Presbítero: Homem da Mesa da Comunhão
e da Comunhão das Mesas
Todo Presbítero deve ter por excelência profundo amor pelas duas mesas inseparáveis: Mesa da Palavra e a Mesa do Sacrifício Eucarístico, que é a mesa da Comunhão.
Da Mesa da Palavra anuncia, proclama, exorta, instrui, profetiza, anima à luz da Palavra de Deus, que é sustento e vigor para a Igreja; assegurando a firmeza na fé, alimentando a alma dos fiéis participantes. Comunica a Palavra que é pura e eterna fonte de vida espiritual para o tempo presente e para toda eternidade.
Na Mesa da Eucaristia, celebra a Nova e Eterna aliança de Deus conosco, no memorial da morte-ressurreição de Jesus, com o pão e o vinho repartido entre todos.
Ao participar das duas Mesas o Presbítero deixa-se encontrar com todo o Povo da História da Salvação. Na Liturgia da Palavra relata a história da Salvação de Deus com seu povo e na Liturgia Eucarística, todos nos tornamos participantes desta Salvação, realizando-a de modo sacramental.
A participação consciente, piedosa e ativa destas duas mesas, que para nós é um privilégio, leva-nos imediatamente ao compromisso com outras mesas de nosso quotidiano, do contrário esvaziaríamos a beleza e vitalidade de nossas Missas.
A Palavra anunciada na mesa sagrada deve ser luz, critério para decisões, que são tomadas em tantas outras mesas. Sabedoria nas mesas das escolas, escritórios e de toda casa. Critério ético em decisões políticas e econômicas que toquem diretamente a vida do povo.
A Palavra divina deve estar sempre na mente e coração quando nos assentamos diante de qualquer mesa. Com certeza a realidade será transformada e se aproximará dos desígnios divinos.
Divorciar a Mesa da Palavra da mesa do quotidiano leva à proliferação do pecado, da dor, tendo como consequência inevitável: a morte; quer no sentido espiritual, quer no sentido real.
O Pão partilhado, que é o próprio Cristo Jesus, nos interliga com as mesas de tantos lares. O Banquete Eucarístico aponta para a necessária comunhão das mesas. Passar da mesa da comunhão à comunhão das mesas. Assim ninguém mais será condenado à fome, à miséria, à desnutrição.
Lembremos o canto “Pão em todas as mesas” de Zé Vicente: O presbítero é o primeiro diante de toda a comunidade a carregar dentro do seu coração a inquieta preocupação e solidariedade com os que passam fome: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37).
Impõe-se a todos os que destas mesas participam, presbíteros e fiéis, que no dia a dia se tornem hóstias vivas e agradáveis a Deus, na comunhão com Deus e entre si, para que Deus seja tudo em todos!
Como é bela e frutuosa a estreita e perfeita ligação da Mesa da Palavra, Mesa da Comunhão e a mesa de cada dia, como sinal do Reino de Deus por Jesus inaugurado.
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