segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Mensagem do Santo Padre Francisco para o Vll Dia Mundial dos Pobres (Síntese) (2023)


 

Mensagem do Santo Padre Francisco para o Vll Dia Mundial dos Pobres (Síntese)

 

Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» 

(Tb 4, 7)

 

Celebraremos no dia 19 de novembro de 2023, no XXXIII Domingo do Tempo Comum (Ano A), o VII Dia Mundial dos Pobres, e fomos agraciados com a tradicional mensagem do Papa Francisco, que tem como inspiração bíblica a passagem do Livro de Tobias: «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7).

 

Esta recomendação, afirma o Papa, ajuda-nos na compreensão da essência de nosso testemunho, como Igreja que somos.

 

Ao longo da mensagem, o Papa nos enriquece com a reflexão desta grande testemunha de fé das Sagradas Escrituras, que é para nós, um luminar a questionar nosso amor a Deus, expresso em plena confiança n’Ele, na prática da caridade concreta em relação aos que mais precisam.

 

O Dia Mundial dos Pobres é um sinal fecundo da misericórdia do Pai, e é celebrado no domingo que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunidos ao redor da Sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir os pobres - “Aliás, se ao redor do altar do Senhor temos consciência de sermos todos irmãos e irmãs, quanto mais visível se tornaria esta fraternidade, compartilhando a refeição festiva com quem carece do necessário!”

 

O Papa nos interpela: “Enfim, quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque impediríamos a nós próprios de encontrar o rosto do Senhor Jesus. E notemos bem aquela expressão «de algum pobre», de todo o pobre. Cada um deles é nosso próximo. Não importa a cor da pele, a condição social, a proveniência... Se sou pobre, posso reconhecer de verdade quem é o irmão que precisa de mim. Somos chamados a ir ao encontro de todo o pobre e de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós mesmos a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório.”

 

Convida-nos a retomar no 60º aniversário da Encíclica “Pacem in terris”, as palavras do Santo Papa João XXIII: “O ser humano tem direito à existência, à integridade física, aos recursos correspondentes a um digno padrão de vida: tais são especialmente a nutrição, o vestuário, a moradia, o repouso, a assistência sanitária, os serviços sociais indispensáveis. Segue-se daí, que a pessoa tem também o direito de ser amparada em caso de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice, de desemprego forçado, e em qualquer outro caso de privação dos meios de sustento por circunstâncias independentes da sua vontade” (n. 11).”

 

Renovemos nosso compromisso e solidariedade com os pobres, mas que também eles próprios sejam envolvidos e apoiados num processo de mudança e responsabilização.

 

Não passa indiferente o triste cenário que vivem as populações em cenários de guerra, especialmente as crianças privadas de um presente sereno e de um futuro digno; as especulações de preço aumentando a indigência em todo o mundo; a desordem ética que marca o mundo do trabalho; a desafiadora realidade da juventude marcada por suicídios, iludidos por uma cultura que os leva a se sentirem “inacabados e falidos”.

 

Alerta-nos o Papa: - “É fácil cair na retórica, quando se fala dos pobres. Tentação insidiosa é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles.”

 

Urge aprender com Tobias a sermos concretos no nosso agir com e pelos pobres, vivendo a partilha real e não do supérfluo: - “Assim «não afastar o olhar do pobre» leva a obter os benefícios da misericórdia, da caridade que dá sentido e valor a toda a vida cristã”.

 

Lembra a Exortação “Evangelii Gaudium”, por ele escrita (n.198): - “Não esqueçamos: «Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles”, e os 150 anos do nascimento de Santa Teresa do Menino Jesus,  e à luz dos seus escritos exorta a prática da caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão na casa, sem excetuar ninguém (Manuscrito C, 12rº: História de uma alma, Avessadas 2005, 255-256).

 

Finaliza a mensagem com estas palavras: - “Nesta casa que é o mundo, todos têm direito de ser iluminados pela caridade, ninguém pode ser privado dela. Possa a tenacidade do amor de Santa Teresinha inspirar os nossos corações neste Dia Mundial, ajudar-nos a «nunca afastar de algum pobre o olhar» e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo.”

 

Desejando, leia a mensagem na integra:

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20230613-messaggio-vii-giornatamondiale-poveri-2023.html


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