quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Maria na vida do Presbítero e de todo o cristão

                                                                        

Maria na vida do Presbítero e de todo o cristão

Vejamos o que significa Maria na vida do Presbítero e na vida do Povo de Deus, pois uma autêntica devoção Mariana possibilitará a todo/a cristão/ã uma espiritualidade autenticamente cristã.

Cada sacerdote deve perceber o quanto tem gravado, com letras de fogo, nas cordas ternas de seu coração, os valores e a devoção à Maria desde os primeiros anos da infância; escritos de modo geral pela mãe; e assim se sentirá filho predileto da Mãe Maria, porque tem a bela missão de fazer O Seu Filho conhecido, amado e servido.

O presbítero pode, na correspondência desta predileção, fazer com que Ele seja reconhecido, valorizado, acreditado e, sobretudo colocado no coração do mundo e no coração de todas as pessoas.

Os poucos versículos que nos falam de Maria, após a Morte e Ressurreição de seu Filho, leva-nos a contemplá-la presente, animando, encorajando, acolhendo em seu coração, com muita ternura, os medos e valentia, inquietações e certezas, apatia e entusiasmo dos primeiros Apóstolos.

Este mesmo Imaculado Coração sempre pronto a acolher os medos e valentia, inquietações e certezas, apatia e entusiasmo dos sacerdotes de hoje e de todo o tempo.

Se o Coração de Seu Filho é transpassado para que nele nós caibamos, e dele nasçamos pela água jorrada (Batismo) e dele nos alimentemos do sangue jorrado (Eucaristia), no Coração Imaculado de Sua Mãe, também encontramos o espaço do carinho, e da certeza de que ela está conosco, caminha conosco.

Lembro uma cena do filme Paixão de Cristo, de Mel Gibson, quando Jesus cai ao chão e Maria diz palavras semelhantes a estas: “Coragem, eu estou do teu lado”, talvez um dos momentos mais bonito do filme…

Maria, melhor do que ninguém, pode nos conduzir ao Seu Filho:

Ela que o acolheu em seu ventre, contra todos os desafios que se impuseram;
Ela que o ajudou a crescer em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus;
Ela que meditava em seu coração de Mãe tudo o que Seu filho falava e fazia;
Ela que não o abandonou no caminho do calvário e o testemunhou presente na Vida Nova da Ressurreição.

Vez por outra somos criticados pela devoção a Maria, cultos a imagens etc. Não é preciso dizer que uma autêntica devoção a Maria, nunca nos levará a idolatria. 

Muito pelo contrário, pois o que ela quer de nós é que nossa devoção a ela seja expressa em maior e melhor escuta do que Seu Filho diz, e mais do que escuta é “fazer o que Ele nos disser”.

Ensina-nos a Igreja que a verdadeira devoção a Maria é imitar suas virtudes, seu jeito de amar e seguir Jesus.

Piedade Mariana nos faz mais unidos a Jesus, a videira, para que os bons e eternos frutos apareçam e a nossa alegria seja plena.

Com Maria somos sempre convidados a atitude de escuta e fidelidade a Palavra de Seu Filho: “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2,5). Seremos fraternos, comunicadores e testemunhas d’Aquele que é a fonte abundante de ternura e amor, certeza de vida nova inaugurada com Sua Páscoa!

Com Maria, urge testemunhar que todo mal do mundo, sua escuridão (pecado, violência, insegurança) não tem a palavra última, pois com Deus tudo pode ser superado.

De fato, Maria ocupa lugar maravilhoso no Ministério Presbiteral e no coração do Povo de Deus.

Com ela, vibremos com a alegre notícia:
A “noite escura” da humanidade foi rompida e
iluminada com as novas luzes do amanhecer; com a
Ressurreição de Cristo, Sol Invicto e
Vitorioso que traz saúde em seus raios! 

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