quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Edifiquemos a Igreja, a casa da misericórdia

                                                     

Edifiquemos a Igreja, a casa da misericórdia

A Igreja é a casa da misericórdia e também a ‘terra’
onde a vocação germina, cresce e dá fruto”.

Iniciamos o mês Vocacional, e temos a possibilidade de um aprofundamento da vocação cristã.

Retomemos as palavras do Papa Francisco em sua mensagem para o 53º Dia Mundial de Oração pelas Vocações (2016) com o tema «A Igreja, mãe de vocações»:

Como gostaria que todos os batizados pudessem, no decurso do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja! E pudessem redescobrir que a vocação cristã, bem como as vocações particulares, nascem no meio do povo de Deus e são dons da misericórdia divina! A Igreja é a casa da misericórdia e também a ‘terra’ onde a vocação germina, cresce e dá fruto”.

Deste modo, sendo a família uma espécie de Igreja doméstica, também precisa redescobrir sua sagrada missão de gerar e formar novos cristãos comprometidos com a causa do Reino de Deus, inaugurado por Jesus. Neste sentido, papel fundamental têm os pais, como os primeiros educadores de seus filhos, plantando no coração destes a semente da fé e da Palavra divina, para que germine, cresça e frutos copiosos produzam.

Não nos faltam, como Igreja, espaços e momentos para que vocações sejam cultivadas e floresçam: os grupos de reflexão, onde se aprofunda a Palavra e se estabelece vínculos de amor, comunhão, partilha e solidariedade; bem como a redescoberta da experiência da Leitura Orante, quando em comum se faz a leitura, meditação, oração e contemplação, a partir da Palavra de Deus, fonte de luz e alegria e da vida plena que tanto ansiamos.

Urge que sejam fortalecidos a fé de tantos cristãos comprometidos com a construção de um mundo novo, marcado por relações de fraternidade, justiça, direito, partilha e solidariedade, contrapondo-se à realidade marcada pela injustiça, egoísmo, ganância, injustiças, corrupção, degradação da vida e do planeta, perda de princípios éticos com consequências penosas para a vida de milhões de pessoas.

Cremos que a vocação cristã se exerce de forma sublime na participação política, como já acenara o Papa São Paulo VI. E ainda que a vocação cristã na política não se esgote apenas em período eleitoral.

Concluindo, peçamos ao Senhor da messe que nos envie operários, para que o rebanho não pereça por falta de pastores. Dentro e fora do campo da Igreja, precisamos de autênticos discípulos missionários, que se abram para o mundo, em alegre e convicto anúncio, testemunho de vidas marcadas pela doação, amor e serviço, sendo d’Ele irradiadores de luz, promotores da vida plena e feliz, como sinal do Reino.

Quanto mais compreendermos que a vocação é dom da misericórdia divina a nós confiado, muito maior será nosso esforço e compromisso com a Boa-Nova do Reino, iluminados pela Palavra de Deus e revigorados pelo Pão da Eucaristia.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG