Fidelidade ao amor e ao Projeto de Deus
Com a passagem do Livro do Profeta
Malaquias (Ml 1,14b-2,1-2.8-10), refletimos sobre as dramáticas consequências
quando se dá o divórcio entre o Povo e Deus; quando aqueles que deveriam zelar
pelo bem do primeiro em fidelidade ao segundo não o fazem o resultado é
sofrimento, injustiça, cultos abomináveis e idolátricos.
Malaquias, que significa “o meu
mensageiro”, retrata com preciosidade esta realidade do período pós-exílio
(primeira metade do século V - 480/450 a.C.).
O Profeta intervém contra o resfriamento da fé, o desleixo dos sacerdotes e dos fiéis nas celebrações litúrgicas e contra a decadência moral que sofre a comunidade.
Trata-se de um quadro com marcas de
apatia religiosa, falta de confiança em Deus, o desleixo do culto e o
enfraquecimento da ética, a banalização do nome e o respeito aos compromissos
para com Deus. Abandonaram o “Primeiro Amor” e a tristeza marcava os cultos.
Como mensageiro de Deus, exige o
Profeta a conversão do povo e a reforma cultural e não deixa de fazer perceber
os primeiros culpados desta realidade: “os sacerdotes do templo” que falsificam
o culto, bem como a Palavra de Deus. Além de se desviarem de sua missão fazem o
povo vacilar e o trata com indiferença.
O Profeta vê saídas, mas desde que
todos se coloquem num processo contínuo de conversão e fidelidade, de modo
especial as lideranças se colocando em postura de dedicação, entusiasmo, doação
e entrega aos compromissos a que foram chamados em fidelidade a Deus e
compromisso com o Povo que a Ele pertence.
É preciso tomar consciência da condição
de criaturas que nos torna iguais. Deixarmo-nos amar pelo Senhor, que como
Criador e Pai quer fazer de nós Sua amada família.
Urge, portanto, corresponder cada vez
mais ao imensurável amor de Deus, renovando cada dia sagrados compromissos com
Seu Projeto de amor, vida, alegria, justiça e paz para toda a humanidade.
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