O memorável testamento de São Luis de França – Parte II
O que aprender com o Rei Luis IX?
Ensinamento intransferível de um pai e uma mãe que jamais pode ser omitido:
“Filho dileto, começo por querer ensinar-te a amar o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com todas as tuas forças; pois sem isto não há salvação”
Favorecer o crescimento em acolhida da graça divina:
“Filho, deves evitar tudo quanto sabes desagradar a Deus, quer dizer, todo pecado mortal, de tal forma que prefiras ser atormentado por toda sorte de martírios a cometer um pecado mortal”
Suportar as adversidades; agradecer a prosperidade:
“Ademais, se o Senhor permitir que te advenha alguma tribulação, deves suportá-la com serenidade e ação de graças... se o Senhor te conceder a prosperidade, tens de agradecer-lhe humildemente, tomando cuidado para que nesta circunstância não te tornes pior, por vanglória ou outro modo qualquer, porque não deves ir contra Deus ou ofende-Lo valendo-te dos seus dons”.
A todos nós que frequentamos templos e cultos, para participação ativa, piedosa e consciente:
“Ouve com boa disposição e piedade o ofício da Igreja e enquanto estiveres no templo, cuides de não vagueares os olhos ao redor, de não falar sem necessidade; mas roga ao Senhor devotamente, quer pelos lábios, quer pela meditação do coração”
A solidariedade e compromisso com os pobres e os sofredores, compromisso evangélico que ultrapassa os séculos, culturas e povos. Muito pode ser discutido, menos a solicitude para com os pobres: os preferidos e presença de Deus:
“Guarda o coração compassivo para com os pobres, infelizes e aflitos, e quando puderes auxiliá-los e consolá-los”.
Atitude para com os súditos, marcada pela prática da justiça. Para ser proclamado em todas as instâncias do poder público, além do próprio espaço eclesial:
“Em relação a teus súditos, sê justo até o extremo da justiça, sem te desviares nem para a direita nem para a esquerda; põe-te sempre de preferência da parte do pobre mais do que do rico, até estares bem certo da verdade”
Amor a Igreja, santa e pecadora:
“Sê dedicado e obediente à nossa mãe, a Igreja Romana, ao Sumo Pontífice como pai espiritual”
Amor pela verdade e respeito à liberdade sem ferir a caridade:
“Esforça-te por remover de teu país todo pecado, sobretudo o de blasfêmia e a heresia”.
Quem disse que abençoar os filhos não tem mais sentido? Engana-se quem pensa positivamente:
“Ó filho muito amado, dou-te enfim toda a bênção que um pai pode dar ao filho; e toda a Trindade e todos os santos te guardem do mal”
Há muito que aprender com o passado, sobretudo com estes luminares no tempo presente.
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