“Maria, aurora de um mundo novo”
“Ó Maria, aurora de um mundo novo, vem
nos ensinar a acolher, a celebrar e a testemunhar!”
Celebraremos, no dia 22 de agosto, a Memória de Nossa Senhora Rainha, oito dias após a Celebração de sua Assunção aos céus, de corpo e alma, numa estreita ligação entre a Assunção e a glorificação de Nossa Senhora:
“A realeza messiânica é o estado a que são destinados todos os cristãos. Maria foi a primeira a realizar em si a promessa de Jesus: ‘Comereis e bebereis à minha mesa no meu reino e sentar-vos-eis em tronos para julgar as doze tribos de Israel (Lc 22,28-30)'”. (1)
Maria, Mãe e Rainha, é a aurora de um mundo novo, e nos ensina a acolher:
- em nosso coração, cotidianamente, a semente do Verbo;
- os Mistérios e desígnios de Deus sem mesmo os compreender;
- as alegrias e também as tristezas que fazem parte da vida;
- a vida desde sua concepção até seu declínio natural;
- o irmão e a irmã da comunidade, para além das diferenças que nos marcam;
- as diferenças culturais que entre nós possam existir;
- as cruzes que forem transpassadas em nossa alma, como bem soube acolher;
- as dores da Sexta-Feira Santa, a escuridão que separou a acolhida do Mistério da Alegria na madrugada da Ressurreição.
Maria, Mãe e Rainha, é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a Celebrar:
- a tradição do povo na apresentação do Senhor;
- a Páscoa, não mais a Páscoa do Egito, mas a Páscoa do seu Filho;
- as vitórias e também as inevitáveis aparentes derrotas, pois no seu Filho e com Ele somos mais que vencedores;
- a dureza da caminhada, as pedras e espinhos dos caminhos, que entre rosas vamos colhendo, aceitando com agradecimento;
- a fé no presente, ancorados pela esperança, para que esta mesma num futuro se concretize, incansáveis mergulhos no escuro, para emergir na claridade de sua luz.
Maria, Mãe e Rainha, é a Aurora de um mundo novo, e nos ensina a testemunhar:
- com a palavra e a vida a fé que em seu Filho professamos;
- que a Vida venceu a Morte;
- que seu Filho tendo nos amado, nos amou até o fim, e a mesma coisa devemos fazer;
- que o Reino por seu filho inaugurado ao mundo deve ser anunciado;
- com coragem como ela fez, uma mulher pura, guerreira, lutadora e fiel;
- que somente o bem poderá vencer todo mal;
- que temos em nós a morada preciosa de seu Filho, porque como templos do Espírito, somos portadores de inalienável sacralidade;
- que foi para a liberdade que seu Filho por nós a Vida entregou, para que em Seu Espírito a liberdade plena e divina todos os dias vivenciar;
- que seu Filho é a Verdade que nos liberta e nos faz verdadeiramente livres;
- que com seu Filho seguimos e não andamos nas trevas, mas temos a luz da vida.
- que vivendo e acreditando em seu Filho, alcançaremos a Vida Eterna;
- que na provisoriedade do Banquete Sagrado, participa conosco e aponta para o Banquete da Eternidade.
Recorramos sempre a Maria, aurora de um mundo novo. Ela mãe e mestra, em cujo coração as virtudes em beleza se rivalizam, sempre algo novo a nos dizer terá, sempre algo novo em nosso coração colocará, Ela que está sentada à direita do Filho, Ela que é nossa Mãe e Rainha. Amém.
(1) Missal Cotidiano – Ed. Paulus p. 1718
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