A esperança de um mundo novo
As palavras do Bispo São Basílio Magno (séc. IV), muito nos ajudam a refletir sobre lógica vivida em qualquer tempo.
“Se cada um guardasse apenas o indispensável para suas necessidades ordinárias, deixando o supérfluo para os indigentes, a riqueza e a pobreza seriam abolidas.
O que é um avarento? É alguém que não se contenta com o necessário. O que é um ladrão? É alguém que arrebata o bem alheio. E tu não é um avarento? Não és um ladrão?
Os bens te foram confiados para serem administrados. Mas te apoderas deles. Quem despoja a um homem de suas vestes, deve ser chamado de ladrão. E aquele que não veste a nudez de um mendigo, quando pode fazê-lo, merecerá outro nome?
O pão que guardas pertence ao homem nu. O calçado que apodrece contigo pertence ao descalço. O dinheiro que reténs escondido pertence aos miseráveis. O número de oprimidos é igual ao número daqueles que poderiam ajudar”.
Leiamos o noticiário do jornal e suas notícias nacionais e internacionais: a pecaminosa desigualdade social marcada por realidades discrepantes e absurdas entre ricos e pobres; a fome que ainda mata milhões de irmãos e irmãs nossos; o desperdício absurdo aliado ao consumismo sem escrúpulos; a consequente destruição do planeta e seus recursos, sobretudo os não renováveis; desvios de verbas ontem e hoje.
Voltando ao texto, vemos quanto que podemos mudar para um mundo melhor fazer, um novo amanhecer sonhar.
Somemos e multipliquemos com aqueles que estão plantando sementes de um novo amanhecer, com reflexões que nos questionam, que nos chamam para a responsabilidade mútua diante da vida do outro e da casa comum em que habitamos: o planeta Terra.
Termino ouvindo a inesquecível canção de Louis Armstrong: “What A Wonderful World” (Que mundo maravilhoso!).
Ressuscitemos a esperança no futuro, porque há sempre a esperança de um mundo novo sem fundamentalismos execráveis, misérias abomináveis. Um mundo novo é preciso, e este mundo novo está em nossas mãos.
Feliz Ano Novo!
PS: São Basílio Magno (séc IV)- P.G. 31, pp. 262-78
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