As chagas de nossa falta de fé foram então curadas pelo gesto de Tomé. Ele expressou a nossa humanidade às vezes incrédula, cética, ateia, indiferente e materialista em demasia…
quarta-feira, 3 de julho de 2024
Curai, Senhor, a chaga de nossa incredulidade!
As chagas de nossa falta de fé foram então curadas pelo gesto de Tomé. Ele expressou a nossa humanidade às vezes incrédula, cética, ateia, indiferente e materialista em demasia…
“Meu Senhor e meu Deus”
São Tomé viu e tocou as chagas gloriosas do Senhor
A Palavra e as fibras mais íntimas do nosso ser...
Bebamos da divina fonte da Sagrada Escritura (XIVDTCB)
Bebamos
da divina fonte da Sagrada Escritura
Sejamos
enriquecidos pelo Comentário do Salmo (Sl 1,33) escrito pelo Bispo Santo
Ambrósio (séc. IV):
“Primeiramente
tens de beber o Antigo Testamento, para poder beber também o Novo. Se não bebes
o primeiro, também não poderás beber o segundo.
Bebe
o primeiro, para encontrar algum alívio em tua sede: bebe o segundo, para
saciar-te de verdade. No Antigo Testamento encontrarás um sentimento de
contrição; no Novo, a verdadeira alegria.
Aqueles
que beberam, no que não deixa de ser um tipo, puderam saciar sua sede; aqueles
que beberam no que é a realidade, chegaram a embriagar-se completamente.
Quão
boa é esta embriaguez que comunica a verdadeira alegria e não envergonha em
nada! Quão boa é esta embriaguez que faz avançar com segurança a nossa alma que
não perdeu seu equilíbrio! Quão boa é esta embriaguez que serve para regar o fruto
da vida eterna! Bebe, pois, esta taça da qual diz o profeta: E minha taça transborda.
Porém,
são duas as taças que tens de beber: a do Antigo Testamento e a do Novo; porque
em ambas tu bebes a Cristo. Bebe a Cristo, porque é a verdadeira vide; bebe a
Cristo, poque é a pedra da qual brotou
água; bebe a Cristo, porque é fonte de vida; bebe a Cristo, porque é o
canal cujo correr alegra a cidade; bebe a Cristo, porque é a paz; bebe a
Cristo, porque de seu interior manarão rios de água viva; bebe a Cristo, e
assim beberás o sangue que te redimiu; bebe a Cristo, e assim assimilarás as Suas
palavras; porque palavra Sua é o Antigo Testamento, palavra Sua também é o
Novo.
Chegamos
a beber e a comer a Sagrada Escritura se o sentido profundo da terceira palavra
vem a embeber as nossas almas, como se circulasse por nossas veias e fosse o
motor que impulsionasse toda a nossa atividade.
Finalmente,
não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Bebe esta Palavra,
porém a bebe na ordem devida. Bebe-a no Antigo Testamento e apressa-te a
bebê-la no Novo. Também Ele, como se apressasse a Si mesmo a fazê-lo, diz: Agora engrandecerá o caminho do mar, ao
outro lado do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz, habitavam na
escuridão e uma luz reluziu para eles.
Portanto,
bebe prontamente, para que brilhe para ti uma grande luz, não a luz de todos os
dias, nem a do dia, nem a do sol, nem a da lua; mas aquela que afugenta as
sombras da morte. Pois, aos que vivem nas sombras da morte é impossível que
vejam a luz do sol e do dia. E, adiantando-se a tua pergunta: Por que tão
maravilhoso esplendor, por que tão extraordinário favor?, responde: Porque um menino nasceu para nós, um
menino nos foi dado. Um menino, que nasceu da virgem, Filho, que, por ter nascido de Deus, é Aquele que faz com que
brilhe tão maravilhosa luz. Um menino
nasceu para nós. Nós, aos crentes.
Nasceu para nós, porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós. Nasceu para nós, porque da Virgem recebeu carne humana, nasce para
nós, porque a Palavra nos é dada. Ao participar de nossa natureza, nasce entre
nós; ao ser infinitamente superior a nós, é o grande dom que nos é concedido.”
Como peregrinos da esperança, seja a oração nossa força e luz no
caminho.
Bebamos sempre da inesgotável divina fonte da Sagrada Escritura,
de coração contrito e humilhado, para transborde a alegria de Deus em nossos
corações. Amém.
Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pág. 424-425
terça-feira, 2 de julho de 2024
O Senhor está conosco: nada a temer!
Verdadeiramente, Ele está fazendo conosco a grande travessia e nos ajudando a superar o medo dos ventos contrários, símbolo das contrariedades e dificuldades que precisamos enfrentar com coragem, e vivendo nossa fé, experimentar a “calmaria” que Ele pode nos garantir, e então também diremos admirados como os discípulos:
“Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27).