Iluminados e iluminantes
Em todo tempo, favorável ou adverso, é preciso irradiar a luz do Espírito que em nós habita, pela graça batismal recebida, pois o próprio Senhor nos disse que somos a luz do mundo (Mt 5,14), e disse também: “Eu Sou a luz do mundo, quem me segue, não anda nas trevas mas terá a luz da vida” (Jo 8,12); e no mesmo Evangelho: “Enquanto estou no mundo Eu sou a luz.” (Jo 9, 5).
Fundamentais são também as palavras do Apóstolo Paulo: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz” (Cf. Ef 5,8). Em outra passagem, novamente insiste: “Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.” (Cf. 1Ts 5,5).
Nisto consiste a missão do discípulo missionário do Senhor: ser luz do Senhor, por Ele iluminados e d’Ele iluminantes, em todos os tempos e âmbitos (família, comunidade, trabalho, cultura, lazer, meios de comunicação; lugares reais ou também nos espaços/mídias virtuais).
De fato, quando Cristo ocupa o primeiro lugar, a fé se torna prática e resplandecemos como astros no mundo, não para um exibicionismo estéril, mas para testemunhar a Palavra Divina, Palavra de vida, e assim, frutos eternos produzir, alegria plena alcançar, como o Senhor disse e prometeu.
Somos iluminados e iluminantes quando fagulhamos o fogo do Espírito, que faz arder nosso coração para que o mundo seja mais terno, quando somos sobressaltados com a frieza diante da vida, com mortes absurdas e inadmissíveis (guerras e conflitos pelo mundo), a fome ceifando vidas de inocentes, e outros fatos que bem conhecemos, se a frieza não congelou a nossa sensibilidade, e se não tenhamos permitido que o sentimento de impotência, ou indiferença, tenha nos cegado os olhos e petrificado nosso coração.
Somos iluminados e iluminantes quando, como um pincel de luz, incansavelmente, comunicamos raios de luz em todas as situações, em todas as horas, sobretudo nas mais difíceis e sombrias, como a morte de alguém que tanto amamos.
Importa ser sempre a luz do Senhor, noite e dia, iluminados e iluminantes, como também exortou Paulo aos Filipenses:
“Sede irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus, inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual deveis resplandecer como astros no mundo..." (Fl 2,15).
Quão precioso e enriquecedor é para nós os testemunhos de irmãos nossos que, vivendo em lugares tão diferentes, com realidades próprias, testemunham também uma só Palavra, um só batismo, um só Senhor, um só Espírito e o amor de Deus, que os impulsiona e acompanha para que irradiem a luz batismal, pois, como discípulos missionários do Senhor, iluminados e iluminantes somos.
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