Contemplemos o infinito amor e
ternura de Deus
Aprofundando sobre a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, reflitamos à luz da passagem do Livro do Profeta
Oseias (Os 11,1-4.8.c-9), uma das mais belas de todo o Antigo Testamento, na
qual mediante uma linguagem humana cheia de experiência da intimidade familiar,
Deus Se apresenta com o Coração de Pai e Mãe. Já havia Se apresentado com a
imagem esponsal, e agora como Pai.
Quanto
nos impressiona o Amor de Deus que é diferente do amor humano, pois o Seu ardor
é totalmente consumado na misericórdia irrevogável e eterna.
Contemplamos
uma das mais ternas imagens para descrever o Amor de Deus por nós, o carinho e
cuidado materno e paterno que tem para conosco, Seus filhos.
De
santidade infinita, o Senhor Deus é o “totalmente outro” do homem e da mulher,
e assim Sua fidelidade é eterna, e Seu amor e perdão são sempre possíveis.
Deus
sendo totalmente outro, é o mais belo e puro e eterno Amor, que acolhe,
acompanha, perdoa, renova, recria, reconduz... Deus exige tão apenas amor,
porque de fato, amor exige amor, e não amor qualquer, mas um amor fiel.
Concluindo,
vejamos o que nos diz o Lecionário Comentado sobre esta passagem:
“Há
quem diga que, de calcar a mão sobre a bondade e misericórdia de Deus, corre-se
o risco de debilitar a mensagem cristã e tornar vazia a própria vida cristã, a
tal ponto é sempre possível o perdão...
Mas
nossa própria experiência humana nos diz que não pode ser assim. Um perdão
forte, generoso, que procura redimir, muitas vezes vence a ofensa; trará o
filho ao pai, o esposo à esposa. Ainda, porém, que nunca se dê isso entre os
homens (o que não é verdade), dá-se entre Deus e nós. Amor exige amor. E amor
fiel.”
Concluindo:
“Todos
os tons e vocábulos do amor (esponsal, amigável, paterno/materno) são
utilizados pelo Profeta (Oseias) para exprimir o que é inexprimível, isto é, a
ternura infinita do Deus enamorado loucamente do homem [...] o amor é
contagioso e pede amor: e eis que o nosso programa de vida, necessariamente
missionário, porque quem recebe deve dar – tem por modelo Jesus e Seu
Ministério (Evangelho do dia Mt 10,7-15).” (1)
Contemplemos
a ternura infinita do Deus, enamorado loucamente do homem, como Oseias tão bem
nos apresenta.
(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - 2011 - pp.693-694.
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