sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Criai ânimo... (28/11)

                                                            


Criai ânimo...

 “Levantai-vos e erguei a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.” (Lc 21,28)

Senhor, como manter viva a esperança e testemunhá-la, quando a nossa vida é marcada por dificuldades, desorientações, intolerância religiosa?

Senhor, como manter viva a fé diante das angústias quotidianas, perante os pequenos e os grandes problemas; do sentido de precariedade e de provisoriedade, que nos afastam, por vezes, da autêntica esperança?

Senhor, não permitais que, nestes momentos, a perturbação e a angústia se apoderem de nós, mantendo-nos prisioneiros em suas cadeias e laços.

Senhor, ouvimos e cremos em Vossa Palavra. Ponhai-nos de pé e ajudai-nos a levantar a cabeça, a criar ânimo, pois convosco a libertação está próxima.

Senhor, fortalecei nossa esperança cristã, uma ‘esperança contra toda a esperança’ (Rm 4,18), pois tem o seu apoio na constância e na perseverança, e a sua razão de ser tão somente em Vós.

Senhor, por meio de Vós, a nossa esperança se torne atuação da libertação, exigindo a libertação de nós mesmos para abertura ao amor ao próximo, pois é para a Liberdade que Vós nos libertastes (Gl 5,1).

Senhor, a Vós nos dirigimos, pois sois nosso Deus;
Sois o refúgio na tribulação momentânea que passamos;
Força e graça na fraqueza que experimentamos;
Conforto sempre presente nos sofrimentos.
Pois, tudo podemos em Vós que nos fortaleceis (Fl 4,13).

Que acolhidos e envolvidos por Vossa Misericórdia,
Sejamos perdoados de nossos pecados,
renovados e purificados.
E de coração puro, Vos adoremos e amemos,
E que este amor seja também pelo nosso próximo.
Amém.


PS: livre adaptação do Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pp. 886/887

A morte inevitável e a imortalidade desejada

                                  


A morte inevitável e a imortalidade desejada
 
Sejamos iluminados pelo Tratado sobre a morte, escrito pelo Bispo São Cipriano (séc. III).
 
“Lembremo-nos de que devemos fazer a vontade de Deus e não a nossa, de acordo com a Oração que o Senhor ordenou a ser realizada diariamente.
 
Que coisa mais fora de propósito, mais absurda: Pedimos que a vontade de Deus seja feita e quando Ele nos chama e nos convida a deixar este mundo, não obedecemos logo a Sua ordem!
 
Resistimos, relutamos e, quais escravos rebeldes, somos levados cheios de tristeza à presença de Deus, saindo daqui constrangidos pela necessidade, não por vontade dócil.
 
E ainda queremos ser honrados com os prêmios celestes a que chegamos de má vontade.
 
Por que então oramos e pedimos que venha o reino dos céus, se o cativeiro terreno nos encanta?
 
Por que, com preces frequentemente repetidas, suplicamos que se apresse o dia do Reino, se maior desejo e mais forte vontade são servir aqui ao demônio do que reinar com Cristo?
 
Se o mundo odeia o cristão, por que tu o amas, a ele que se aborrece, e não preferes seguir a Cristo que te remiu e te ama?
 
João em sua Carta clama, fala e exorta a que não amemos o mundo, deixando-nos levar pelos desejos da carne: Não ameis o mundo nem o que é do mundo.
 
Quem ama o mundo não tem em si a caridade do Pai: porque tudo quanto é do mundo é concupiscência dos olhos e ambição temporal.
 
O mundo passará e suas concupiscência; quem, porém, fizer a vontade de Deus, permanecerá eternamente (cf. 1 João 2,15-17).
 
Ao contrário, tenhamos, antes, irmãos diletos, íntegro entendimento, fé firme, virtude sólida, preparados para qualquer desígnio de Deus.
 
Repelido o pavor da morte, pensemos na imortalidade que se lhe seguirá. Com isso, manifestemos ser aquilo que acreditamos.
 
Irmãos caríssimos, importa meditar e pensar amiúde em que já renunciamos ao mundo e vivemos aqui provisoriamente como peregrinos e hóspedes.
 
Abracemos o dia que designará a cada um sua morada, restituindo-nos ao paraíso e ao Reino, uma vez arrebatados daqui e quebrados os laços terrenos.
 
Qual o peregrino que não se apressa em voltar à pátria? Nossa pátria é o paraíso.
 
O grande número de nossos queridos ali nos espera: Pais, irmãos, filhos.
 
Deseja estar conosco para sempre a grande multidão já segura de sua salvação, ainda solicita pela nossa.
 
Quanta alegria para eles e para nós chegarmos nós até eles e a seu abraço!
 
Que prazer estar ali, no Reino celeste, sem medo da morte, tendo a vida para sempre!
 
Que imensa e inesgotável felicidade! Lá o glorioso coro dos Apóstolos, lá o exultante grupo dos Profetas; lá, o incontável povo dos mártires coroados de glória e de triunfo pelos combates e sofrimentos; lá as virgens vitoriosas, que pelo vigor da continência corporal subjugaram a concupiscência da carne; lá remunerados os misericordiosos, que pelos alimentos e liberalidades aos pobres fizeram obras de justiça, e, observando o preceito do Senhor, transferiram seu patrimônio terreno para os tesouros celestes.
 
Para lá, irmãos caríssimos, corramos com ávida sofreguidão. Que Deus considere este nosso mundo de pensar! Que Cristo olhe este propósito do espírito e da fé!
 
Os maiores prêmios de Sua caridade Ele os dará àquele, cujos desejos forem intensos” (1).
 
Este Tratado nos concede um olhar novo e diferenciado sobre a morte à luz da fé.
 
A morte nos inquieta... Lutamos contra ela a cada segundo que passa... Quantas vezes diante de um corpo, num velório, ficamos sem palavras, pensando o que há de melhor para dizer...
 
Muitas vezes escutamos palavras que nada edificam como: “Foi vontade de Deus”“Deus quis assim”...
Evidentemente que jamais desejamos a morte, mesmo porque, a fé cristã consiste em empenho constante em favor da vida.
 
Reflitamos:
 
- Como o suportá-la- e interpretá-la?
- Como preencher as lacunas que ela provoca na história de quem fica?
- Como voltar do abismo em que nos sentimos quando alguém parte?
 
Oremos:
 
De Deus viemos, nos movemos e somos!
Para Deus haveremos de voltar.
Uma morada na eternidade nos foi preparada.
Que sejamos dignos dela e tudo façamos para merecê-la!
Amém!
 
(1) Liturgia das Horas - Vol. IV – pp.-528-530.
 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Vigiar e Orar

                                                        


Vigiar e Orar

Tempo de vigiar e orar, tempo de a fé viver,
para solidificar a esperança na vivência de uma
autêntica caridade para com o próximo.

Na quinta-feira da 34ª Semana do Tempo Comum, a Liturgia nos apresenta a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 21,20-28).

Trata-se de um convite que o Senhor nos faz para que preparemos Sua vinda gloriosa, tornando, assim, nossa vida mais luminosa e alegre; portanto, uma mensagem de alegria, confiança, esperança e compromisso na acolhida do Filho do Homem, Jesus, que faz acontecer o Projeto de um mundo novo.

Retrata os últimos dias da vida terrena de Jesus e a iminente destruição de Jerusalém (anos 70 D.C.), como de fato aconteceu.

Jesus anuncia uma Palavra de ânimo, “é preciso levantar a cabeça porque a libertação está próxima” (Lc 21,28). 

A comunidade não pode se amedrontar, mas deve abrir o coração à esperança, em atitude de vigilância e confiança.

A salvação não pode ser esperada de braços cruzados. Ela nos é oferecida como dom: Jesus vem, mas é preciso reconhecê-Lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e buscam a libertação.

É preciso deixar que Ele transforme nossa mente e o coração para que Ele apareça em nossos gestos e palavras, em toda a nossa vida.

Celebramos a esperança de um mundo novo que há de vir e que depende de nosso testemunho: o Reino vem e acontece como realidade escatológica, ou seja, não será uma realidade plena neste tempo em que vivemos. Será plenitude somente depois que Cristo destruir definitivamente o mal que nos rouba a liberdade e ainda nos faz escravos.

Trabalhamos e nos empenhamos pelo Reino, que é já e ainda não, pois ainda que muitas coisas tenhamos feito e o mundo tornado melhor, ainda não será o “tudo melhor” que Deus tem reservado para nós. 

O Reino de Deus é uma realidade inesgotável, imensurável e indescritível, e o vemos em sinais.

Por ora, é preciso vigiar e orar, numa esperança que nos leve a viver uma caridade ativa tornando fecunda a nossa fé, ajudando o próximo a se reerguer de novo.

O tempo é breve: Sabedoria em nossas escolhas

                                                       


O tempo é breve: Sabedoria em nossas escolhas 

A passagem do Evangelho da quinta-feira da 34ª Semana do Tempo Comum (Lc 21, 20-28) nos fala do fim dos tempos, e Jesus alerta: “Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete.”. 

No Comentário do Missal Quotidiano lemos:

“Salvação ou condenação, ruína ou libertação, felicidade ou desespero – a escolha faz-se agora, no tempo, com toda a nossa vida”

Lucas nos apresenta um discurso escatológico de Jesus, ou seja, sobre o fim dos tempos e a Sua volta para o julgamento final de todos.

Há implícita uma verdade que nos ilumina: se O procuramos como nosso amigo e Senhor, de fato o encontraremos com alegria e confiança.

De outro lado, se O ignoramos, descuramos, desprezamos em Sua Pessoa ou presença nos irmãos, nosso encontro com Ele será de medo e de dor.

Em cada instante estamos fazendo escolhas, tomando decisões, dando um matiz Pascal ou não a nossa vida. E, dependendo destas, encaminhamos nossa existência para o desabrochar na plenitude do Amor de Deus ou para o mergulho na escuridão eterna, onde haverá “choro e ranger de dentes”, como já nos alertara O Senhor.

Que Deus ilumine nossos pensamentos, palavras e ações, e nos conceda a sabedoria para fazermos escolhas corretas, determinando todo o nosso existir.

Oportunas são as palavras do Apóstolo Paulo (Rm 4,18): Temos que aprender como Abraão, o Pai da fé: “Ele, esperando contra toda a esperança, creu e tornou-se assim pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: ‘Tal será tua descendência”.

Ainda peregrinos que somos, esperemos o Senhor que vem gloriosamente, e que já conosco caminha, sem vacilar na fé, firmando nossos passos. 

Esperamos Sua vinda, solidificando nossa esperança, com a eterna chama viva da caridade que se plenifica na eternidade, confiantes de que um dia O encontraremos e O contemplaremos face a face.


(1) Missal Cotidiano - pág. 1547.       

Que caia a “Babilônia”, venha a “Jerusalém Celeste!”

                                                

Que caia a “Babilônia”, venha a “Jerusalém Celeste!”

A passagem do Livro do Apocalipse (Ap 18, 1-23) descreve a queda de Nínive e da Babilônia. Estas quedas foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.

A Babilônia representa as forças do mal, muito embora já não existisse mais na época em que o Apocalipse foi escrito, esse nome, no entanto, continuava extremamente mal afamado para os judeus do Antigo Testamento e os cristãos, porque Babilônia evocava no passado, a grande dominadora e destruidora do povo de Deus.

Assim como Nínive, Babilônia é uma cidade desumana, cruel, onde se pratica o homicídio, se mata, onde se trafica drogas, onde não se vive em segurança, onde uns pretendem devorar os outros, onde poucos estão sufocados no luxo e no dinheiro, enquanto uma multidão vive em condição de escravidão, numa vida próxima da bestialidade.

Assim são as cores com que o autor de Apocalipse pinta a cidade da Babilônia e as “Babilônias” de todos os tempos. Mas o autor também diz que esta realidade, esta cidade, tem os seus dias contados. O Cordeiro vitorioso, Cristo Jesus, com Sua vida doada, anuncia e inaugura o Reino de Deus.

A partir de Sua Ressurreição, podemos nos comprometer e nos empenhar no Seu testemunho e na Sua Palavra, em corajosa fidelidade, perseverança até o fim, para que construamos a Jerusalém Celeste.

Há que se esperar e buscar um novo céu e uma nova terra, crendo n’Aquele que faz novas todas as coisas: “O que está sentado no trono declarou então: Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). 

A história, em resumo, pode ser um reerguimento da Babilônia que caiu, cantado e proclamado pelo autor de Apocalipse, ou compromisso incondicional com a Jerusalém Celeste.

Babilônia revigorada, reerguida ou Jerusalém Celeste acolhida, construída, na fidelidade ao Cordeiro Vencedor. 

A perpetuação de cidades que matam ou a humanização das mesmas para que seja espaço da vida, da acolhida, da fraternidade, da dignidade… Lamentavelmente muitas cidades ainda são reproduções, em alguma medida, da Babilônia que caiu, mas teima em ficar de pé. 

Urge compromissos inadiáveis pela construção de uma cidade mais humana, mais morada de Deus.

Urge compromissos com a Cidade de Deus, a Jerusalém Celeste, em que nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais porque as coisas antigas passaram (Ap 21,14). 

A fé cristã é o cultivar do sonho, a esperança e compromisso com esta nova realidade como disse o apóstolo Pedro (2 Pd 3,13) – “O que nós esperamos, conforme Suas promessas são novos céus e nova terra, onde habitará a justiça”.

Diante de tudo isso, vem o questionamento: curvo-me diante da Babilônia ou assumo compromissos irrevogáveis, sinceros e corajosos com a Jerusalém Celeste?

O novo céu e a nova terra vêm como iniciativa de Deus e resposta nossa, porque assim Deus quis. Não vêm por decretos impostos e verticalizados, mas por iniciativas e propostas horizontais de comunhão e participação na construção da necessária fraternidade.

PS: Na quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Livro do Apocalipse (Ap 18,1-2.21-23;19,1-3.9a

A graça de anunciar a Palavra do Senhor

                                      

A graça de anunciar a Palavra do Senhor

 “Irmãos, se, pois com tua boca confessares Jesus como Senhor e,
no teu coração, creres que Deus O ressuscitou dos mortos,
serás salvo” (Rm 10,9)

Na Festa do Apóstolo Santo André, ouvimos a passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 10,9-18), na qual o Apóstolo nos fala da fé que vem da pregação, e esta, por sua vez, é feita pela Palavra de Cristo.

Vejamos o que nos diz o Lecionário Comentado:

“A fé tem a sua sede no coração e manifesta-se na profissão proferida com a boca (Rm 10,9-10)... A fé é uma resposta à manifestação da fidelidade de Deus: é dar crédito a Deus e abandonar-se completamente a Ele.

A profissão de fé com os lábios é um testemunho público, cheio de gratidão, tributado ao Senhor, para que Ee seja conhecido por todos. Mas a fé acontece, sobretudo, no coração, que é o centro profundo pelo qual toda a nossa existência é orientada: esse centro é composto pelas nossas convicções, pelos nossos desejos e exprime-se nas nossas decisões.

Confiar a Deus a própria vida significa viver segundo a Sua Palavra: professar que ‘Jesus é o Senhor’, significa viver sob o Seu influxo. Nisto consiste a justificação, a ‘salvação’ que é oferecida a todos’”.

Oremos:

Senhor Jesus, fortalecei nossa fé, que tem a sua sede em nosso coração, para ser manifestada na profissão proferida com a nossa boca, acompanhado de obras, revelando sua autenticidade e fecundidade.

Senhor Jesus, seja a nossa fé uma resposta à manifestação da fidelidade ao Vosso Pai de amor, dando a Ele toda a nossa vida e n’Ele depositando toda a nossa confiança, abandonando-nos em Suas mãos, completamente.

Senhor Jesus, ajudai-nos para que a profissão de fé, que fazemos com nossos lábios, seja um testemunho público, cheio de gratidão, tributado a Vós, no amor ao Pai e em comunhão com Vosso Espírito, a fim de que seja por todos conhecido.

Senhor Jesus, que nossa fé seja expressão de nossa vida toda por Vós voltada e configurada, iluminando e solidificando nossas convicções, pelos nossos desejos expressos em nossas decisões, pautadas sempre por Vossa Divina Palavra.

Senhor Jesus, aprendamos como Vós a confiar em Deus, vivendo a vida segundo Vossos Ensinamentos e Mandamentos, professando que sois o Senhor de nossa vida, de Vós mesmos sentimentos e pensamentos tenhamos, a caminho da salvação. Amém.

Lecionário Comentado – Editora Paulus – 2011 – Vol. Quaresma/Páscoa – pp.63-64 - passagem da Leitura - Rm 10,9-18

Aprendendo com André e Pedro... (I)

                                

Aprendendo com André e Pedro...

A Igreja celebra, no dia 30 de novembro, a Festa do Apóstolo Santo André, nascido em Betsaida, sendo primeiramente discípulo de João Batista, depois seguiu a Cristo, e O conhecendo O levou à presença de Pedro.

Sejamos enriquecidos com esta Homilia do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV):

“André, tendo permanecido com Jesus e aprendido com ele muitas coisas, não escondeu o tesouro só para si, mas correu depressa à procura de seu irmão, para fazê-lo participar da sua descoberta.

Repara o que lhe disse: Encontramos o Messias (que quer dizer Cristo) (Jo 1,41). Vede como logo revela o que aprendera em pouco tempo! Demonstra assim o valor do Mestre que o persuadira, bem como a aplicação e o zelo daqueles que, desde o princípio, já estavam atentos. 

Esta expressão, com efeito, é de quem deseja intensamente a Sua vinda, espera Aquele que deveria vir do céu, exulta de alegria quando Ele Se manifestou, e se apressa em comunicar aos outros a grande notícia.

Repara também a docilidade e a prontidão de espírito de Pedro. Acorre imediatamente. E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), afirma o Evangelho. Mas ninguém condene a facilidade com que, não sem muita reflexão, aceitou a notícia. É provável que o irmão lhe tenha falado pormenorizadamente mais coisas.

Na verdade, os evangelistas sempre narram muitas coisas resumidamente, por razões de brevidade. Aliás, não afirma que acreditou logo, mas: E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), e a Ele o confiou para que aprendesse com Jesus todas as coisas. Estava ali, também, outro discípulo que viera com os mesmos sentimentos.

Se João Batista, quando afirma: Eis o Cordeiro e batiza no Espírito Santo (cf. Jo 1,29-33), deixou mais clara, sobre esta questão, a doutrina que seria dada pelo Cristo, muito mais fez André.

Pois, não se julgando capaz de explicar tudo, conduziu o irmão à própria fonte da luz, tão contente e pressuroso, que não duvidou sequer um momento.”

André também apresentou Cristo aos pagãos, e na multiplicação dos pães apresentou o rapaz que tinha consigo alguns pães e peixes.

Logo após Pentecostes, pregou o Evangelho em muitas regiões tendo sido crucificado na Acaia.

Celebrando a Festa do Apóstolo Santo André, sejamos revigorados na missão que o Senhor nos confiou de ir pelo mundo e anunciar o Seu Evangelho com renovado zelo, amor e ardor.

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