quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mãe, Rainha e Mestra, contigo aprendemos...

                                                   

Mãe, Rainha e Mestra, contigo aprendemos...

 “Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”

Contigo, ó Maria, o aprendizado é eterno e inesgotável; há sempre algo a ser reaprendido, uma vez que algumas coisas são passíveis de mudança, carregando em si o germe da superação, adaptação, atualização…

Não há ninguém melhor do que tu, ó Maria, para nos ensinar, porque não apenas falaste, mas praticaste o que ensinaste! E és Mãe e Mestra, porque soubeste, antes, ser discípula do Senhor.

Maria, contigo aprendemos o que ainda não conhecemos para que melhores e mais fiéis à Palavra do Teu Filho sejamos.

Maria, contigo reaprendamos o que, eventualmente, possamos ter escondido, ou condenado à inatividade, ao esquecimento, às cavernas escuras que carregamos.

Maria, contigo reaprendemos as belas lições que nos acompanham por toda a vida, e outras que só descobriremos na glória do céu, se merecermos a tua face contemplar.

Contigo, reaprendamos a contemplar os lírios do campo e os pássaros; aprendamos a vida simples e a confiança na providência divina, como aprendeste com o Mestre e Salvador, teu Filho.

Contigo, reaprendamos a olhar as crianças para vivermos a  simplicidade, a pureza, a confiança, a sinceridade dos sentimentos que tinhas em teu Imaculado Coração.

Contigo, reaprendamos a sonhar, a romper a barreira do que é aparentemente impossível, renovando a energia e a vitalidade, num incansável se consumir, com renovados e sagrados compromissos.

Contigo, ó Maria, renovamos nosso olhar para com os mais vividos e aprendemos a valorizar suas histórias, sem imputar-lhes censuras, mas com a paciência necessária, ouvindo e acolhendo o que faz sentido para repensar o nosso existir.

Ó Maria, contigo aprendemos que cabelos brancos não vieram por acaso, são da ousadia de ter vivido, com a morte e o fim se defrontado, incansavelmente; e assim, aprender com as histórias, com seus erros e acertos.

Contigo, poetisa de Deus, reaprendemos a sonhar, reencantar, nas entrelinhas das palavras, beleza diferente saborear.

Ó Maria, reaprendemos com o teu olhar que a frieza e a dureza de uma pedra podem ser a consistência e a firmeza que tanto buscamos.

Contigo reaprendem os místicos, que se elevam com a fumaça do incenso, saindo da mesmice do cotidiano, fazendo subida e mergulho no Mistério do Absoluto.

Ó Maria, contigo reaprendemos que a vida é muito mais que a materialidade vista.

Contigo reaprendemos sobre naturalidade da vida, em sadia espiritualidade, no encontro com o Absoluto – Deus.

Ó Maria, contigo reaprendemos os princípios fundamentais da existência: amor, verdade, justiça e liberdade.

Contigo, Ó Mãe e Rainha, aprendemos a colocar a vontade divina acima de tudo, para que melhor saibamos crescer e dominar o universo, sem o imperdoável esgotamento de suas riquezas; reaprendemos que dominar o planeta, o universo não é sinônimo de prepotência, uso inconsequente das riquezas que em nossas mãos foram colocadas.

Contigo, Ó Mãe e Rainha da Paz, aprendemos que a humanidade deve pôr fim às guerras, para que não aconteça o inverso.

Ó Mãe da Sabedoria, nos ensine a linguagem do Espírito, que é a linguagem do amor,  que une povos e nações.

Ó Mãe da Sabedoria, que sabes falar as línguas de todos os povos, mais que reaprender regras ortográficas anunciadas, possamos aprender a verdadeira e indispensável comunicação que é a relação pessoal, diálogo, conversas edificantes.

Contigo, Ó Rainha e Cantora da esperança dos pobres, reaprendamos com os utópicos e militantes que não se curvam à ditadura, que outro mundo é possível.

Contigo, Ó Mãe da Humanidade, tomemos consciência de que a inevitável globalização tem seus aspectos positivos, (comunicação, locomoção, maiores acessos em todos os sentidos, agilidade, mais informações, a informatização, a virtualidade etc.), mas que há ainda algo que contigo podemos aprender: globalizar as possibilidades, superar disparidades e desigualdades, globalizar a solidariedade.

Finalmente, ó Rainha, Mãe e Mestra, nos ensine a aprender com os recuos das ondas, que fazem de cada recuo um ponto para um novo avanço, uma nova etapa.

Ó, como é bom aprender contigo, Mãe, Rainha e Mestra!

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