Embora, todo dia e em todo lugar sejam, lugar e tempo, oportunos para realizarmos a missão inaugurada no dia de nosso Batismo, quando nos tornamos profetas, sacerdotes, reis e pastores, membros ativos da vinha do Senhor para que produzamos frutos saborosos e agradáveis ao Senhor, frutos de justiça, amor, vida e paz.
Povo de Deus é a vinha fecundada pelo Pai, regada pelo Sangue de Cristo, Seu Filho Amado e Fiel.
Fomos enxertados em Cristo pelo Mistério de Sua Morte e Ressurreição, atualizada em cada Celebração da Eucaristia.
O mundo muitas vezes está marcado por uma pobreza espiritual fomentada pelo processo de secularização e secularismo; culto do prazer (hedonismo); materialismo, às vezes até negando Deus, pregando e afirmando a Sua morte; acentuado relativismo, onde o que conta é a verdade de cada pessoa e de cada tempo, as verdades são passageiras e transitórias.
Resultado previsível e facilmente constatado: incertezas, vazios, cansaços inúteis, ausência de sentido, depressão e violação da sacralidade da vida, perda do valor e da beleza da dignidade de cada pessoa humana.
É neste vasto e complicado mundo que somos desafiados a proclamar a Boa Nova do Evangelho, com alegria, coragem, ardor, criatividade, disponibilidade, confiança.
Urge um novo modo de ser cristão e viver o Evangelho! Jamais negá-lo é acomodá-lo à realidade, pois, como nos disse o Apóstolo Paulo, não podemos nos conformar a este século.
O Evangelho que deve fermentar o mundo, iluminá-lo; transformá-lo, jamais o contrário, para que se cumpra a ordem do Senhor: “Ide pelo mundo pregai o Evangelho a toda criatura…” (Mc 16,15).
É sempre tempo favorável para intensificar a alegre acolhida amorosa; necessária renovação da catequese; com criatividade e sem cansaço comunicar a Boa Nova do Evangelho em todos os meios, em novos areópagos; santificar e estruturar nossas famílias; assumir a atitude de conversão pessoal e estrutural da Igreja, na comunhão e participação de todos; e a inadiável e evangélica opção preferencial pelos pobres.
Precisamos de trabalhadores (as) para a vinha do Senhor! Não podemos nos omitir diante de tantas solicitações e emergências.
É tempo de revigorar nosso Batismo, acolhendo a exortação Paulina:
“Ponde-vos de pé e cingi os rins com a verdade e revesti-vos com a couraça da justiça e calçai os pés com o zelo para propagar o Evangelho da paz, empunhando sempre o escudo da fé, com o qual podereis extinguir os dardos inflamados do Maligno. E tomai o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6,14-15).
O Senhor nos envia em missão para anunciar a Boa-Nova do Reino e espera a alegre e generosa resposta.
Que nossa boca proclame aquilo que haverá de estar inscrito em nosso coração: o Amor de Deus.
Que a Palavra, a sair de nossos lábios, tenha a mesma origem e destino: o coração humano onde Deus habita!
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