“Faça bem e com amor o que lhe é próprio”

“Faça bem e com amor o que lhe é próprio”
Na ação evangelizadora é fundamental que
retomemos as avaliações do ano que passou, com seus objetivos e estratégias, e
ver o quanto nos falta fazer para que o Senhor cresça e seja conhecido e amado
por todos.
Para o êxito da ação evangelizadora é fundamental
a presença do Ressuscitado em nosso meio, com Seu Espírito que repousa sobre nós e nos
alcança a graça da paz necessária - shalon, ou
seja, a plenitude dos bens e graças divinas que nos enriquecem em todos os
momentos e em todas as nossas atividades
dentro e fora dos espaços da Igreja.
Esteja sempre presente em nossos trabalhos o
Princípio da Subsidiariedade, que tem seus momentos nascentes na
Encíclica “Quadragesimo Anno” (1931),
quando o Papa Pio XI chamava o mundo para a necessária busca de caminhos para
uma verdadeira ordem internacional.
Este Princípio consiste, essencialmente, em “cada um fazer bem e com amor o que lhe é próprio”, e deve nortear
a ação da Igreja, pois se verdadeiramente vivido, a alegria, o amor, a
gratidão, gratuidade, ardor, vigor, desprendimento, coragem, empenho,
discernimento, sabedoria se farão presentes no coração de cada agente e
firmaremos passos na edificação de uma Igreja autenticamente sinodal,
caminhando sempre juntos.
Não haverá divisões nem cansaços inúteis na
procura dos primeiros lugares, pois faremos do poder expressão de amor e
serviço, a exemplo de Jesus que veio servir e não para ser servido, num permanente
lava-pés com ressonâncias eucarísticas.
Que Jesus cresça, as pastorais se revigorem.
Que avancemos para águas mais profundas (Lc 5,1-11) e não nos percamos com
questões pequenas, insignificantes que nos desviam do essencial: “Ai de mim se eu não evangelizar“ (1Cor
9,16), pois “É necessário que
Ele cresça” (Jo 3,30).
A paz será notável em nossos corações e
dentro das pastorais, ultrapassando nossos espaços, estruturas, porque seremos
como as primeiras comunidades, notabilizadas pela perseverança e
fidelidade à Doutrina dos Apóstolos,
à Comunhão Fraterna, à Fração do Pão e à Oração (At 2,42-47).
Crescerá a
Igreja, assim como o nosso Batismo ganhará nova expressão, será
fortalecida a Evangelização, que se renovará em expressões e métodos, e a Paz
tão sonhada não será uma ilusão, mas um projeto, uma construção em mutirão, em
que mãos e corações que amam se comprometem com a vida, da concepção ao
declínio natural. Amém.
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