando a religião para
alimentar culpa e medo de Deus.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais que escandalizemos e façamos sofrer os pequeninos
impondo sobre os ombros dos mais vulneráveis pesados fardos
do legalismo e do moralismo.
Ajudai-nos,
Senhor, e não permitais toda e qualquer forma de escândalo que possa causar
a morte.
Ajudai-nos,
Senhor, para que, como Igreja, cortemos na raiz toda forma daquilo que parece
valioso, mas pode ser causa de escândalo.
Ajudai-nos,
Senhor, para que, como Igreja, cortemos as raízes do clericalismo, de toda e qualquer forma
de poder opressor das consciências.
Ajudai-nos,
Senhor, para que, como Igreja, não tenhamos novas páginas de abuso sexual de menores, da suntuosidade, de rigorismo, a cultura da aparência e da
ostentação, a riqueza escandalosa, a falta de humanidade, ritualismos
extravagantes, a insensibilidade diante da miséria e violência. Amém.
PS: Fonte
inspiradora – Reflexão do Pe. Adroaldo Palaoro – SJ, para o 26° Domingo do
Tempo Comum.