quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Padre feliz, comunidade feliz!


Padre feliz, comunidade feliz!

De modo geral, se o padre é feliz, a comunidade também é feliz.

Entretanto, para que assim aconteça, algumas questões se apresentam:

- Em que consiste a missão do Presbítero diante das comunidades? 

O que os Padres podem fazer para o fortalecimento e o reavivamento do desempenho pastoral e proximidade com o povo?

- O que devem fazer para fortalecer a unidade eclesial e pastoral, a missionariedade e a espiritualidade presbiteral?

Ensaio algumas respostas:

Deve haver preocupação com o lado humano do Padre, na comunhão e presença fraterna. 

Constatamos a existência de Padres, em realidades mais difíceis, que precisam maior acompanhamento e solidariedade.

O Padre não pode ser reduzido à mão de obra do sagrado; reduzido a questões administrativas e econômicas, que podem esgotá-lo na alegria do exercício ministerial.

Urge a intensificação de relações mais humanas, que valorizem os dons, carismas, qualidades e feitos de cada um.

É preciso valorizar o ministério dos cristãos leigos, a fim de que o Padre faça o que seja específico, próprio de seu ministério. Não faz sentido acumular tudo em suas mãos, com o esgotamento pessoal, prejudicando o avanço da evangelização para águas mais profundas.

Como Padres evangelizadores, preocupar-se em descobrir os caminhos a serem trilhados na evangelização, seja realidade urbana, rural ou missionária, plena de desafios que a todos interpelam...

Urge, também, a revisão e conversão das estruturas (administrativa e pastoral), no fortalecimento de estratégias para retomar a motivação presbiteral.

Torna-se imperativa a conversão pessoal de cada Presbítero, cada vez mais, atento aos clamores que emergem das Assembleias (Arqui)Diocesanas, numa verdadeira e fecunda expressão de Pastoral de Conjunto.

É preciso favorecer a partilha das experiências e trabalhos realizados, partilha da ação pastoral e avaliação, como caminho para superação de isolamentos, favorecendo a rotatividade dos Padres em Assessorias Pastorais, com abertura e alegre disponibilidade.

Por fim, a proximidade do Padre com o povo, como aquele que motivado, motiva; apaixonado por Cristo, desperta o mesmo apaixonamento.

Um Padre feliz e empenhado, multiplica e leva muitos à mesma atitude: somar com os que somam, multiplicar com os que multiplicam, e se dividir: dividir o que há de bom; subtrair-se: subtrair o que impede de crescer...

Tendo o Padre feito um encontro pessoal com o Senhor, reavivará este encontro, voltará sempre ao primeiro amor, que motivou a sua vocação, e assim será feliz e fará uma comunidade feliz.

Somente sentindo-se amado pelo Senhor, e ao Seu amor correspondendo, é que sentirá a verdadeira alegria, e construirá uma comunidade que fará a mesma experiência de encontro de amor, e assim também feliz ela será. 

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG