Ó Mãe e Senhora nossa
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo tua coragem ao permanecer de pé diante da Cruz do teu Filho, lembrando-se de tudo o que foi dito acerca d’Ele, na Anunciação e em outros acontecimentos.
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo teus passos apressados ao encontro de tua prima, na mais bela visitação, ressoando em mim, as palavras pronunciadas por Isabel: “Feliz daquela que acreditou”.
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo-te mergulhada em teu silêncio orante, com confiança inigualável em Deus, trazendo em si mesma a novidade radical da fé: o início da Nova Aliança por meio do teu Filho.
Ó Mãe e Senhora nossa, medito na graça de ter sido a primeira entre as criaturas humanas admitidas à descoberta de Cristo, ao lado de José, com quem vivia na mesma casa em Nazaré.
Ó Mãe e Senhora nossa, medito no que ouviste ao reencontrar teu Filho no Templo, em resposta à tua indagação de Mãe: – “Por que procedeste assim conosco?”, e obteve como resposta do teu Filho, o Menino Jesus: –“Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”.
Ó Mãe e Senhora nossa, reflito sobre as palavras do Evangelista, que ouviste ao lado de José, ditas pelo teu Filho, e embora não as compreendendo, guardaste estas palavras no silêncio profundo do coração (Lc 2, 48-50).
Ó Mãe e Senhora nossa, medito sobre tua abertura ao Mistério da filiação divina d’Aquele que foi gerado em teu ventre, e assim, progredindo na intimidade com este Mistério, somente mediante a fé, em atitude contemplativa e confiante em Deus.
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo tua amável e maternal presença constantemente ao lado do teu Filho, sob o mesmo teto, e conservando fielmente a união com Ele, em genuína atitude de fé.
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo tua vida durante muitos anos, permanecendo na intimidade com o mistério do teu Filho, e avançando no seu itinerário de fé, na medida em que Jesus «crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens» (Lc 2, 52).
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo tua coragem no aperto do coração, unida a uma espécie de “noite da fé”, à noite da agonia, da paixão do teu Filho, na hora derradeira do Mistério da Redenção da humanidade.
Ó Mãe e Senhora nossa, contemplo teu carinho e cuidado com teu Filho, desde o ventre até o último momento, manifestando, assim, cada vez mais, aos olhos da humanidade, a predileção que o Pai tinha por Ele, Mistério que ultrapassa nossa humana compreensão.
Ó Mãe e Senhora nossa, louvo pela graça de tê-la como Mãe de Deus e da Igreja, portanto, também nossa Mãe, no céu, Rainha coroada, e com teus filhos, presente, por mais árdua que seja nossa jornada, contamos sempre com teu carinho e ternura maternal. Amém.
Fonte inspiradora: Mater et Magistra n.17 – Papa São João Paulo II
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