Ser cristão: “ser para os outros”
“Mestre, eu Te seguirei aonde quer que Tu vás”
(Mt 8,19)
Na segunda-feira da 13ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 8,18-22), em que Jesus nos apresenta as exigências para segui-Lo.
Na passagem, Jesus afasta toda e qualquer ilusão: sem medo da insegurança da própria vida, em confiança total no Senhor, acompanhado de despojamento, pobreza, simplicidade de vida, bem como abertura aos desafios que possam surgir no trilhar o caminho, ao segui-Lo.
Assim afirmou o Papa Bento XVI sobre o ser cristão na Carta Encíclica Deus Caritas Est (n.1):
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.
De fato, a mensagem cristã é exigente e não se limita à adesão de uma doutrina, mas uma Pessoa, Jesus.
Com isto, é preciso que oriente, determine o modo de viver, muito mais do que o modo de pensar, tão apenas.
Para seguir Jesus Cristo, é preciso que se vá aonde Ele for, fazer o que Ele faz e como Ele faz, impregnando nossas atitudes de amor, para que estas ações sejam fecundas.
Múltiplas são as formas de ação de pessoas que se decidiram segui-Lo: evangelizando nas casas em todos os lugares (sobretudo em desafiadores espaços, como vilas e favelas, prédios e condomínios); com os enfermos nos hospitais, ou mesmo em suas casas; penitenciárias; em claustros, numa vida consagrada, na oração e serviço pela santificação do mundo; no trabalho com crianças, jovens e idosos e comunidades distantes de nossas cidades.
No testemunho da caridade sublime, participando da política, a fim de que ela seja, de fato, o exercício da promoção do bem comum; em tantas atividades sociais dentro e fora do espaço da Igreja; outros tantos que se dedicam nas inúmeras pastorais de nossas comunidades paroquiais.
Como vemos, ser cristão é configurar-se totalmente a Jesus Cristo, e d’Ele ter mesmos sentimentos, como nos falou o Apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses (c.2). E assim, muito mais do que viver não fazendo o mal a ninguém, é preciso escrever uma história de seguimento comprometido na promoção do bem comum, da fraternidade e da paz. Isto é, verdadeiramente, um caminho de santidade, que encontramos apresentado no Sermão da Montanha (Mt 5,1-12).
Numa palavra final, seguir o Mestre, Jesus Cristo, é seguir e se consumir, quotidianamente, na fidelidade a Ele e à Boa-Nova do Reino, numa vida essencialmente marcada pelo “Ser para os outros”.
Oremos:
"Ó Deus, pela Vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da Vossa verdade. Por N.S.J.C., na unidade do Espírito Santo. Amém".
Fonte: Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.964