quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Convinha que Maria, Nossa Senhora Rainha...

                                                            

Convinha que Maria, Nossa Senhora Rainha...

Segundo a reflexão de São João Damasceno (século VIII), convinha a Maria determinadas realidades para alcançar outras infinitamente superiores:

“Convinha que aquela que guardara ilesa a virgindade no parto,
conservasse seu corpo, mesmo depois da morte, 
imune de toda corrupção.

Convinha que aquela que trouxera no seio o Criador
como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos.

Convinha que a esposa, desposada pelo Pai,
habitasse na câmara nupcial dos céus.

Convinha que tendo demorado o olhar em seu Filho na cruz e
recebido no peito a espada da dor, ausente no parto,
O contemplasse assentado junto do Pai.

Convinha que a Mãe de Deus possuísse tudo o que pertence ao Filho
 e fosse venerada por toda criatura como Mãe e Serva de Deus.” (1)

Um pouco mais tarde, Santo Amadeu (séc. XII) acrescentou:

“Convinha que a Virgem Mãe, em honra de seu Filho,
primeiro reinasse na terra, em seguida,
fosse recebida gloriosa nos céus.

Convinha que fosse amplamente conhecida na terra,
antes de entrar na santa plenitude.

Convinha que fosse levada de virtude em virtude,
 e fosse assim exaltada de claridade em claridade
pelo Espírito do Senhor.

Ó Maria, ainda que de ti tenhamos falado, 
nada ainda foi dito, por tudo que és para nós!

Fiquemos, ainda, com as palavras de Santo Amadeu:

“Maria está assentada no mais alto cume das virtudes,
repleta do oceano dos carismas divinos,
do abismo das graças, ultrapassando a todos,
derramava largas torrentes ao povo fiel e sedento...

Quem jamais partiu de junto dela
doente ou triste ou ignorante dos mistérios celestes?

Quem não voltou para casa contente e jubiloso,
 tendo impetrado de Maria, a Mãe do Senhor, o que queria?...

Ela é como fonte dos jardins inteligíveis,
 poço de águas vivas e vivificantes,
que correm impetuosas do Líbano divino,
fazendo descer do monte Sião
até as nações estrangeiras vizinhas
rios de paz e mananciais de graças vindas do céu...”.

"Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,
vida e doçura esperança nossa salve..."


(1) Liturgia das Horas - Volume IV - pág. 1197-1198

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