Natal: Nascerá o Menino Esperança
Natal do Senhor:
nascerá o Menino Esperança para quem aprender a amar na esperança de que a
família, o mundo e toda a humanidade podem ser melhores.
Não há Natal sem
Esperança, de modo que Natal é sempre começar de novo!
Começar a cada
dia a nossa missão, nossa atividade pastoral, nossa atividade profissional, com
entusiasmo, participando da obra do Criador; começar a cada dia aquilo que a
noite, por um espaço de tempo interrompeu, se é que isto aconteceu; se
conseguimos nos desligar.
Começar de novo
com Ele, que veio não porque éramos perfeitos, mas para nos aperfeiçoar, para
nos recriar, para dizer que um novo tempo, um novo modo de viver é preciso
começar.
Começar com
renovado ardor, com alegria, com dedicação. Começar aqui para na eternidade
consumar.
Celebrar o Natal
do Senhor é reaprender com o Verbo a conjugação de verbos imprescindíveis:
amar, perdoar, partilhar...
Natal é refazer
nossa história, às vezes reduzida a cacos, despedaçada, sofrida, rasgada,
destruída.
Jesus vem nos
reencantar com a beleza da vida e para uma nova história escrever e viver.
Glorificamos a Deus
que sempre nos surpreende, e por isto não Se envergonhou de nossa miserável
condição humana, pelo contrário, a assumiu, fez-Se um de nós, igual a nós,
exceto no pecado, para que, pela graça e entrega, por amor, resgatar, redimir,
salvar.
Ele Se fez nosso caminho,
vindo por caminhos inesperados e não pelo caminho dos poderosos, das cortes,
dos berços de ouro, do poder constituído, das benesses do poder, da riqueza e
da fama.
De fato, os
caminhos e pensamentos de Deus verdadeiramente não são os nossos! Isto é Natal,
o verdadeiro Natal!
Contemplemos Jesus,
um Deus conselheiro admirável, maravilhoso; Deus Forte; Pai da Eternidade;
Príncipe da Paz.
Mais sábio do que
Salomão, mais forte do que Davi, mais líder que Moisés; portador da Verdadeira
Paz, Shalon,
plenitude de bens, plenitude de vida (cf. Is 9,1-6).
Também lembramos
o Apóstolo Paulo na Carta a Tito (Tt 2,11-14), que nos exorta a acolher a graça
de Deus.
Deste modo, esta
acolhida é o empenho na prática do bem, procurando viver uma vida pautada pelo
equilíbrio, justiça e piedade, de modo que seja superada toda desigualdade e
desequilíbrio que roubem a beleza da vida.
Viveremos, portanto, intensa amizade com Deus,
expressão de genuína piedade, com as marcas da justiça que se abraça com a paz,
porque no coração o Amor e a Verdade nasceram e se encontraram: Jesus.
Vivamos os três
tempos do Natal: o ontem, o hoje e o amanhã.
Natal não é
apenas a festa de aniversário, como normalmente comemoramos.
Natal é
Sacramento, é acontecimento que inaugurou novos tempos para toda a humanidade e
toda a criação; e com isto mudou a face da terra e o rumo da história.
A partir de Jesus a História nunca mais foi à
mesma, porque redimida, reorientada, iluminada…
Celebramos o
“ontem” de Belém, com toda sua singeleza, pureza e beleza, assim como
celebramos o amanhã de Sua segunda vinda gloriosa. Mas também celebramos o dia
do Seu nascimento.
Será Natal verdadeiro se não deixarmos este acontecimento distante dois mil anos, como algo apenas para ser lembrado. Natal é para ser celebrado, para ser vivido…
Recuperemos a dimensão
Pascal do Natal: Natal é a Festa por excelência do Nascimento do Menino Deus,
que é o mesmo que passa pela realidade da Paixão e Morte, para alcançar o
esplendor da Ressurreição. Do contrário será a própria morte antecipada do
verdadeiro sentido do Natal.
Natal assim
celebrado e vivido nos faz pensar em tantos sinais de mortes que devem ser
transformados em sinais de vida, com irrenunciáveis compromissos em nossa ação
evangelizadora, renovando e fortalecendo nossa fidelidade Àquele que nasceu, e
que nos apresenta a Cruz como caminho para a Eternidade.
Reflitamos no
ontem, hoje e amanhã do Natal, porque Natal é todo dia, plantando e deixando
plantar o melhor de Deus em nós!
Feliz Natal!
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