Com o a Homilia escrita pelo bispo São Basílio Magno, (séc. IV),
reflitamos sobre a importância de saber viver para gerar a vida em favor do
outro.
“Imitai a terra, ó
homem! A semelhança dela produza fruto, não te reveles inferior a uma coisa
inanimada. Ela nutre frutos não para seu consumo, mas para teu serviço.
Tu, no entanto, todo
fruto de beneficência que produzisses, colheria para ti mesmo, porque o prêmio
das boas obras reverteria a ti.
Como o trigo que cai na
terra redunda em lucro para o semeador, assim o pão dado ao faminto, grande
proveito te trará no futuro.
Seja, portanto, o final
de tua lavoura o início da sementeira celeste...
Ânimo então e reparte
de diversos modos as riquezas, sendo liberal e magnânimo nos gastos com os
indigentes...
Não te alegras, não te
regozijas por não teres que ir bater à porta dos outros, mas que eles venham a
tua?
Agora, no entanto, és
rabugento, com dificuldade consegue alguém te falar: evitas encontros; não
aconteça teres de abrir mão nem que seja um pouquinho.
Conheces só uma frase:
‘Não tenho nem dou; também sou pobre’.
És pobre na verdade,
indigente de todo bem; pobre de amor, pobre de bondade, pobre de fé em Deus,
pobre de esperança eterna”.
Como é empobrecedor
não saber partilhar ou dizer que nada temos, ainda que tenhamos.
Como fugimos da
verdadeira riqueza, quando abraçamos os bens que passam e não os bens que não
passam.
Com Deus,
aprendemos a viver em permanente solidariedade, com olhos voltados para os valores
da eternidade, para alcançarmos a verdadeira vida e felicidade.
Senhor, que meu coração não seja por tantos sentimentos inúteis e
estéreis ocupado, Ficando do Teu amor pobremente, miseravelmente esvaziado.
Senhor, que minhas mãos não se fechem, em atitude fria e mesquinha
A quem suplica um pedaço de pão e um pouco da atenção minha.
Senhor que eu aprenda com a irmã terra que dá frutos e flores, mas não
para si própria.
Senhor que eu seja como a irmã terra, dando o melhor de mim não para
mim propriamente, mas para o bem do outro.
Senhor, que Tu sejas meu Tudo, pois sem Ti, nada tenho; nada possuo.
Mas Contigo, nada me falta, porque és a fonte de toda graça e bondade. Amém.
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