O que a Palavra de Deus nos diz e a Igreja nos ensina, sobre o ser Presbítero?
O Presbítero é:
Homem antes de tudo, sem perda de sua humanidade, com todas as limitações, vicissitudes, imperfeições... Por Deus deixando-se ser moldado. Arauto, portador da Mensagem de todas as Mensagens, a Boa-Nova do Evangelho...
Homem de horizontes largos, que carrega em si, não a saudade do paraíso, mas o desejo e o compromisso de sua realização, no incansável e auspicioso anúncio do Reino.
Homem da Palavra e de palavra que acolhe e anuncia a Palavra Sagrada, tornando-a crível, porque mantém a palavra dada. Apaixonado, incondicionalmente, por Jesus e pela vida, exigência fundamental para ser feliz em seu ministério.
Ele prima pela coerência: o homem do Altar é o mesmo do cotidiano, vivenciando a dimensão Pascal em tudo e com todos, em constantes passagens do provisório para o eterno e da morte para a vida;
Homem do Mistério e de tantos Mistérios, sem ser misterioso.
Homem da Eucaristia celebrada, acreditada, vivida e prolongada em todas as dimensões de sua vida; conjugando em todos os tempos, o verbo Eucaristizar; por isto Servo, em constante atitude de lava-pés. Por sua vida e presença junto à comunidade, torna Deus visível, possibilitando a visibilidade e a tocabilidade divina no Pão e Vinho Consagrados.
Homem da Oração e da intimidade com Deus. Oração que envolve todo o seu ser, impregna todo o seu existir, aprofundando e enraizando a amizade divina.
Homem discípulo, que trás em si a ternura divina e a fraternidade humana; eterno aprendiz do Mandamento Maior do Amor confiado por Nosso Senhor.
Homem da provação e da tribulação, acompanhadas da confiança divina inabalável. Relativizador das riquezas que passam, abraça, sem medo, as que não passam, não se deixando levar pela onda consumista.
Celibatário e casto, de amizades múltiplas, mas de coração indiviso, totalmente a Deus consagrado. Homem do perdão vivenciado e testemunhado nas pegadas do Mestre.
Evidentemente, nenhum Presbítero chegou à perfeição de tudo que se disse, mas se os bons propósitos forem plantados no coração, regado com a oração, frutos saborosos hão de frutificar.
Todo Presbítero carrega consigo a imperfeição, e cabe a Comunidade ajudá-lo, em diálogo franco, aberto e sincero para a superação da mesma. Nisto consiste a mais bela e perfeita comunhão do Pastor com o Rebanho, numa mútua relação.
Não basta querer Ser Presbítero, mas é precisamos que vivamos intensamente o ser do Presbítero, para que Presbítero íntegro e santo sejamos, em plenitude; nunca sem a Oração, o apoio, o carinho e a colaboração sincera, verdadeira, transparente de uma Comunidade orante!
Elevemos orações por todos os Presbíteros da Igreja para que vivam a graça do Sacramento da Ordem recebido e possam repetir estas palavras que disse na conclusão da reflexão:
“A cada ano que passa amo mais a minha Igreja. A cada ano que passa amo mais ainda ser Padre”.
PS: Escrito anos passados, no exercício do Ministério Presbiteral.
PS: Escrito anos passados, no exercício do Ministério Presbiteral.
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