Conversão
e fidelidade ao projeto divino
Reflexão
à luz da passagem do Livro do Profeta Ezequiel (Ez 18,25-28).
Vemos
a missão do Profeta Ezequiel, o “Profeta da esperança”, num período que marca a
volta do exílio e o recomeço de uma nova história.
O
Profeta tem que destruir as falsas esperanças, provocar atitudes de conversão e
responsabilidade pela própria história de cada um diante de Deus.
Deve
ressuscitar a confiança e a esperança do povo em Deus. De nada ajudará o povo
ficar culpando os antepassados, ou atribuir a Deus a culpa de seus pecados e
infidelidades.
O
presente está em nossas mãos para que correspondamos à vontade divina,
assegurando um futuro novo e melhor.
O
Profeta chama à responsabilidade a cada um, pois de nada adianta procurar
culpados se antes não nos revermos diante de Deus e de Sua proposta.
Também
nos assegura que Deus está sempre presente no meio de Seu povo, nunca o
abandona, sendo que o contrário pode acontecer, e se isto ocorre as
consequências são extremamente danosas.
Toda
infidelidade a Deus traz frutos amargos: sofrimentos, desolação,
enfraquecimento. De outro lado, a fidelidade a Deus é fonte de bênçãos. Deus
está sempre pronto a selar aliança de amor conosco, e não nos é permitido ficar
com rodeios, desculpas evasivas e subterfúgios que nos afastam d’Ele e de nossa
felicidade.
É
preciso que o povo tenha consciência de seus limites e não acuse Deus como o
responsável pelos erros que comete. Deste modo, novo horizonte de vida e
liberdade se abrirá diante dele.
Torna-se
necessário revermos como realizamos o que a nós é próprio; como e com que
intensidade e fidelidade aos preceitos de Deus, a Sua adoração em Espírito e
verdade se vivemos.
Deus
em Sua fidelidade não se alegra com nossa flutuabilidade, incoerência e
contradição.
Reflitamos:
- Diante d’Ele qual é a nossa resposta?
-
Quais são os nossos compromissos?
-
Qual é a nossa parcela de culpa diante dos sinais de morte?
- Qual é a nossa participação na construção da cultura da vida, em total
fidelidade ao Senhor?
-
O que preciso fazer para me converter?
Procuremos
a mais perfeita coerência entre o que cremos e o que vivemos, para que o mundo
veja Cristo em nós, e como Paulo, digamos: “E já não sou eu que vivo: é
Cristo que vive em mim. E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim.” (Gl 2,20)
Tão
somente assim viveremos num contínuo processo de conversão para maior
fidelidade ao Projeto Divino, como nos exorta o Profeta Ezequiel.
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