sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O testemunho do Presbítero desperta novas vocações!

O testemunho do Presbítero desperta novas vocações!

Doze anos passados, por ocasião do Dia Mundial de Oração pelas Vocações e Domingo do Bom Pastor, o Papa Bento XVI nos enviou uma mensagem com o tema “O testemunho suscita vocações”. 

Nela, afirmou que a fecundidade da proposta vocacional depende primariamente da ação gratuita de Deus, sendo também favorecida, como confirma a experiência pastoral, pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamamento do Senhor no Ministério Sacerdotal e na Vida Consagrada, pois o seu testemunho pode suscitar noutras pessoas o desejo de corresponder com generosidade ao apelo de Cristo.

Percorrendo o caminho bíblico, falou-nos das diversas vocações presentes no Antigo e no Novo Testamento, afirmando: “... a iniciativa livre e gratuita de Deus se cruza com a responsabilidade humana daqueles que acolhem o Seu convite, e  interpela-os para se tornarem, com o próprio testemunho, instrumentos do chamamento divino.

O mesmo acontece ainda hoje, na Igreja: Deus serve-Se do testemunho de Sacerdotes fiéis a sua missão, para suscitar novas vocações sacerdotais e religiosas para o serviço do Seu Povo”.

Apresentou três aspectos essenciais para um testemunho sacerdotal eficaz:

A amizade e a intimidade com Cristo:

Constituem-se elementos fundamentais e comprovados de toda vocação ao sacerdócio e à vida consagrada. O diálogo incessante com Deus deve acompanhar o Ministério do Sacerdote, pois se ele for «homem de Deus», reservará tempo para a escuta da Sua Palavra.

A Oração é o primeiro testemunho que suscita vocações.

O dom total de si mesmo a Deus:

Citando o Apóstolo João - «Nisto conhecemos o amor: Jesus deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16).

Os  Sacerdotes, a exemplo dos discípulos, são convidados a entrarem na lógica de Jesus que, ao longo de toda a Sua vida cumpriu a vontade do Pai até a entrega suprema de Si mesmo na Cruz, manifestando a misericórdia de Deus em toda a sua plenitude; Amor misericordioso que derrotou as trevas do mal, do pecado e da morte, testemunhando o dom total de si mesmo a Deus.

Citando João Paulo II, lembra-nos que a história de cada vocação cruza-se, quase sempre, com o testemunho de um Sacerdote que vive jubilosamente a doação de si mesmo aos irmãos por amor do Reino dos Céus. E que a presença e a palavra de um Padre têm a capacidade de despertar interrogações e de conduzir a decisões definitivas.

A comunhão:

Sinal distintivo de quem deseja ser seu discípulo, a profunda comunhão no Amor deixado por Jesus: «É por isto que todos saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35).

De modo particular, o Sacerdote deve ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido todo o rebanho que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar divisões, a sanar lacerações, a aplanar contrastes e incompreensões, a perdoar ofensas.

Mais uma vez citando João Paulo II - «A própria vida dos Padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu testemunho de amoroso serviço ao Senhor e a Sua Igreja – testemunho assinalado pela opção da Cruz acolhida na esperança e na alegria pascal –, a sua concórdia fraterna e o seu zelo pela evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo fator de fecundidade vocacional».

Fiel à sua vocação, cada Presbítero, cada consagrado (a) transmite a alegria de servir a Cristo, e convida todos os cristãos a responderem a vocação universal à santidade.

Finalizou afirmando que, para se promoverem as vocações específicas ao Ministério Sacerdotal e à vida consagrada, para se tornar mais forte e incisivo o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio «sim» a Deus e ao Projeto de Vida que Ele tem para cada um.

Resumindo, a mensagem convidou, de modo especial, Sacerdotes, Consagrados (as) a reverem o testemunho dado, renovando o fogo ardente no coração, revigorando no primeiro amor do chamado, somente deste modo despertarão novas e necessárias vocações para a vida da Igreja.

A mensagem propunha e continua a propor a revisão de nossa conduta, revigorando nosso testemunho com sabedoria e misericórdia, sempre inaugurando Horizontes inéditos do Reino.

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