Com a Sabedoria do Espírito, busquemos o Reino de Deus
Enquanto oração foi perfeita, leva-nos a refletir sobre o que pedimos, o que recebemos de Deus e o que fazemos com o que recebemos.
Temos um valor maior, sermos instrumentos do Reino vale muito mais do que tudo isto.
- O que pedimos quando dizemos: “Venha a nós o Vosso Reino”?
Na Liturgia da Palavra da quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum, ouviremos as Parábolas da pérola, do tesouro escondido, sobre o Reino de Deus, questionando nossas prioridades diante de Jesus.
É preciso que o Reino seja para nós o valor supremo e que, a exemplo de Salomão, peçamos a sabedoria para fazer as devidas escolhas, sem nos prendermos aos valores efêmeros, passageiros, mas aos valores eternos.
A súplica de Salomão (1 Rs 3,5.7-12), questiona nossas súplicas: ele pediu um coração sábio para governar com justiça.
Enquanto oração foi perfeita, leva-nos a refletir sobre o que pedimos, o que recebemos de Deus e o que fazemos com o que recebemos.
A Salomão, Deus acrescentou riqueza, glória, longa vida. Deus nunca deixará faltar nada, mas bem sabemos que Salomão foi seduzido pelos valores passageiros, e é para nós, em todos os tempos, um sinal de advertência para que não incorramos no mesmo erro.
Vivemos numa constante decisão entre o ilusório ou real, passageiro ou eterno, sendo assim podemos nos questionar sobre o que, de fato, fundamenta nossa felicidade.
Voltando às Parábolas exclusivas de Mateus que tinha diante de si uma comunidade imersa na monotonia, na falta de empenho, numa vivência morna da fé, logo, pouco exigente e comprometida.
Colocava-se uma questão fundamental: como perseverar diante das perseguições e hostilidades, dificuldades que vão se apresentando na caminhada da comunidade?
Aqui está a beleza das Parábolas: revigoram o ânimo, reavivam o entusiasmo, ajudam no discernimento e fortalecem no seguimento.
A comunidade deve ver no Reino a grande pérola ou tesouro pelo qual todo sacrifício deve ser feito e toda renúncia não será em vão.
É preciso rever a escala de valores que pautam nossa vida, o que nos seduz, o que consome nossas forças, nosso tempo; bem como refletir sobre a alegria que devemos ter por sermos instrumentos, colaboradores na realização do Reino.
Na conclusão do Evangelho os discípulos são chamados a compreender, acolher o novo ensinamento proposto, num renovado compromisso e empenho.
Deste modo, o Reino de Deus é o nosso maior tesouro. Participemos de sua realização como herdeiros da graça em Cristo Jesus pelo Espírito Santo no amor do Pai.
Renúncias, relativizações, discernimentos são para nós pedidos, para que não nos percamos no que é efêmero, passageiro, ilusório, buscando o que é eterno.
É preciso buscar e se abrir a Sabedoria divina para acolher e compreender e se comprometer com o Reino.
Devemos renunciar de modo absoluto ao pecado, como assim prometemos no dia de nosso Batismo, e para melhor servir ao Reino renunciar àquilo que não é mal em si (riquezas, prestígio, poder).
Temos um valor maior, sermos instrumentos do Reino vale muito mais do que tudo isto.
Reflitamos:
- O que pedimos quando dizemos: “Venha a nós o Vosso Reino”?
- Qual tem sido o conteúdo de nossas súplicas?
- Temos consciência de nosso papel na realização do Reino?
- Como Igreja, estamos a serviço do Reino?
- Sentimos alegria contagiante ao trabalhar para que o Reino de Deus aconteça?
O melhor Ele já nos deu: O Espírito Santo e os sete Dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus.
Empenhemo-nos alegremente na construção do Reino, o Espírito nos assiste, a Sabedoria nos é comunicada incessantemente. Saibamos fazer as renúncias necessárias pelo mais Belo Tesouro - Jesus.
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