Retiro Presbiteral: saciar a sede na Fonte das fontes!
Todos os Retiros Espirituais para Presbíteros têm sua beleza, sua riqueza, dependendo da abertura e acolhida que damos ao Espírito, renovamos nossas forças e somos revigorados para a missão que a Igreja nos confiou no dia da Ordenação.
O Retiro Espiritual é obrigatório para a vida dos Presbíteros, como nos diz o Direito Canônico através do cânon nº 276§ 2 n. 4 - "são igualmente obrigados a participar dos retiros espirituais, de acordo com as prescrições do direito particular", e ainda no nº 533 § 2 "... o pároco dedica, uma vez por ano, aos exercícios espirituais...".
No entanto, mais que obrigatório, é uma necessidade vital e uma graça que Deus nos concede, um privilégio que não pode ser desperdiçado para renovação do ardor em nossa missão evangelizadora.
O retiro é ocasião para três encontros: com Deus, com o outro e consigo mesmo. O Presbítero deve voltar sempre ao “Primeiro Amor”, àquele chamado de Deus, que nos ama, logo deve cultivar a intimidade com Jesus Cristo.
É preciso viver o presente com paixão por Jesus Cristo, viver apaixonadamente por Jesus Cristo: "Não basta conhecer Jesus é preciso amá-Lo; e isto não basta, é preciso imitá-Lo".
O Presbítero em virtude de sua consagração é configurado a Jesus Cristo, não apenas um mensageiro/representante, mas age na pessoa de Cristo Cabeça, doando-se ao rebanho por Deus confiado, alimentando-se da Eucaristia.
Deste modo, a caridade pastoral deve estar presente na vida do Presbítero, que é dom do Espírito Santo e ao mesmo tempo uma missão: dom de si mesmo, no amor de Cristo pelo rebanho a ele confiado. Como Cristo amou e Se entregou pelo Seu povo, o Presbítero também deve fazer o mesmo, numa espiritualidade de comunhão.
Num caminho de santificação e aperfeiçoamento espiritual, verá no pecado o desamor, logo, o Presbítero é testemunha do Amor de Deus, da Misericórdia do Pai (Lc 15), o homem do perdão, da reconciliação: chamado a perdoar e também buscar o perdão divino (Hebreus 5,14).
E ainda mais, na escola de Maria aprende sobre a vida profundamente Eucarística, tendo a Missa como o ponto central, fonte e ápice de toda a nossa vida, a força grande para a nossa santificação.
Uma autêntica devoção consiste em imitar as virtudes de Maria, logo o Presbítero, como a Mãe de Deus, deve escutar e colocar em prática a Palavra de Deus.
Contemplar as virtudes de Maria e vivê-las é certeza de um Ministério feliz, realizado e realizador.
Retiro espiritual é momento privilegiado para subirmos à montanha com Jesus e, consequentemente, o compromisso de descer à planície do quotidiano de sua existência.
Presbítero: "Homem da Montanha" no encontro pessoal com Deus e da "Planície" no encontro e cuidado do “rebanho”- o próximo.
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