domingo, 11 de agosto de 2024

Ao Senhor, oremos pelos nossos pais!

Ao Senhor, oremos pelos nossos pais!

Senhor, que nossos pais vejam cristãmente com Vossos olhos: Um olhar de ternura, bondade, misericórdia, esperança, reencantamento pela vida, que se manifesta na compaixão e solidariedade para com aqueles que se sentem encurvados pelo fardo do quotidiano. Vós que tendes o fardo leve e jugo suave, e por isto nos dissestes: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados...” (cf. Mt 11,28-30)

Senhor, que nossos pais saibam cuidar do sentido do paladar para o cultivo do bom gosto, para aprenderem a saborear as delícias que nos ofereceis todos os dias, de modo especialíssimo e supremo, o Pão da Eucaristia, Vinho Novo de Eternidade. Não só os ensine a saborear Vossas delícias, mas que também tenham a alegria e o compromisso de oferecer aos filhos uma Palavra de Luz e Vida que possa também ser saboreada, tornando-se alimento na travessia até o encontro convosco na outra margem da eternidade.

Senhor, que os ouvidos de nossos pais sejam sempre atentos para escutar Vossa voz, que os convida a um encontro pessoal que se renova a cada instante. Que também seus ouvidos, em perfeita sintonia convosco, jamais se fechem aos clamores que sobem aos céus suplicando amor e solidariedade, e que se fechem a tantas vozes e cantos das sereias que nos afastem de Vós e de Vosso Plano de Amor, sem individualismo, intimismo e autossuficiência.

Senhor, que o olfato de nossos pais dê a eles a prudência e o discernimento para se afastarem de tudo aquilo que não cheire bem, porque acompanhado do odor que o pecado exala no mais profundo da alma e coração. Que saibam sentir o odor do Vosso Amor em permanente presença, e que assim também possam exalar Vosso suave aroma pelo mundo, por todos os lugares que passarem; a todas as pessoas com quem conviverem e de modo especial na própria família.

Senhor, que o sentido do tato de nossos pais dê a eles a  sensibilidade para se deixarem tocar por Vossa presença, que os envolva em terno abraço, e que tenham coragem de tocar nas feridas de tantos quantos a eles acorrerem, suplicando um pouco de carinho e atenção, estabelecendo uma relação de amor e respeito, edificação e santificação.

Senhor, aguçai a inteligência de nossos pais para que, como os pobres e simples, se abram à Vossa sabedoria, e, assim  também ouçam de Vossos lábios louvores a Deus – “Eu Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por que escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11, 25)

Enfim, Senhor, que a vontade de nossos pais seja sempre a Vossa vontade, somente assim, felizes serão, pois, sem Vós, nada têm, nada podem e nada são, e tão somente assim poderão não apenas rezar a Oração que nos ensinastes, mas vivê-la como o mais belo Projeto de Amor, porque Projeto Divino a ser realizado pela frágil humanidade, quando os dons, com amor e alegria são partilhados, por Vós multiplicados. Amém!



PS: Inspirado na reflexão do Pe. Françoá Costa sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 14, 13-21). 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG