domingo, 18 de agosto de 2024

Conversão e fidelidade ao projeto divino

 


Conversão e fidelidade ao projeto divino

Reflexão à luz da passagem do Livro do Profeta Ezequiel (Ez 18,25-28).

Vemos a missão do Profeta Ezequiel, o “Profeta da esperança”, num período que marca a volta do exílio e o recomeço de uma nova história.

O Profeta tem que destruir as falsas esperanças, provocar atitudes de conversão e responsabilidade pela própria história de cada um diante de Deus.

Deve ressuscitar a confiança e a esperança do povo em Deus. De nada ajudará o povo ficar culpando os antepassados, ou atribuir a Deus a culpa de seus pecados e infidelidades.

O presente está em nossas mãos para que correspondamos à vontade divina, assegurando um futuro novo e melhor.

O Profeta chama à responsabilidade a cada um, pois de nada adianta procurar culpados se antes não nos revermos diante de Deus e de Sua proposta.

Também nos assegura que Deus está sempre presente no meio de Seu povo, nunca o abandona, sendo que o contrário pode acontecer, e se isto ocorre as consequências são extremamente danosas.

Toda infidelidade a Deus traz frutos amargos: sofrimentos, desolação, enfraquecimento. De outro lado, a fidelidade a Deus é fonte de bênçãos. Deus está sempre pronto a selar aliança de amor conosco, e não nos é permitido ficar com rodeios, desculpas evasivas e subterfúgios que nos afastam d’Ele e de nossa felicidade.

É preciso que o povo tenha consciência de seus limites e não acuse Deus como o responsável pelos erros que comete. Deste modo, novo horizonte de vida e liberdade se abrirá diante dele. 

Torna-se necessário revermos como realizamos o que a nós é próprio; como e com que intensidade e fidelidade aos preceitos de Deus, a Sua adoração em Espírito e verdade se vivemos.

Deus em Sua fidelidade não se alegra com nossa flutuabilidade, incoerência e contradição.

 Reflitamos:

- Diante d’Ele qual é a nossa resposta?

- Quais são os nossos compromissos?

- Qual é a nossa parcela de culpa diante dos sinais de morte? 
- Qual é a nossa participação na construção da cultura da vida, em total fidelidade ao Senhor?

- O que preciso fazer para me converter?

Procuremos a mais perfeita coerência entre o que cremos e o que vivemos, para que o mundo veja Cristo em nós, e como Paulo, digamos: “E já não sou eu que vivo: é Cristo que vive em mim. E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim.” (Gl 2,20)

Tão somente assim viveremos num contínuo processo de conversão para maior fidelidade ao Projeto Divino, como nos exorta o Profeta Ezequiel.

 

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