Quaresma: tempo de sermos mais fraternos
Na passagem da Carta de Paulo aos Coríntios (1 Cor 3,9c-11.16-17), o Apóstolo escrevendo a comunidade, afirma que os cristãos são o templo de Deus onde reside o Espírito, e assim precisam viver uma nova dinâmica.
Em Corinto, cidade nova e muito próspera, servida por dois portos de mar, com característica de cidades marítimas, com população de todas as raças e religiões, também tinha comportamentos inapropriados.
É neste contexto que temos a comunidade de Corinto, uma comunidade viva e fervorosa, mas não livre destas influências.
Ela precisa aprofundar sua vivência na lógica de Deus, sem partidos, divisões, competições, e incoerências, dando melhor testemunho de Deus, vivendo a sabedoria de Deus que consiste na “loucura da Cruz” (cf. 1 Cor 1,17-31).
Como Edifício de Deus, precisa fortalecer os vínculos de fraternidade e unidade.
Animadas pelo Espírito, são chamadas a esta dinâmica nova, seguindo Jesus no caminho do amor, da partilha, do serviço, da obediência a Deus e da entrega aos irmãos; deste modo, dará testemunho de que é templo de Deus, e nela reside o Espírito Santo que a conduz.
Nossas comunidades, portanto, precisam crescer em fraternidade, solidariedade, para o testemunho da “loucura da Cruz”, com gestos concretos de amor, de partilha, de doação, de serviço.
É preciso evitar todo tipo de fragmentação, divisão, contradições, e que jamais se sobreponham os interesses e vaidades pessoais.
Que nelas, se vivendo a “sabedoria de Deus”, não haja luta sem regras pelo poder, pela influência, pelo reconhecimento social, pelo bem-estar econômico, pelos bens perecíveis e secundários. Tão somente assim, poderá ser sinal e luz diante da “sabedoria do mundo”.
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